“Entre Cedrenses 2007”

quinta-feira, 26 de julho de 2007


Pelo primeiro ano vai realizar-se na freguesia dos Cedros, de 26 a 29 de Julho, o “Convívio Entre Cedrenses”.
Tribuna das Ilhas conversou com o presidente da Junta de Freguesia, José Agostinho, que nos disse que este convívio é usual realizar-se na Costa Leste dos Estados Unidos da América, mais concretamente na Califórnia. E na sequência desses convívio que já se vêm realizando há dois anos a esta parte surgiu a ideia de levar a cabo aqui no Faial. ”Ao organizarmos o programa deste evento tivemos em linha de conta várias coisas. E estamos a contar com a presença de toda a população da ilha do Faial na nossa festa e não só com os cedrenses” – afirma José Agostinho, que prossegue dizendo que “não posso sublinhar que haja um ponto alto, existem vários. No primeiro dia a sessão solene de boas vindas foi um momento marcante e no dia 28, sábado, teremos um desfile de carros alegóricos, que vai representar o passado e o presente da nossa freguesia. No último dia da festa vai haver um convívio com Sopas do Espírito Santo.”
Este ano, ao contrário do que vem acontecendo há muitos anos a esta parte, a Coroa Real vai ir à Igreja. Normalmente é usada uma réplica, mas este ano vai a verdadeira à Missa.
A Freguesia dos Cedros comemora o seu Dia da Freguesia a 4 de Dezembro, mas nessa data, atendendo a que é Inverno, o programa nunca é muito alargado, daí a realização do convívio “Entre Cedrenses”.
“Entre Cedrenses” foi pensado pela Junta de Freguesia mas é organizado por todas as forças vivas da freguesia, “elaboramos uma comissão que tem trabalhado afincadamente para levar isto por diante.
Este será, para além de um momento de convívio, um momento de reflexão sobre a freguesia. Questionado sobre como está a freguesia dos Cedros, José Agostinho afirma ao Tribuna das Ilhas que “em relação a este evento, a população está entusiasmada e curiosa, por outro lado, a freguesia tem as suas ambições e as suas necessidades de investimento, vai melhorando. É verdade que aquilo que se pretendia fazer já devia estar feito, mas infelizmente ainda não conseguimos fazer tudo, mas esperamos que em breve o nosso mundo rural se enquadre no concelho da Horta”.
Na opinião de José Agostinho, um dos problemas mais prementes da freguesia dos Cedros prende-se com a necessidade da criação de um Bairro Habitacional custos controlados, para que se criem condições para a fixação de jovens casais. “Há um problema de habitação nos Cedros, há casais que andam à procura de casa mas infelizmente nem todos têm capacidade para comprar. Neste momento temos uma população envelhecida e temos que criar condições para que os jovens se fixem” – frisa.
José Agostinho revelou ainda que outra das ambições da freguesia dos Cedros prende-se com um parque desportivo condigno, “as freguesias do lado norte estão unidas para tentar que seja implementado um parque desportivo entre as freguesias da Ribeirinha e Praia do Norte para servir essas populações. Estamos a desenvolver esforços nesse sentido.”
Ontem, quinta-feira, comemorou-se o Dia do Emigrante, com uma visita às instalações da Cooperativa de Lacticínios da Ilha do Faial e Posto de Recepção do Leite. A sessão de boas vindas para todos os emigrantes decorreu pelas 20h00 e a noite foi preenchida com uma fados com Raquel Alvernaz.


Programa:
27 de julho – sexta-feira
(Dia da Cultura)
17h00 – Abertura do bar/restaurante, exposições e quermesse
17h30 – Passeio a pé por alguns locais da freguesia
21h00 – Concerto da filarmónica “Lira Campesina Cedrense”
22h00 – Teatro com o Grupo de Jovens dos Cedros
23h00 – Karaoke

28 de Julho – sábado
(Dia do Queijo)
13h00 – Abertura do bar/restaurante
17h00 – Abertura das Exposições e Quermesse
20h00 – Cortejo Etnográfico
- Partida da Escadaria da Igreja
- Distribuição de massa sovada e queijo
- Arrematações

21h30 – Actuação da Dança de Carnaval e Rancho de Natal Cedrenses
23h00 – Baile com o conjunto “Feedback”

29 de Julho – Domingo
(Dia do Cedrense)
12h00 – Abertura do Bar/Restaurante
12h30 – Missa pelas intenções de todos os cedrenses e em memória dos falecidos
13h30 – Cortejo até ao polivalente com a actuação dos Foliões
14h00 – Sopas do Espírito Santo
16h00 – Actuação do Grupo Folclórico do Salão
18h00 – Encontro de futebol entre as Velhas Glórias dos Cedros
20h00 – Actuação do Grupo Coral dos Cedros
21h00 – Chamarrita com tocadores locais
22h00 – Actuação do artista Laurénio Bettencourt
00h00 – Encerramento surpresa

Campeonato dos Açores de Motocross - Marco Garcia dilata vantagem

Teve lugar no passado domingo, a quarta prova do Campeonato dos Açores de Motocross, numa organização do Moto Clube Ilha Azul.
Esta prova teve lugar no circuito da Caldeira e contou, na sua lista de inscritos, com os melhores pilotos açorianos da actualidade nas classes de infantis e elites.
Marco Garcia, Bobby Machado, Manuel Martins, Igor Gonzaga foram os nomes que ingressam a grelha de partida, ladeados por João Garcia, João Costa, Walter Mendes, Pedro Mendonça, Luís Neves,
Marco Garcia venceu e convenceu ao triunfar nas duas mangas, reforçando a sua posição de líder no campeonato.
O salonense não deu hipóteses à concorrência na pista da Caldeira e caminha para o nono título da carreira.
Manuel Martins ainda lhe deu luta no início da segunda manga quando liderou a corrida durante quatro voltas, mas depois Marco Garcia embalou para o triunfo, repetindo a vitória alcançada na primeira manga. Nesta, o piloto micaelense não teve a sorte do seu lado, pois uma queda logo nos primeiros metros colocou-o na última posição, encetando a partir daí uma recuperação fantástica que o levou ao segundo lugar.
Mário Sousa conquistou o terceiro posto com prestações regulares nas duas mangas, enquanto que Nelson Escobar concluiu a prova no quarto lugar à frente de Igor Gonzaga.Abel Carreiro andou sozinho nos infantis A, venceu e assumiu o comando no campeonato, o mesmo sucedendo com João Ponte que, ao superiorizar-se a Diogo Mendonça, também saltou para a liderança do regional.

Exposição de escultura - Al-zéi e os “Toques de Almenara”


