Colecções de canetas, isqueiros, medalhas, porta-chaves, cinzeiros e garrafinhas

segunda-feira, 9 de julho de 2007


Carlos Serpa é um dos maiores, senão o maior coleccionador da ilha do Faial.
Há 35 anos que junta e expõem canetas, medalhas, cinzeiros e garrafinhas. Mais recentemente começou a coleccionar isqueiros, mas a falta de espaço ainda não lhe proporcionaram pô-los em exposição.
Já lhe ofereceram 25 mil contos pela mostra, mas Carlos Serpa diz ao Tribuna das Ilhas que “a minha colecção não tem preço”.
São 9200 esferográficas, 2100 isqueiros, 3420 garrafas, 1450 porta-chaves, 1500 cinzeiros e 126 medalhas.
“Comecei com as garrafinhas quando o José Pedro, meu grande amigo, me entusiasmou. Ele ia arranjando e ia me dando e eu tive a sorte de ir à América cinco vezes e de lá trazer muita coisa” – explica.
Carlos Serpa diz ainda que “já foi fácil arranjar estas coisas, mas hoje em dia não é... Por exemplo antigamente quando havia uma inauguração havia logo uma medalha e hoje em dia isso já não acontece, e quando as fazem pedem que as compremos. Quanto a mim, sabendo que somos poucos, as entidades quando fazem medalhas podiam ter uma atenção, para podermos crescer nas nossas colecções.”
Este coleccionador tem tudo organizado e exposto em armários próprios, porque “coleccionar sem expor não tem valor... é preciso mostrar às pessoas, daí que eu abra a porta da minha casa a todos aqueles que me visitam.”
Hoje em dia Carlos Serpa consegue juntar algumas coisas para as suas colecções através dos seus amigos, “grande parte das coisas que tenho aqui são os meus amigos que vão pedindo as pessoas e me trazem.”
Ser coleccionador exige muita dedicação e paciência, “tenho cinco filhas e nenhuma delas quer saber das colecções, eu é que tenho tudo organizado, sei onde está cada uma das peças. E só eu é que trato e limpo as minhas coisas. Não deixo ninguém tocar aqui.”
Instado a pronunciar-se sobre a hipótese de abrir um Museu, Carlos Serpa diz que essa é algo que não faz parte dos seus planos, pois é a sua colecção privada.
De entre os milhares de peças Carlos Serpa tem a sua preferida, como qualquer coleccionador, trata-se de uma medalha com os membros todos da sua família.
Na sala de Carlos Serpa existe ainda um cantinho com peças relacionadas com a baleação. Este homem das Angústias foi baleeiro e é com emoção que fala desses tempos. “Dos catorze aos vinte anos andei com o meu pai à baleia. Depois de vir da tropa, ao fim-de-semana, porque já trabalhava nos serviços florestais, estive 9 anos. Foram anos difíceis, mas que recordo com saudade. Vi dois colegas morrerem, mas ao ouvir o foguete corria para os botes.”

1 comentários:

davidmb disse...

bom dia
gostava de ter o contacto deste senhor pois eu faço colecção de canetas, tanh0 32.000 diferentes e expostas queria seber se ele tem repetidas para troca pois eu tanho perto de 3.000 repetidas.
agradeço resposta para: davidmb@iol.pt
Obrigado
David Mestre Batista