Esta patente ao público até ao próximo dia 2 de Setembro, na Torre do Relógio, uma exposição de escultura de José Francisco Pereira, Al-Zéi, intitulada como “Toques de Almenara”.
Tribuna das Ilhas foi visitar a exposição e conversou com o artista, no sentido de apurar como surgiu esta paixão pelas pedras.
“A “culpada” por esta minha paixão é sem dúvida a Maria Eduarda, porque quando em Julho de 1998 viemos para os Açores apareceram umas pedras interessantes e eu comecei a trabalhá-las e ela disse que eu tinha jeito para aquilo... tinha eu já mais de cinquenta anos... já estava bem maduro... no entanto o gosto pelas pedras surgiu era eu ainda miúdo e se calhar o jeito manual também estava lá implícito...” – frisa Al-Zéi.
Para além do basalto Al-Zéi também já fez peças em Urze, “a urze, a planta endémica a que os locais chamam vassoura, e que trabalhada com a navalha faz trabalhos lindos”.
“O basalto dá luta e eu uso por princípio fazer a recolha dos materiais nas praias. Quando olho para o material vejo logo que forma é que lhe vou dar e depois é só delinear as formas que já lá estão...”- sublinha.
Questionado sobre o tempo que demora a fazer cada uma destas peças, o escultor diz-nos que, “varia muito... tenho lá um trabalho há mais de um ano que ainda não está maturado. Nesta exposição também havia um assim... que olhava e nunca tinha encontrado a resposta que faltava... antes da exposição olhei bem para o material em questão e finalizei o trabalho em questão”.
Al-zéi afirma que “a pedra diz-me o que fazer ... eu simplesmente faço notar as formas.” Quase todas as esculturas tem a cara humana gravada, “não é a face que retrato mas sim a expressão... a tentativa de nos mostrar. O professor Galopim de Carvalho esteve cá e disse-me que todas as pedras têm uma história.. se calhar a escultura é o finalizar da história dessa pedra, quem sabe...”
A primeira exposição de Al-zéi foi feita em São Jorge a quando as comemorações dos 500 anos da vila das Velas. Na ocasião a Maria Eduarda levou uma exposição de pintura e eu uma de escultura, “nessa exposição apareceu um Mestre que me marcou imenso, o Mestre João Abel, um homem já com oitentas e muitos anos, e que me disse que uma pessoa só saberia se tinha jeito para estas coisas ao fim de dez anos... ora eu ainda não tenho dez anos desta actividade, mas acho que já tenho alguns trabalhos com algum nível.”
O escultor já fez o registo da patente da “Basanita” e comercializa as suas peças, “ tenho peças por toda a parte do mundo... São Tomé e Príncipe, Alemanha, Canadá, Inglaterra, entre outros países... no Faial e no Continente também existe uma série delas”.
Instado a pronunciar-se sobre a peça que lhe deu mais gosto fazer, Al-zéi diz-nos que “é muito difícil responder a isso, se calhar será a próxima não sei... todas elas são especiais. Por exemplo um trabalho que fiz por encomenda e está em casa do Dr. Antero Furtado é um trabalho que me fascinou imenso. É uma pedra com quatro faces, e que tem representado o Sol, a Lua, o Espírito Santo e a Sabedoria. Em termos de grandiosidade, também pelo facto de ter mais de dois metros, é a mais representativa.”
Al-zéi, com a calma que lhe é característica, disse à nossa reportagem que, “tinha prometido a mim mesmo fazer exposições no Faial de cinco em cinco anos, mas, neste ano de 2007, esta é já a segunda e com perspectivas de uma terceira lá mais para final do ano. Já tenho uma agendada para Oeiras, no Peter Café Sport.”
José Francisco Pereira não tem uma forma para caracterizar os seus trabalhos, diz ao Tribuna que “deixo isso à consideração de cada um. Há quem diga quer é arte egípcia, mongol... uma coisa é certa, todas as pedras têm uma carga de serenidade muito grande e talvez seja esse o efeito que as pessoas vêem.”
Sobre “Toques de Almenara” o escultor refere que foi instintivo... “quando fui convidado a expor na Torre do Relógio fiquei reticente e exigi ver o espaço e que ele estivesse limpinho... tinha que ter em atenção que a monumentalidade da Torre não podia ser lesada porque ela por si só é o que traz as pessoas cá. Por outro lado a exposição tinha que ser discreta e que embelezasse o espaço. Foram então criadas peças que estão penduradas, estilo espanta-espíritos em que as pessoas podem tocar. Há ainda os Atlantes, os guardiães da Torre, que estão ao longe de toda a escadaria. “Toques de Almenara” por que quer dizer locais de comunicação, reflexão, contacto e a Torre reúne todas essas condições”.
Sobre esta exposição MER – Maria Eduarda Rosa – escreveu “no centro do Largo D. Luís I, nosso 32.º rei, em cujo reinado foi abolida a escravatura e a pena capital, eleva-se a Torre do Relógio onde Al-Zéi expõe, em basalto esculpidos, “Toques de Almenara”. O vocábulo “Toques” remete-nos de imediato para os sentidos do ouvido e do tacto. “Almenara”, do árabe al-manara que significa o lugar da luz, era o fogo que se fazia nas atalaias ou torres dos castelos para dar alarme de um perigo iminente. Logo “almenara” vem acrescentar a dimensão visual com função de alerta aos “toques” auditivos e tácteis.
Mas alertar para quê?
As esculturas de Al-zéi que nos espreitam dos diversos cantos daquele espaço desafiam-nos a passar da sombra à luz, olhando-as, tocando-as, ouvindo nelas a música do vento, à medida que, sem pressa, se vai subindo em espiral a torre, atalaia de luz onde, do cimo, se desfruta de uma magnífica paisagem sobre a Horta e a ilha montanha ao fundo do canal aquático.
Tão próximo o Jardim Florêncio com o seu coreto, a araucária e os dragoeiros, outrora convento de São João onde viveram clarissas pelos menos durante três séculos! Por detrás, o antigo hospital Walter Bensaúde, futuras instalações do DOP. Que excelente proximidade com o Largo D. Luís I, o rei apaixonado pela oceanografia!
O olhar sobrevoa a Praça da República com as duas gigantescas araucárias e o coreto, diluindo-se até ao Monte Queimado e ao Pico, e domina a igreja da Matriz e a Câmara Municipal desta ilha que já foi de São Luís ao qual muitos portugueses à nascença, tal como o infante D. Henrique, foram encomendados. Um derradeiro apelo: Toque estas esculturas com os olhos e ouça a ressonância da sua ígnea emanação”.




Em caixa:
José Francisco Pereira.
Escultor com o pseudónimo de Al-Zéi.
Natural de Montoito – Redondo – Alentejo
Participou em exposições:
2006: Maio a Agosto (18 a 13) “Itinerâncias”, Museu Regional da Horta, Faial.
2005: Maio a Junho (20 a 3) no Encontro ALMEIDA FIRMINO - da Planície à Ilha - Natureza, Cidadania e Turismo, no Capelo, Faial.
2003/2004: Novembro a Janeiro (20 a 4), com 2 trabalhos, na XIII Galeria Aberta 2003, em Beja.
2003: Setembro a Dezembro, itinerante, no Museu do Pico – Lajes e São Roque do Pico; Agosto (de 26 a 31) Colectiva “O NOVE” na Semana dos Baleeiros, Lajes do Pico - Açores; Julho (de 18 a 22), colectiva, na Festa de Santa Maria Madalena - Pico – Açores.
2002: Setembro (6, 7 e 8) Festa do Avante 2002 “Pavilhão dos Açores”; Julho (13 a 21) – Rostos Estivais, no Forte de S. Sebastião – Angústias – Horta – Faial; Julho (4 a 16) – Basanitas , nos Paços do Concelho da CMH – Horta – Faial; Junho (10 a 2) – Movimentos de Mar, na Fábrica da Baleia – Horta – Faial, durante os Encontros de Porto Pim; Maio/Abril(de 15 a 15) – Petiscos “12 propostas entre o prato e o joelho”, no Restaurante Capitólio – Horta – Faial.
2002/2001: Janeiro/Dezembro (de 15 a 15) – Colectiva, no Restaurante Capitólio – Horta – Faial.
2001: Junho/Maio (de 4 a 3) Participou na “Di-visões: uma exposição para os invisuais e para os outros”, no Quartel do Bom Pastor, no Porto Capital Europeia da Cultura; Abril/Março (de 24 a 8) – “Calhaus com Olhos”, Colectiva, na Casa da Cultura da Horta – Horta – Faial.
2000: Colectivas nos Polivalente do: Salão, Pedro Miguel e Capelo, respectivamente em Outubro, Novembro e Dezembro – Faial.
1999: Exposição Regional de Artesanato ’99 do IEFP. Trabalho em carapaça de polvo “velho sábio”.
1998: Colectiva no Museu Regional da Horta – Faial e nos Paços do Concelho das Velas – São Jorge.
Tem trabalhos seus em:
Museu da Horta – “Urânia”
Câmara Municipal da Horta – “Basaltina”
Serviço de Ilha do Faial da SRE – “Da Promessa”
Direcção Regional do Ambiente – Faial – “Mulher de Porto Pim”
Junta de Freguesia do Capelo – Faial – “Dólio”
Centro Internacional de Arte e Cultura de S. Tomé e Príncipe “Basaltina II”
Assembleia Legislativa Regional dos Açores – Faial – “Íamo”
Faial, 2005

Obras na Avenida

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Não tenho por hábito escrever artigos de opinião, mas como este é um espaço meu resolvi manifestar o meu ponto de vista face às obras que estão a decorrer na nossa Avenida Marginal.
Com o aproximar da Semana do Mar, os festejos maiores da ilha do Faial, resolveram as nossas entidades proceder a obras de beneficiação daquela rodovia.
Um autêntico disparate, não que não façam falta, mas sim porque estão simplesmente a remendar buracos, com métodos mais do que ultrapassados e que, daqui a uns dias voltam a necessitar de intervenção.
A Câmara alega que não vai investir muito dinheiro em obras nesta zona atendendo a que o Governo Regional se prepara para levar a efeito a tão almejada obra de requalificação do Porto da Horta e orla marítima. Bem, a pensar assim, se esse investimento só for feito daqui a cinquenta anos, quando estiver perto da reforma ainda vou ver os senhores da SRHE a tapar buracos.
É pena que numa ilha em que se quer dinamizar o turismo e que se caracteriza por isso mesko, não se criem condições para os que nos visitam, nem para os que a escolheram para fixar residência.

Já abriu Mini-creche Lar das Criancinhas da Horta


Foi inaugurada na passada quarta-feira a Mini-Creche do Lar das Criancinhas da Horta.
Este espaço, instalado nas casa da Fundação do Divino Coração de Jesus tem capacidade para 25 crianças e funcionará com uma sala para bebés, sala para crianças de 1 e 2 anos e ATL. Tem ainda uma educadora de infância, quatro auxiliares de acção educativa e uma trabalhadora de serviços gerais.
Esta mini-creche representa um investimento de cerca de 30 mil euros e resulta de uma colaboração entre a Câmara Municipal da Horta e Secretaria Regional dos Assuntos Sociais, através da Direcção Regional de Solidariedade e Segurança Social.
Para já a mini-creche já está a funcionar com as crianças que frequentavam a creche da Cofaco, uma vez que esse espaço não oferecia as condições necessárias para assegurar o seu bem-estar e segurança.
Eduardo Pereira, um dos responsáveis pelo Lar das Criancinhas da Horta regozijou-se com o momento, e explicou que esta valência já vinha a ser pensada há muito tempo mas, devido ao sismo de 9 de Julho de 1998, teve que ser adiado. No entanto, atendendo às obsoletas condições da creche da Cofaco, o projecto teve que ser aligeirado.
O Lar das Criancinhas da Horta tem uma lista de espera de cerca de 60 crianças, mas prevê a ampliação das suas instalações para mais quatro salas, disponibilizando assim 48 lugares.
Este equipamento, de acordo com o Secretário Regional dos Assuntos Sociais, “vem dar resposta a uma necessidade muito sentida e é indispensável como forma de intervenção precoce nas crianças, quer como forma de possibilitar às mães o acesso ao mercado de trabalho, quando este se trate de um elemento determinante para a sua inserção.”
Domingos Cunha disse, ainda, que esta iniciativa, que contribuirá também para a diminuição da lista de espera na Horta, configura ³um passo determinante no sentido da criação de uma rede integrada de equipamentos sociais na Região Autónoma dos Açores²
Para tornar a abertura deste equipamento a DRSSS atribuiu um apoio eventual para a aquisição de equipamento no valor de 22.600 euros e, anualmente, financiará a instituição em 32 833,72 euros.
O Governo dos Açores vai investir este ano, em diferentes ilhas do arquipélago, cerca de 3,8 milhões de euros no reforço e melhoria da rede de equipamentos e serviços sociais na área da infância.
João Castro, presidente da Câmara Municipal da Horta, caracterizou este empreendimento como “um passo para fazer com que as crianças do Faial possam usufruir de iguais condições em todas as idades.”
Frisou na ocasião, a intenção de se proceder à instalação de mais mini-creches, um pouco por toda a ilha, estando como certas na freguesia dos Flamengos e nos Cedros.

Citações

Existem duas formas de educação; educação de qualidade e educação da treta. Bem, em Portugal temos uma educação da treta, para colocar a média da disciplina negra num patamar positivo, colocou-se menos matéria no programa e menos exigência, claro que a fechar o lote, um exame apelativo, já amplamente considerado como o exame mais fácil da última década... Assim vamos longe!
http://balcao.blogs.sapo.pt/

Se os objectivos da eleição fossem os que orientam a Unesco no domínio do património, teríamos como “candidatos” não são só monumentos, mas também lugares e paisagens, construídas pelo homem ou naturais. Neste âmbito mais alargado os Açores teriam, claro, todo o mérito para se constituir “concorrente”.
Divagando um pouco, podemos dizer que nós, açorianos, de berço ou não, vivemos numa das maravilhas do mundo, a primeira, a terceira a vigésima, não interessa, uma delas.
Vânia Paim – Jornal Diário

A partir de agora, dando forma aos conteúdos pré existentes, as universidades e as suas unidades orgânicas vão também ser hierarquizadas pela tutela tendo em atenção a capacidade de cada uma desenvolver recursos próprios.
Passamos assim de um sistema fortemente marcado pela equidade para um sistema potenciado pela eficiência; pelo menos para aquelas instituições que optarem por esses caminho, ficando as restantes dependentes da esmola de um Estado cada vez com menos recursos para distribuir e face a uma cada vez maior discrepância na produtividade desses mesmos recursos: entre as unidades mais eficientes e aquelas que apresentam pior desempenho.
Tomás Dentinho
A União


Não há dia mundial de coisa nenhuma que não termine com uma nota apocalíptica. Mas, desta vez, o pessimismo é justificado. Os números do Instituto Nacional de Estatística mostram que os portugueses continuam a envelhecer. Aumentou a população com mais de 80 anos. E decresceu a população abaixo dos 30: menos 15% de jovens desde 1987. O nosso maior problema, como noutros pontos da Europa, é a redução da natalidade. Em 2006, nasceram menos 4100 crianças que no ano anterior. Somos um dos países mais envelhecidos do mundo. Temos falta de imensa coisa: recursos, mercado, massa crítica. Percebemos agora que também temos falta de filhos. Estamos em vias de extinção.
Pedro Lomba
Diário de Notícias


A imprensa tem difundido o mal-estar actualmente existente entre a hierarquia da Igreja Católica e o Governo. A Igreja andaria insatisfeita com o Governo numa série de questões: o financiamento das IPSS católicas, o pagamento de impostos pelos sacerdotes, a nomeação de capelães para hospitais e serviços prisionais, a proposta de lei sobre a titularidade dos orgãos de comunicação social, etc. Mas há uma outra questão que não é agora mencionada pela imprensa e que acaba por ser mais importante do que aquelas. No referendo sobre a despenalização do aborto a Igreja estava do lado contrário ao do Governo. Foi esse o ponto de ruptura.
João Cardoso Rosas
Diário Económico

Seja qual for a atenção que o governo venha dedicando a este assunto, por ventura não tem tido os melhores resultados.
Trinta e dois anos depois da... “livre administração dos Açores pelos açorianos”, é possível ver que foi feito um caminho, que a assistência médica é incomparavelmente melhor do que (...)
Editorial
Diário Insular

Lisboa é capital de Portugal. E, por isso, o seu destino, a sua força, a sua imagem, o seu presente e futuro, na perspectiva política, cultural ou social, têm a ver com o país. Sejam quais forem as disputas mesquinhas a que posições enviesadas do valor-região podem levar - a menos que outra capital venha a ser decretada -, Lisboa, a autarquia de Lisboa, tem de assumir-se com esse estatuto e com todas as obrigações que desse estatuto resultam para com os cidadãos deste país.
Paquete de Oliveira
Jornal de Notícias

IV ACARAL AÇORIANO E ACAMPAMENTO DO CENTENÁRIO

A Junta Regional dos Açores - Corpo Nacional de Escutas, que promoveu, entre os dias 12 e 16 de Julho, na ilha do Faial, o “IV ACARAL Açoriano”, com o tema “O Mundo da Fantasia” e “Acampamento do Centenário”, sob o lema “Um Mundo Uma Promessa”.
Este acampamento realizou-se na Quinta de S. Lourenço com a presença de escuteiros das nove ilhas dos Açores, actividades estas que se enquadram nas comemorações regionais do centenário do escutismo a nível mundial.
O Chefe Regional do Corpo Nacional de Escutas, Pires Luís esteve na redacção do Tribuna das Ilhas e disse-nos que “estiveram reunidos cerca de 550 escuteiros de todas as ilhas dos Açores na Quinta de São Lourenço e, para além disso, procurámos ainda ligarmo-nos à população com as nossas bandas e grupos musicais”.
Este IV Acaral foi um acampamento para os escuteiros das Alcateias, ou seja, a primeira secção do CNE. Estiveram presentes ainda os Lobitos. “Esta é uma actividade que dignifica a ilha porque estamos a comemorar o centenário do escutismo e a festa do Centenário foi feita aqui no Faial que, neste momento, já tem seis agrupamentos no activo e prevê-se a formação de um novo na freguesia de Pedro Miguel. O Faial já tem um grande número de escuteiros e tem escutismo há quase cinquenta anos e foi a primeira vez que acolheu uma actividade regional com esta dimensão.”
Lobitos são os escuteiros com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos de idade; seguem-se os Colaboradores, entre os 10 e os 14 anos; Pioneiros entre os 14 e os 18 anos, Caminheiros entre os 18 e 25 anos e Dirigentes apartir daí e até ao fim.
Esta actividade, de acordo com Pires Luís, exigiu diversos apoios e muitas horas de trabalho na sua organização, “mas há uma grande disponibilidade por parte das entidades em apoiar os escuteiros, porque o escutismo é uma escola de formação, de educação não oficial, mas que forma cidadãos para o mundo. As pessoas reconhecem este movimento como um movimento formativo, de educação integral da juventude, e é de facto um movimento nobre...”
Neste centenário celebrou-se o lema “Um mundo, uma promessa”, porque, no entender daquele chefe regional, “uma vez escuteiro, escuteiro para toda a vida.”
Instado a pronunciar-se sobre a importância de direccionar as actividades para cada secção dos escuteiros, Pires Luís diz à nossa reportagem que “temos um método muito activo e um sistema de progresso para todas as idades, daí que no Acaral tenhamos tido muitas brincadeiras com palhaços. Nós privilegiamos os valores e os princípios da nossa organização, assente no Catolicismo. Somos uma associação católica e damos muita importância à vertente espiritual, ao nosso compromisso com a fé, com o serviço prestado aos outros e a Deus, e portanto há uma evolução no próprio sistema dentro do escutismo, por isso é que há escutismo diferenciado e virado para as várias idades”.

Os 100 anos do Escutismo começaram a ser comemorados em Portugal com uma grande excursão a Fátima, a 26 de Maio de 2006, com quarenta mil escuteiros, sendo 43 dos Açores. Depois disso, para além de fóruns já foi editado um livro sobre a história do CNE, bem como uma colecção de seles alusivas à data.
De 1 a 6 de Agosto, em Idanha-a-Nova, vai realizar-se um acampamento nacional, que reunirá mais de dez mil escutas.
No Faial fez-se a renovação da promessa e a 1 de Agosto em cada ilha, cada núcleo às oito da manhã, sobe ao ponto mais alto para renovar a sua promessa. Para além disso vão lançar a campanha “Presentes para a paz”, no mês de Dezembro.
O ponto alto destas comemorações é sem dúvida, o acampamento mundial, já em Agosto, em Inglaterra, na ilha de Bronzie, onde vão estar à volta de doze mil escuteiros. O escutismo nasceu quando Baden Powell levou para essa ilha vinte rapazes para essa ilha e lhes ensinou os princípios da sobrevivência.


Hino do Acaral

I
Corações açorianos
Neste ritmo tão certeiro!
Heróis dos 6 aos 10 anos
Cá vamos de corpo inteiro!

II
Escuteiros da ternura
Somos voz da amizade!
E trazemos aventura,
União e lealdade!

Refrão
Somos gente da partilha
Cultivamos o ideal!
Somos a força da ilha
De um sonho ACARAL!
Somos a força do vento
Neste abraço fraternal!
Viva o nosso acampamento
Nesta ilha do Faial.

III
Sempre alerta, sempre alerta
Somos a voz da verdade!
Nesta vida tão incerta
Buscamos felicidade.

IV
Vamos na barca do mundo
(E não há quem nos imite)
O infinito profundo
Será o nosso limite

Refrão

REITOR DA UNIVERSIDADE DOS AÇORES, AVELINO DE MENESES


“A construção da unidade no respeito pela diversidade é o lema da organização da Universidade dos Açores”


Avelino de Meneses foi reconduzido na Reitoria da Universidade dos Açores. Tribuna das Ilhas quis saber quais os seus principais projectos, e apurou que na Horta, após sucessivas delongas, já se procedeu à abertura do concurso público internacional para execução da empreitada de construção da nova sede do Departamento de Oceanografia e Pescas nas velhas instalações do hospital Walter Bensaúde. As propostas serão abertas no próximo dia 31 de Agosto, prevendo-se o começo dos trabalhos no final deste ano.


Tribuna das Ilhas: Que balanço faz ao primeiro mandato como Reitor da Universidade dos Açores?
Avelino de Freitas de Meneses: Um balanço necessariamente positivo. Apesar do crescimento das dificuldades, a instituição universitária açoriana trilhou rumos de progresso. Assim, consoante os imperativos estatutários, contribuiu para a elevação dos níveis educativo, científico, técnico e cultural da sociedade. Além disso, promoveu a internacionalização dos saberes, que não admite a redução do labor ao domínio do regional, dada a incessante obrigatoriedade de universalização de toda a sabedoria. Nestas circunstâncias, cumprimos o lema que nos guiou até à liderança da Universidade dos Açores: “da percepção da insularidade à cultura da universalidade”.

T.I.: Que momentos marcaram esse mandato?
A.F.M.: Em 6 de Outubro de 2006, a inauguração do Complexo Pedagógico do novo campus universitário de Angra do Heroísmo consubstanciou o propósito, basta vezes reclamado, de valorização da tripolaridade. Além desta, ainda outras realizações: o alargamento da oferta de ensino; o acréscimo da investigação avaliada; a recuperação de estudantes nas licenciaturas, a par do seu acréscimo nos mestrados; e a maior qualificação dos docentes e dos investigadores.

T.I.: O que o levou a aceitar um segundo mandato?
A.F.M.: Simplesmente a reflexão sobre o ontem, o hoje e o amanhã. O olhar sobre o passado confere-nos a tranquilidade do dever cumprido. O vislumbre do futuro confronta-nos com a inquietação do compromisso inacabado. Neste particular, até beneficiamos da condição de historiador, por muito tempo dedicado à ponderação do passado, mas sempre entendido como esteio da construção do futuro. Assim, se uma vez mais a experiência do passado servir de alicerce do futuro, apesar de próximos e de grandes desafios, chegaremos a 2011 com uma instituição mais forte, mais credível, mais útil.

T.I.: Quais os principais desafios?
A.F.M.: A consolidação da tripolaridade como modelo de organização da Universidade dos Açores, susceptível de alicerçar o propósito mais ambicioso de construção da multipolaridade, que exige a aproximação da actividade universitária a mais ilhas e a mais lugares. Além disso, a dinamização das actividades de ensino, de investigação, de extensão cultural e de prestação de serviços, tendente à produção de um saber de aplicação geral, mas apropriado às condições físicas e culturais da insularidade. Por fim, o contributo para a formação de mais estudantes e a insistência na valorização dos recursos humanos próprios: os docentes, os investigadores e os funcionários.

T.I.: O garrote financeiro com que a Universidade dos Açores se depara vai continuar a condicionar o crescimento da Instituição? Ou vão haver melhorias a esse nível?
A.F.M.: A definição da política orçamental compete ao Governo. Assim, só ele a poderá alterar. De momento, o nosso investimento em educação é inferior ao da média dos países da União Europeia. Talvez, por isso, estejamos substancialmente mais atrasados. No Ensino Superior, o resultado é a asfixia das instituições, estranhamente convertida em pretenso método de racionalização. Porém, esse não é o método de premiar a excelência científica e pedagógica nem de aferir o contributo das instituições para o desenvolvimento do País e das suas Regiões.
Em matéria orçamental, pugnamos por um financiamento de sustentabilidade, que não seja o mais reduzido de todos, na comparação com o passado português e com a actualidade europeia. Um financiamento plurianual, que permita a possibilidade da previsão e do planeamento. Um financiamento claro, que não suscite dúvidas sobre a equidade do sistema. Um financiamento contratual, baseado na avaliação da qualidade do nosso ensino e da nossa investigação, baseado também na qualificação do nosso corpo docente, baseado ainda na averiguação do contingente estudantil e do desenvolvimento institucional, para que contemple devidamente as especificidades. Neste processo de contratualização, admitimos que participem os governos da República e da Região, porque no quadro da autonomia regional a co-responsabilização é uma inevitabilidade. Neste capítulo, que a experiência do passado recente sirva de modelo ao futuro próximo.

T.I.: A tripolaridade foi considerada como a “bandeira” do seu primeiro mandato. Vamos continuar a assistir a essa situação ou vamos partir para a multipolaridade?
A.F.M.: Hoje, a tripolaridade é a expressão da multipolaridade, porque condizente com a tradição administrativa dos séculos XIX e XX, consubstanciada na divisão do arquipélago em três distritos: Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta, precisamente os centros urbanos açorianos de maior significação política. Porém, amanhã, o maior benefício advirá da aproximação da actividade universitária a mais ilhas e a mais lugares, através da utilização de novas tecnologias e do apoio dos poderes locais, para que não reverta na necessidade de construção de novas infra-estruturas e no acréscimo de despesas de funcionamento.
Ainda por outras palavras. A construção da unidade no respeito pela diversidade é o lema da organização da Universidade dos Açores. Aliás, o carácter da geografia e o sentido da história ditam a definição deste modelo, que possui por concretização primeiro a tripolaridade e depois a multipolaridade, estratégias obrigatórias e justas, por garantirem a harmonia do desenvolvimento regional.

T.I.: Estão previstas obras no pólo de Angra do Heroísmo e o arranque das obras do novo pólo da Horta?
A.F.M.: Sim.
Em Angra do Heroísmo, a construção do novo campus universitário prossegue a bom ritmo. Após a inauguração do Complexo Pedagógico, em Outubro de 2006, procedemos ao lançamento da 1ª pedra do Edifício da Acção Social e de Apoio ao Estudante, em Fevereiro de 2007. Além disso, o projecto do Edifício Interdepartamental encontra-se em apreciação no gabinete técnico do Ministério, enquanto se ultimam pormenores no Programa Preliminar da nova Escola de Enfermagem, também a construir no perímetro do novo pólo da Terceira.
Na Horta, após sucessivas delongas, procedemos finalmente à abertura do concurso público internacional para execução da empreitada de construção da nova sede do Departamento de Oceanografia e Pescas nas velhas instalações do hospital Walter Bensaúde. As propostas serão abertas no próximo dia 31 de Agosto, prevendo-se o começo dos trabalhos no final deste ano.

T.I.: Está previsto o alargamento das actividades lectivas na Horta?
A.F.M.: Sim. A par da eventual conclusão no Faial de licenciaturas correlacionadas com a biologia e o mar, prosseguirá a leccionação do curso de mestrado em Estudos Integrados dos Oceanos, que proximamente será também disponibilizado em Peniche, no âmbito do Instituto Politécnico de Leiria. Além disso, num processo gizado em colaboração com a Câmara Municipal da Horta, antevemos a abertura para breve de um Curso de Especialização Tecnológica sobre problemáticas marítimas e turísticas. No entanto, só a transformação do ex-hospital Walter Bensaúde em sede do Departamento de Oceanografia e Pescas permitirá a conversão do pólo do Faial da Universidade dos Açores naquilo que deve vir a ser, isto é, uma escola de pós-graduação internacional.

T.I.: Fala-se na implementação do e-learning. Para quando e porque apostar nas novas tecnologias?
A.F.M.: O desenvolvimento do ensino à distância é um imperativo social. Antes de mais, por força da necessidade de uma formação ao longo da vida, que implica a frequência dos cursos por profissionais, impossibilitados da realização permanente de deslocações. Além disso, no arquipélago, a descontinuidade do território dificulta o acesso dos cidadãos à Universidade. Nestas circunstâncias, também se impõe o incremento do e-learning, agora mais facilitado por adequado apetrechamento técnico. A sensibilidade já hoje evidenciada pelos docentes para esta nova área de intervenção pedagógica prognostica a concretização de boas realizações a curto prazo.

T.I.: Vamos continuar com o processo de Bolonha ou não foi bem acolhido e há que voltar ao antigo?
A.F.M.: O processo de Bolonha é irreversível. Trata-se de um compromisso internacional, assumido em 1999, que visa a construção, até 2010, de um espaço europeu de Ensino Superior. A cerca de dois anos do termo do processo, a Universidade dos Açores concluiu, com sucesso, a adequação dos seus cursos. A partir de agora, a prioridade consiste na inovação pedagógica, pelo que, a curto/médio prazo, apresentaremos aos órgãos competentes um projecto de ajustamento de procedimentos e de metodologias. O objectivo consiste na transformação do ensino em meio de um fim essencial, que é a aprendizagem. Só assim converteremos verdadeiramente o estudante no centro do sistema de Ensino Superior.

T.I.: Como é a relação da Universidade dos Açores com a sociedade civil? O que vai ser feito no sentido de aprofundar essas ligações?
A.F.M.: A Universidade dos Açores possui uma estratégia de aproximação à sociedade civil, por exemplo, ao universo das empresas, que têm resultado no desenvolvimento de muitas parcerias. Deste modo, ganhamos sensibilização para os problemas da actualidade, facto que constitui a melhor garantia da apresentação de propostas de ensino e de projectos de investigação mais apropriados ao carácter do meio. No futuro, desejamos ainda a abertura dos órgãos de governo académico à participação seleccionada de membros da sociedade civil, que se encontrem dissociados da mentalidade e da cultura corporativas e, naturalmente, associados às solicitações e às expectativas sociais sobre a educação superior. Acreditamos que na sociedade açoriana descobriremos os elementos suficientes para nos prestarem este auxílio indispensável.

T.I.: Vão abrir novos cursos? Quais?
A.F.M.: Sim. Os preparatórios de Ciências Farmacêuticas, em Angra do Heroísmo, e o 1º ciclo de Ciências da Engenharia Civil, em Ponta Delgada. Além destes, por limites ministeriais impostos à nossa oferta de ensino, ficam a aguardar outra oportunidade as novas licenciaturas em Filosofia e Cultura Portuguesa e em Línguas, Literaturas e Culturas.
O novo curso de Ciências Farmacêuticas, desenvolvido em cooperação com a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, integra-se no plano de desenvolvimento da área da Saúde, resultante da integração das Escolas Superiores de Enfermagem de Angra do Heroísmo e de Ponta Delgada na Universidade dos Açores e da leccionação dos cursos de Medicina e de Ciências Biológicas e da Saúde, em S. Miguel, e de Medicina Veterinária e de Ciências da Nutrição, na Terceira.
O 1º ciclo em Ciências da Engenharia Civil, que depois possui continuidade no 2º ciclo de Engenharia e Gestão da Construção, corresponde a um assinalável progresso da área das Engenharias, que até hoje, na Universidade dos Açores, ofereciam sobretudo cursos de carácter preparatório, na sequência de um protocolo de colaboração estabelecido com o Instituto Superior Técnico. Além disso, esta nova iniciativa de ensino integra-se no propósito nacional de acréscimo de vagas no domínio das Ciências e das Tecnologias, considerado de vital importância para o desenvolvimento do País e das suas Regiões.

T.I.: Para quando o ensino politécnico?
A.F.M.: A Universidade dos Açores já ministra ensino politécnico, designadamente, após a integração das Escolas Superiores de Enfermagem, que conservaram o carácter de instituições politécnicas. Além disso, aguardam homologação ministerial as novas Escolas de Tecnologia e Administração de Angra do Heroísmo e de Ponta Delgada, que entretanto leccionam as licenciaturas de Guias da Natureza, Turismo e Informática-Redes e Multimédia, também elas de cariz politécnico. Ainda neste sector, ponderam-se outras soluções de ensino, que aguardam aprovação, nomeadamente, nas áreas das Tecnologias da Saúde, Clima e Meteorologia e Estudos Navais.

T.I.: Como se vai posicionar a Universidade dos Açores face à reforma legislativa que aponta para que as universidades públicas disponham no futuro de um diferente tipo de personalidade jurídica através da constituição de fundações?
A.F.M.: A faculdade de opção das universidades por naturezas jurídicas diferenciadas constitui a principal novidade da lei sobre o Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior. Em concreto, são duas as possibilidades: a permanência como instituto público ou a conversão em fundação de direito privado.
A dimensão, o carácter e a cultura institucional da Universidade dos Açores aconselham à continuidade da Instituição como pessoa colectiva de direito público, integrada na administração autónoma do Estado. Esta é a modalidade que melhor garante a responsabilidade estatal e a transição mais pacífica do pessoal. Não somos, entretanto, insensíveis às vantagens de flexibilidade administrativa e financeira, propiciadas pela orgânica fundacional, mais favorável à atracção de co-financiadores. Todavia, sobre as propostas fundações, para além do desconhecimento do quadro legal específico que há-de regular fundações de direito privado instituídas pelo Estado, antevemos a dificuldade de conciliação com a natureza associativa das universidades públicas, onde avulta mais o pessoal do que o património. No entanto, a maior resistência ao modelo fundacional deriva do risco de privatização do ensino e de governamentalização das instituições, com perda de autonomia e acréscimo de dependência, que hão-de conduzir à subversão da ideia de Universidade, enquanto comunidade de mestres e de discípulos.

INFORMAÇÕES CURRICULARES
- NOME: Avelino de Freitas de Meneses
- DATA DE NASCIMENTO: 10 de Novembro de 1958
- LOCAL DE NASCIMENTO: Lajes, Terceira (Açores)
II- HABILITAÇÕES E ACTIVIDADES ACADÉMICAS
- Doutorado em História Moderna e Contemporânea
- Reitor da Universidade dos Açores (desde Julho de 2003)
- Presidente do Conselho Científico da Universidade dos Açores (de Outubro de 2002 a Junho de 2003)
- Professor Catedrático da Universidade dos Açores
- Director do Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais (em 1992-95 e 2000-01)
- Director do Centro de Estudos Gaspar Frutuoso (até 2003)
- Coordenador do Curso de Mestrado em História Insular e Atlântica (Sécs: XV-XX) – (de 1996 a 2003)
- Director do Curso de História (em 1986-97 e 1991-92).
- Director da Revista Arquipélago-história (2ª Série)
- Director da 2ª Série do Arquivo dos Açores
- Coordenador do vol. VII da Nova História de Portugal, dirigida pelos Senhores Profs. Doutores Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques.
- Colaborador do vol. III da Nova História da Expansão Portuguesa, coordenado pelo Prof. Doutor Artur Teodoro de Matos.
- Colaborador da Enciclopédia Açoriana
- Membro da Comissão da Avaliação Externa de História, no âmbito da Fundação das Universidades Portuguesas (2001)
- Membro da Comissão Científica do Programa Lusitânia do Instituto Camões


III- BIBLIOGRAFIA
- Os Açores e o Domínio Filipino (2 volumes)
I- A resistência terceirense e as implicações da conquista espanhola, Angra do Heroísmo, Instituto Histórico da Ilha Terceira, 1987.
II- Apêndice documental, Angra do Heroísmo, Instituto Histórico da Ilha Terceira, 1987.
- O Município da Madalena (Pico): 1740-1764. Subsídios para o seu estudo, Câmara Municipal da Madalena, 1988.
- Os Açores nas encruzilhadas de Setecentos (1740-1770) 3 volumes
I- Poderes e Instituições, Ponta Delgada, Universidade dos Açores, 1993.
II- A Economia, Ponta Delgada, Universidade dos Açores, 1995.
III- A Sociedade (em fase de preparação).
- Estudos de História dos Açores (2 volumes)
I- As ilhas no conhecimento do mundo, Ponta Delgada. Jornal de Cultura, 1994.
II- As ilhas na problemática do século XVIII, Ponta Delgada. Jornal de Cultura, 1995.
- Gentes dos Açores: o número e a mobilidade em meados de setecentos, Ponta Delgada, Universidade dos Açores, 1997 (policopiado).
- Nova História de Portugal, Volume VII Portugal da Paz da Restauração ao Ouro do Brasil, (coordenação), Lisboa, Editorial Presença, 2001.
- As Lajes da Ilha Terceira: aspectos da sua história, Angra do Heroísmo, BLU Edições, 2001.
- Arquivo dos Açores (direcção com Artur Teodoro de Matos), 2ª série, vols. I e II, Ponta Delgada, Universidade dos Açores/Direcção Regional da Cultura/Direcção Regional da Ciência e Tecnologia, 1999 e 2001.
- Portos, Escalas e Ilhéus no relacionamento entre o Ocidente e o Oriente. Actas do Congresso Internacional Comemorativo do Regresso de Vasco da Gama a Portugal, Ilhas Terceira e S. Miguel (Açores), 11 a 18 de Abril de 1999, coordenador Avelino de Freitas de Meneses, 2 volumes, Universidade dos Açores/Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 2001.
É autor de mais de meia centena de artigos, dispersos por publicações da especialidade, sobre temática das histórias insular e atlântica.
Participou na organização de diversos colóquios sobre história das ilhas e do Atlântico e proferiu várias conferências sobre a mesma problemática nos arquipélagos, no continente e no estrangeiro, concretamente em Espanha, na Itália, no Brasil, nos Estados Unidos e no Canadá.
Participou em muitos júris de Provas Académicas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica, Mestrado, Doutoramento e Agregação nos Açores, Madeira e Continente.




Universidade dos Açores
Cursos do 1º Ciclo 2007/2008
Campus de Ponta Delgada
Arquitectura (Preparatórios)
Biologia: Ramos de Biologia Marinha, Ambiental e Evolução, Biotecnologia e Geologia
Ciclo Básico de Medicina
Ciências Biológicas e da Saúde
Ciências da Engenharia Civil**
Comunicação Social e Cultura
Economia
Educação Básica**
Enfermagem*
Engenharia Informática e de Computadores (Preparatórios)
Preparatórios de Ciências da Engenharia:
- Engenharia Civil
- Engenharia Mecânica
- Engenharia Electrotécnica e de Computadores
Estudos Europeus e Política Internacional
Gestão
Informática - Redes e Multimédia*
Património Cultural
Psicologia
Relações Públicas e Comunicação
Serviço Social
Sociologia
Turismo*


Campus de Angra do Heroísmo
Ciências Agrárias: Ramos de Zootecnia e Agronomia
Ciências da Nutrição (Preparatórios)
Ciências Farmacêuticas** (Preparatórios)
Enfermagem *
Engenharia e Gestão do Ambiente: Ramos de Gestão e Conservação da Natureza e Engenharia do Ambiente
Guias da Natureza*
Medicina Veterinária (Preparatórios)


* Cursos do Ensino Politécnico ** Cursos Novos
Nota: Em todos os cursos, 50% da vagas destinam-se aos candidatos da Região Açores




PSP promove - Operação férias 2007

sexta-feira, 13 de julho de 2007

A Polícia de Segurança Pública está a levar a efeito a “Operação Férias 2007" que se prolongará durante a época balnear, terminando no dia 30 de Setembro.Durante esta época, tradicionalmente aproveitada para gozar férias, verificam-se significativas alterações demográficas nas áreas da responsabilidade da PSP. Uma das alterações que se verifica, maioritariamente, nestes meses de Verão, é o facto de Portugal ser o destino procurado por milhares de estrangeiros, que se concentram preferencialmente no litoral costeiro e território insular nacional, ocupando as zonas balneares, percorrendo os grandes centros urbanos (museus, parques, passeios pedonais, etc.) e alojando-se nas unidades hoteleiras das cidades. Os cidadãos nacionais aproveitam esta altura para deixar os grandes pólos urbanos e suas residências habituais concentrando-se junto da orla marítima, principalmente no sul do país, enquanto outros preferem viajar para o estrangeiro. Verifica-se assim, um aumento exponencial do tráfego automóvel à saída/entrada das cidades que se reflecte com maior dimensão no início/fim das quinzenas dos 3 próximos meses. Esta é igualmente uma época em que as escolas estão encerradas, as festas de verão são uma realidade, a vida nocturna assume especial preponderância e os acidentes rodoviários, eventualmente provocados por alguns excessos, podem acontecer com maior gravidade. Face a tudo isto a PSP irá reforçar nesta época o seu policiamento, com vista a prevenir a ocorrência de delitos criminais e a aumentar as condições e o sentimento de segurança. A "Operação Férias 2007” incidirá primordialmente nos seguintes vectores: Segurança nas praias e zonas balneares; Segurança em locais de grande afluxo de turistas e veículos; Segurança junto dos principais eventos sociais - Concertos, Festivais, Feiras, Eventos desportivos, etc.; "OPERAÇÃO FÉRIAS" visando a segurança das residências das pessoas que se ausentam por motivos de férias e que comunicam esse facto à PSP. A "Operação Férias" da PSP é desde 1977 um dos principais vectores da Operação Verão em Segurança em referência e com índices de sucesso encorajadores, garantindo uma vigilância regular e dedicada às residências das pessoas que se ausentam para férias.

CAIS DE AGOSTO 2007 - “4 Taste são cabeça de cartaz”

Tem início na próxima quinta-feira, dia 26 de Julho, as tradicionais festas do Cais de Agosto , em São Roque do Pico.
O primeiro dia desta festa de verão fica marcada pelo II Festival de Bandas Filarmónicas da Ilha do Pico e pela actuação da banda “Y not”.
A sexta feira engloba provas de lazer a optimist, torneio de futebol 11, prova de kayaks, prova de natação, paintball e voley de praia. Pelo palco da zona do Cais Velho passam a Filarmónica Recreio União Prainhense, a Filarmónica Liberdade Cais do Pico e um tributo aos “Pink Floyd” com a Banda “Off the wall”.
Margarida Madruga vai ministrar uma oficina de pintura alusiva ao tema “As cores da natureza”, que marca as actividades de sábado. Neste dia haverá ainda regata de botes baleeiros, provas de remo e vela, uma prova automóvel super especial, paintball e voley de praia.
Actua a filarmónica União Artista de São Roque, e haverá um desfile de marchas. Os “4 Taste” animam a noite.
No domingo vai realizar-se um passeio todo-o-terreno e a tarde será preenchida por jogos aGosto. Disputar-se-á ainda o torneio de futebol de 11, mas no início da noite a festa tem o seu ponto alto com um cortejo etnográfico, seguido das actuações da Filarmónica Recreio Santamarense e do Grupo Folclórico da Casa do Povo de Santa Luzia. Os festejos terminam ao som da “Banda Agosto” e com fogo de artifício.

Susana Ávila, Presidente da Juventude Comunista do Faial - “Transformar é possível, e nós acreditamos nisso”



Tribuna das Ilhas - Assumiu os destinos da Juventude Comunista do Faial há quase dois anos. Que balanço faz?
Susana Ávila - Assumi a J.C.P do Faial, numa situação que a coordenadora esteve que se ausentar da ilha e da região. O balanço que faço, foi que existiram momentos muito bons e outros não tanto como desejava, não estou em final de mandato, porque não está até este momento marcada uma assembleia de ilha, nemcongresso para esse efeito. No entanto continuo aberta a outras soluções, se for isso que a J.C.P pretender.
T.I. - Há quanto tempo pertence a esta organização política?
S. A . - Desde muito cedo, tinha eu 16 anos e já acompanhava de uma forma ou de outra a organização do PCP e da CDU, conjuntamente com o meu pai, amigos e camaradas.
T.I. - O que o levou a ingressar na Juventude Comunista?
S. A . - O que me levou a ingressar na J.C.P, foi todo o espírito que existia, e que existe, que se coaduna com a minha maneira de estar na vida, com o lema do 1º Congresso Regional “ Transformar é possível”.
T.I. - Qual a importância que a Juventude Comunista tem na sua vida e na vida dos jovens que a integram?
S. A . - Não me repetindo na resposta anterior, acho que é uma forma diferente de estarmos, de sabermos porque estamos, numa palavra só acho que é forma de lutarmos por uma vida melhor para todos e especialmente para os jovens, e os meus camaradas acompanham me nesta luta, dando-me mais força para continuar.
T.I. - Como vê a evolução/aumento do número de militantes da Juventude Comunista?
S. A . - Acho que a J.C.P, como outras organizações de Juventude, têm altos e baixos. Por diversas razões, vivemos numa ilha e há jovens, que para continuarem os seus estudos têm de se ausentar como é normal, e por isso acontece muitas vezes quebras na organização. No entanto continuamos a recrutar jovens para a J.C.P.
T.I. - Quais os principais problemas da Juventude Comunista?
S. A . - Os problemas da Juventude Comunista, são iguais, a outras juventudes. No entanto acho que funcionamos de formas diferentes, como por exemplo: defendemos a questão do primeiro emprego, somos contra a precariedade, contra as políticas do ensino, contra a marginalização, enfim defendemos, uma sociedade com políticas mais justas para a Juventude.

T.I. - Que objectivos delineou para o mandato? Foram alcançados?
S. A . - Os nossos objectivos, são mais justiça, mais emprego para os jovens, maior compreensão e maior dignificação, e por favor não nos chamem de Juventude “ rasca ”. Porque lutamos para que os jovens tenham uma vida melhor e mais opções. Por isso volto a reafirmar o lema do nosso congresso “ Transformar é possível ”, e nós acreditamos nisso.
T.I. - A Juventude Comunista sente o apoio da CDUFaial? Como é a relação com o partido? A Juventude Comunista ainda é vista como "os meninos que colam cartazes"?
S. A . - A J.C.P sempre teve o apoio do Partido e da CDU Faial, a nossa relação é a melhor possível, com o apoio de todos os camaradas e amigos da CDU, nunca fomos considerados “ como os meninos que colocam os cartazes ”, antes pelo contrário colaboramos em todas as tarefas, como fazendo parte das listas da CDU, e participamos nas reuniões. Dando a nossa opinião, é discutida no colectivo sem reservas.

T.I. - Que análise faz à situação política do Faial?
S. A . - A análise que neste momento faço da ilha do Faial, que andou muitos anos esquecida, é que melhorou bastante, como por exemplo: desde que a CDU está na câmara, e parecendo que não a pressão que existe sobre o Governo Regional, hoje começam a existir projectos a se concretizar, caso do Dop, do Porto da Horta, entre outros.
T.I. - E a nível regional?
S. A . - A nível Regional, na minha opinião existe um Governo de “galos ou galinhas”, se assim o preferirem, neste momento tenta-se fazer tudo porque estamos praticamente a um ano de eleições, Basta passar por Ponta Delgada, onde a câmara do PSD, tenta fazer tudo a nível de ruas e onde o PS, faz o contrário mostrando as vias rápidas, etc.…, vale tudo para se atingir o poder a qualquer preço.
T.I. - Acha que há uma política de incentivo à fixação dos jovens na nossa ilha?
S. A . - Não pode haver uma política de incentivo aos jovens Faialenses há fixação na ilha, quando não existe emprego para os mesmos, quando não lhe são abertas outras perspectivas, continuamos isolados numa ilha, que para sobrevivermos, além de não ser fácil, se não temos apoio familiar, tudo se torna cada vez mais difícil, por isso que me desculpem repito com a J.C.P “Transformar é possível”.
T.I. - O que poderia mudar ou ser implementado?
S. A . - Teria de mudar muita coisa, a primeira delas na minha opinião seria ouvir os jovens, dar-lhes alguma atenção sobre as suas perspectivas, concordando ou não, mas acho que temos que ser ouvidos, a nossa irreverência, acredito que poderia trazer algo de novo? Ou não? Mas era importante na minha opinião, que pelo menos tivéssemos uma voz activa, de podermos falar dos nossos problemas (que são muitos), e que talvez ajudassem a algumas soluções, como por exemplo: a toxicodependência, que nos aflige mais do que a outros, o primeiro emprego, enfim neste tema existe muita matéria que nós jovens temos uma opinião a dar.

T.I. - Quais são os seus objectivos políticos?
S. A . - Pessoalmente não tenho objectivos políticos, porque trabalhamos na base de um colectivo, o que os meus camaradas desejarem e dentro das minhas possibilidades estarei disponível para as tarefas que me forem atribuídas, neste momento faço parte da Direcção Nacional da J.C.P, do Concelho Regional da Juventude. O meu camarada Bruno Escobar, faz parte da coordenadora Nacional do Ensino Secundário, o que quero dizer com isto é que temos representantes nos órgãos Centrais da J.C.P.
T.I. - Será que em breve teremos um candidato faialense à liderança da Juventude Comunista?
S. A . - O problema da J.C.P, não existe em termos de ter um representante Faialense há liderança da J.C.P, como atrás digo trabalhamos em colectivo, e como na pergunta anterior, já temos dois representantes Faialenses na estrutura Nacional, Regional e Local. A questão que se coloca neste momento, era se não devia existir o 2º Congresso da J.C.P, independente da ilha a realizar, com o sentido de reforçar cada vez mais a Juventude Comunista nos Açores.

Corrida das Fogueiras - Vitor André em Peniche

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Decorreu no passado fim-de-semana, em Peniche, a Corrida das Fogueiras. Uma tradicional prova em asfalto, com um percurso de 15km à volta da península de Peniche.
O atleta do CIAIA – Clube Independente de Atletismo Ilha Azul – Vitor André participou pela terceira vez consecutiva nesta prova, tendo feito o seu melhor tempo de sempre – 1h00m21s.
Chegaram ao fim 1601 atletas, tendo o faialense se classificado na 192.ª posição. No seu escalão – veterano I – ficou na 32.ª posição.

Veteranos do AAC nos Estados Unidos da América


Os Veteranos do Angústias Atlético Clube estiveram, de 8 a 20 de Junho nos Estados Unidos da América.
Por terras do Tio Sam realizaram três jogos de futebol com a Casa do Benfica de São José, Portuguese Athletic Club e com o Centro Leonino da Califórnia. “A nível desportivo foram muito bons os resultados, se bem que aqui o que interessava não era ganhar”.
Tribuna das Ilhas conversou com Dejalme Vargas, um dos membros desta comitiva, que se mostrou muito satisfeito com a viagem.
“O nosso voo atrasou e acabámos por chegar aos EUA um dia depois, e já perto da meia noite. Tínhamos 150 pessoas à nossa espera para jantar a essa hora, foi muito comovente” – frisa.
“Fomos muito bem recebidos, desde os jantares aos passeios que nos proporcionaram nos deixam sem palavras. Superou largamente as expectativas, sabíamos que os emigrantes têm aquela sede de receber os faialenses que os visitam, mas nunca pensámos que assim fosse” – diz Dejalme Vargas à nossa reportagem que prossegue dizendo que, “o momento mais marcante foi sem dúvida no dia da chegada.”
Esta viagem já estava planeada desde que os Veteranos do Atlético se fundaram, mas só no ano passado se candidataram aos apoios da Direcção Regional das Comunidades.
“Depois da candidatura começámos a trabalhar, quer cá quer na América através da família de José Monteiro, para angariar os fundos necessários” – explica.
Dejalme Vargas disse-nos ainda que “ficou no ar a possibilidade da Casa do Benfica de San José e vamos tentar estabelecer esse intercâmbio já no próximo ano.”

Hugo Rombeiro defende que “não existe política de incentivo à fixação dos jovens na nossa ilha”



Tribuna das Ilhas - Assumiu os destinos da JSD Faial há quase dois anos. Em final de mandado, que balanço faz?
Hugo Rombeiro - Faço um balanço positivo, mas até ao final do mandato a JSD Faial terá que continuar a trabalhar nos seus projectos com o intuito de os concretizar.

T.I. - Há quanto tempo pertence a esta organização política?
H.R. - Desde 1996 que pertenço à Juventude Social Democrata, entrei nos órgãos de ilha em 1998.
T.I. - O que o levou a ingressar na JSD?
H.R. - Quando ingressei na JSD era muito novo e ainda não pensava muito em política. Estava na jota, porque a jota é “fixe”. Actualmente estou na JSD porque acredito nos ideais de direita, na Jota continua a reinar a alegria e a boa disposição e principalmente porque quero lutar pelos interesses dos Jovens e da minha região. Quem conhece a JSD Faial sabe que o nosso principal objectivo é a crítica construtiva e acima de tudo a elaboração de projectos para a juventude.
T.I. - Qual a importância que a JSD tem na sua vida e na vida dos jovens que a integram?
H.R. - Não posso deixar de salientar o sentimento de orgulho em pertencer a uma organização de juventude que, embora estando na oposição, está organizada, tem cada vez mais militantes e está a desempenhar um papel importante no sentido de ser a verdadeira voz da juventude. A JSD Faial é uma família e fazer parte dela é fazer parte de um grande grupo de trabalho que acredita nos Jovens e no Faial e, principalmente, que acredita que pode e deve lutar para que o Faial e os Açores sejam motivo de orgulho e, assim, a juventude queira continuar a viver nas suas ilhas.
T.I. - Como vê a evolução/aumento do número de militantes da JSD?
H.R. - Vamos continuar neste caminho, chamando cada vez mais jovens à nossa estrutura, para que juntos possamos formar o Faial do futuro, o Faial onde a juventude tenha sempre uma palavra importante. O Faial tem de ser o que todas as pessoas quiserem e não o que alguns querem. É importante a participação de todos, e para nós, é importante a participação da juventude.
T.I. - Quais os principais problemas da JSD Faial?
H.R. - A JSD Faial tem um grande problema e não encontra forma de colmatá-lo. Estou-me a referir aos militantes ou simpatizantes da JSD Faial que não querem aparecer em eventos públicos com receio de serem prejudicados na sua vida profissional pelo engenho socialista.
T.I. - Que objectivos delineou para o mandato? Foram alcançados?
H.R. - Os objectivos delineados estão divididos em dois grupos: política interna e política externa. Na política interna refiro-me à criação de núcleos de freguesia, com o consequente alargar de opiniões, discussão e militância.
O grupo externo tem os seguintes objectivos: A criação do conselho municipal de juventude; a união do triângulo; e intervenções/crítica construtiva, isto é uma crítica sempre acompanhada de propostas para melhorar o que está mal, sabendo sempre aplaudir e reconhecer o que está bem.
Até ao momento todos os objectivos estão a ser concretizados. Criámos vários núcleos de freguesia, o conselho de juventude foi proposto pelo Vereador Luís Garcia com a nossa total cooperação, criámos, em conjunto com a JSD Pico e a JSD São Jorge, a JSD Triângulo e, por fim, durante estes dois anos propusemos projectos na área do desporto, ambiente, emprego, habitação e educação.
T.I. - A JSD sente o apoio do PSD Faial? Como é a relação com o partido? A JSD ainda é vista como "os meninos que colam cartazes"?
H.R. - A JSD Faial sempre teve o apoio do PSD Faial e, principalmente, do nosso actual líder. A nossa relação, além de estar estatutariamente delineada, trabalhamos em equipa, sendo o nosso trabalho mais direccionado para a área da Juventude.
A JSD Faial já foi “os meninos que colam cartazes”. Neste momento estamos presentes em todas as decisões do partido, dando a nossa opinião e defendendo os nossos ideais.
T.I. - Que análise faz à situação política do Faial?
H.R. - Quanto a mim, o Faial necessita urgentemente de uma mudança na Câmara Municipal da Horta. Esta terá que ser exacta nos seus gastos, veloz nas suas decisões e flexível no seu atendimento ao público. Cada vez mais os jovens procuram simplificação e rapidez e a JSD Faial, no Conselho Municipal de Juventude, Ciência e Tecnologia, propôs vários projectos neste sentido.
Utilizando os técnicos actuais da câmara, e com custos reduzidos, será possível a criação de manuais de apoios aos Jovens, como por exemplo o manual de “A minha primeira Casa” que conteria informação sobre como é que um jovem pode adquirir a sua casa, que apoios existem, como deve escolher o seu crédito bancário, entre outras questões. Na mesma lógica poderia ser criado o manual “A minha primeira Empresa”.
Além disto, o Faial precisa de apostar no investimento privado e tem de criar meios aos nossos empresários para venderem os seus produtos nas ilhas vizinhas. O Faial precisa de dar qualidade de vida aos seus residentes através de ferramentas de simplificação, por exemplo na relação entre o cidadão e a câmara.
T.I. - E a nível regional?
H.R. - Congratulo o Governo Regional em algumas medidas que tem vindo a executar, tais como o empreende jovem, os custos controlados e a reconstrução habitacional nos meios citadinos. Mas este governo não se poderá esquecer de: alterar a legislação de apoio à habitação para jovens; apostar no turismo de qualidade no triângulo; construir a pousada de juventude na ilha do Faial; e criar um plano para a fixação dos jovens nas ilhas menos populosas.
T.I. - Esteve a estudar fora do Faial, mas o que o fez voltar?
H.R. - Acima de tudo foram razões pessoais (as raízes faialenses, a família e os amigos). Mas para tomar esta decisão foi também importante saber que tinha a oportunidade de me satisfazer a nível profissional e, felizmente, tive a sorte de encontrar essa realização.
T.I. - Acha que há uma política de incentivo à fixação dos jovens na nossa ilha?
H.R. - Não existe política de incentivo à fixação dos jovens na nossa ilha, nem no nosso Arquipélago. Mas existe várias propostas da JSD.
Este é o tema da actualidade. Bem há pouco tempo estive presente na reunião da Comissão Política da JSD Açores onde discutimos a necessidade de apostar na redução dos preços das passagens aéreas e de apostar na educação. Além destes temas acrescento a urgência de apostar na implementação de postos de trabalho nas ilhas menos populosas.
Hoje em dia, com as novas tecnologias, é possível ter uma boa comunicação a um preço muito reduzido. Assim sendo, sugiro, para as ilhas menos populosas, a criação de incentivos na formação de empresas de prestação de serviços. Consoante o negócio, é possível estar por exemplo na ilha da Graciosa e criar um software informático para vender em todo o arquipélago. É possível criar um banco de imagens fotográficas e vender a todo o mundo. Estes são apenas exemplos de um sistema já utilizado nos grandes centros urbanos, onde as empresas de prestação de serviços procuram espaços verdes e calmos para obterem melhor produtividade.
A JSD Faial estará ao lado da JSD Açores na elaboração de uma proposta neste sentindo, para assim aumentar os incentivos à criação de empresas nas ilhas com menos habitantes, levando ao aumento dos postos de trabalho, incentivando, desta forma, os jovens a regressarem à sua terra natal.
T.I. - O que poderia mudar ou ser implementado?
H.R. - Durante esta entrevista já manifestei algumas mudanças e implementações que deverão ser feitas na nossa ilha. Além das já mencionadas apostava na construção de um campo de futsal no antigo campo de ténis localizado no parque da Alagoa, criava um conselho municipal apenas para a Juventude, implementava o ensino universitário de pós-graduação e mestrado, resolver de imediato o problema do aterro sanitário e por a criação de um plano de reestruturação da avenida 25 de Abril.
T.I. - Quais são os seus objectivos políticos?
H.R. - A Política para mim é um serviço que se presta à sociedade durante um determinado período de tempo, que poderá ser longo ou curto.
Sempre tive um gosto especial pela politica, mas o que me move é o Faial e a sua Juventude, e como sou inconformado com o presente, até poder e me deixarem, vou continuar a trabalhar pelos interesses dos jovens e da ilha do Faial.
T.I. Será que em breve teremos um candidato faialense à liderança da JSD Açores?
H.R. - Quando vivi em São Miguel, o meu nome esteve na lista de possíveis candidatos. Mas o desejo de regressar ao Faial foi mais forte.
Neste momento a JSD Faial não precisa de um candidato à liderança, em primeiro lugar porque temos um grande líder na JSD Açores, e em segundo lugar porque temos um grande e ambicioso projecto na ilha e estou, neste momento, mais preocupado em o conseguir concretizar.
No panorama regional a JSD Faial tem uma das vice-presidências da JSD Açores e excelentes relações e poder dentro da estrutura regional devido ao nosso número de militantes. E além disso o actual presidente Cláudio Almeida está no bom caminho e terá o meu voto para o mandato seguinte.

Sistema Municipal para a Redução do contingente de táxis


Foram assinados na passada semana os contratos relativos à aplicação do Sistema Municipal de Incentivos para a Redução do Contingente de Taxis entre a Câmara Municipal da Horta e a Associação de Taxis do Faial.
A partir do dia 1 de Julho, Mário Faria Silva, José Gabriel Gomes, Maria das Dores Ramos e José Escobar, deixaram de circular nos seus taxis.
Inicialmente estava prevista a redução de oito lugares, mas somente quatro taxistas se candidataram ao programa.
De acordo com o Presidente da Câmara Municipal da Horta este sistema já vinha a ser negociado e debatido há algum tempo e foi aprovado em reunião de Câmara de 15 de Março.
Antes da assinatura deste acordo indemnizatório existiam 56 praças, número elevado para as necessidades do Faial, no entender do presidente da Associação de Taxistas.
Este acordo prevê a atribuição de uma comparticipação financeira de vinte mil euros em contrapartida pela entrega da licença municipal para o exercício da actividade de transporte de passageiros com condutor.
Estão ainda a ser encetadas negociações para a implementação de uma central telefónica que funcione 24 horas por dia.

Colecções de canetas, isqueiros, medalhas, porta-chaves, cinzeiros e garrafinhas


Carlos Serpa é um dos maiores, senão o maior coleccionador da ilha do Faial.
Há 35 anos que junta e expõem canetas, medalhas, cinzeiros e garrafinhas. Mais recentemente começou a coleccionar isqueiros, mas a falta de espaço ainda não lhe proporcionaram pô-los em exposição.
Já lhe ofereceram 25 mil contos pela mostra, mas Carlos Serpa diz ao Tribuna das Ilhas que “a minha colecção não tem preço”.
São 9200 esferográficas, 2100 isqueiros, 3420 garrafas, 1450 porta-chaves, 1500 cinzeiros e 126 medalhas.
“Comecei com as garrafinhas quando o José Pedro, meu grande amigo, me entusiasmou. Ele ia arranjando e ia me dando e eu tive a sorte de ir à América cinco vezes e de lá trazer muita coisa” – explica.
Carlos Serpa diz ainda que “já foi fácil arranjar estas coisas, mas hoje em dia não é... Por exemplo antigamente quando havia uma inauguração havia logo uma medalha e hoje em dia isso já não acontece, e quando as fazem pedem que as compremos. Quanto a mim, sabendo que somos poucos, as entidades quando fazem medalhas podiam ter uma atenção, para podermos crescer nas nossas colecções.”
Este coleccionador tem tudo organizado e exposto em armários próprios, porque “coleccionar sem expor não tem valor... é preciso mostrar às pessoas, daí que eu abra a porta da minha casa a todos aqueles que me visitam.”
Hoje em dia Carlos Serpa consegue juntar algumas coisas para as suas colecções através dos seus amigos, “grande parte das coisas que tenho aqui são os meus amigos que vão pedindo as pessoas e me trazem.”
Ser coleccionador exige muita dedicação e paciência, “tenho cinco filhas e nenhuma delas quer saber das colecções, eu é que tenho tudo organizado, sei onde está cada uma das peças. E só eu é que trato e limpo as minhas coisas. Não deixo ninguém tocar aqui.”
Instado a pronunciar-se sobre a hipótese de abrir um Museu, Carlos Serpa diz que essa é algo que não faz parte dos seus planos, pois é a sua colecção privada.
De entre os milhares de peças Carlos Serpa tem a sua preferida, como qualquer coleccionador, trata-se de uma medalha com os membros todos da sua família.
Na sala de Carlos Serpa existe ainda um cantinho com peças relacionadas com a baleação. Este homem das Angústias foi baleeiro e é com emoção que fala desses tempos. “Dos catorze aos vinte anos andei com o meu pai à baleia. Depois de vir da tropa, ao fim-de-semana, porque já trabalhava nos serviços florestais, estive 9 anos. Foram anos difíceis, mas que recordo com saudade. Vi dois colegas morrerem, mas ao ouvir o foguete corria para os botes.”