sexta-feira, 22 de maio de 2009

Colóquio “O Faial e a Periferia Açoriana nos séculos XV a XX”

O V Colóquio “O Faial e a Periferia Açoriana nos séculos XV a XX” terá lugar de 17 a 20 de Maio de 2010 nas ilhas do Faial e de S. Jorge.

O evento, cujas últimas edições decorreram de quatro em quatro anos, é uma iniciativa conjunta do Núcleo Cultural da Horta, da Câmara Municipal da Horta e da Coordenação da Direcção Regional da Cultura na Ilha do Faial.

“A república e o governo das Ilhas (1910 -2010)”, “As dinâmicas do povoamento e a criação dos municípios: no V centenário do concelho do Topo - S. Jorge (1510-2010)”, “Sociedade, Comportamentos e Quotidianos”, “Agricultura, Comércio e Indústria”, “População, Emigração e Diáspora”, “Religião, Poderes e Instituições” e “Cultura, Artes e Património” são as áreas temáticas do colóquio do próximo ano.

Este colóquio tem como objectivos estimular a investigação, o debate e a divulgação de temas de natureza histórica que incidam, essencialmente, sobre as ilhas de Santa Maria, Graciosa, S. Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo, aquelas que, por serem mais periféricas, têm sido, também, objecto de menos estudos.

A Comissão Científica deste quinto colóquio é constituída por Artur Teodoro de Matos, Avelino de Freitas de Meneses, João Saramago, José Guilherme Reis Leite, Maria Norberta Amorim e Ricardo Madruga da Costa, enquanto a Comissão Organizadora integra Estela Silveira, Francisco Gomes, Jorge Costa Pereira e Margarida Barreto.

As anteriores edições deste colóquio decorrem em 1993 (no Faial e no Pico), 1997 (no Faial e em S. Jorge), 2002 (no Faial e nas Flores) e 2006 (no Faial e Pico).

 

Praia do Almoxarife deve ser um pólo turístico

Os sociais-democratas já começaram as auscultações às freguesias, desta feita com a Praia do Almoxarife a ocupar a agenda de Paulo Oliveira que convocou os jornalistas para, na manhã de ontem, transmitir as suas preocupações e anseios.

Para o candidato laranja esta é uma freguesia com grandes potencialidades sobretudo a nível turístico e que importa ressalvar.

Depois de um passeio pela sua marginal, Paulo Oliveira ressaltou a situação do parque de campismo que, “com um tempo limitado de funcionamento, e, apesar das obras recentes, continua sem oferecer alguns serviços básicos, como seja um mini-mercado, com géneros de 1ª necessidade”.

Em relação à praia, que Oliveira considera “excelente, mas sem equipamento adequado, designadamente, duches exteriores, sem lava-pés, nem entretenimento para crianças ou adultos. Com um balneário fechado, que não responde às necessidades dos passantes e residentes e uma praia dita acessível, mas uma rampa com 21% de inclinação quando o máximo legal é de 6%, com patamares que distam 12,70 m quando o máximo legal é de 10,00 metros, com um corrimão de 8,30 m para uma rampa de 12,70 m, transformando uma “rampa de varagem” numa armadilha para um cidadão com mobilidade reduzida, bem como um porto que aguarda há anos por uma consolidação e arranjo.”

Outro dos aspectos focados foi o facto da praia ter 450 metros, e no Verão só 50 metros são vigiados, por manifesta falta de meios humanos de socorro e salvamento. Em relação ao Jardim Coronel Silva Leal, Paulo Oliveira classifica de desaproveitado e inacessível, com acesso por degraus e o Jardim do Coreto, com um coreto exposto às intempéries e um parque infantil com areia, anti-higiénica.

No que concerne à parte alta da freguesia, Paulo Oliveira considera que está esquecida, sem investimento nem atractividade.

 

quinta-feira, 14 de maio de 2009


APRESENTAÇÃO DA SEMANA DO MAR 2009

Apesar de encontrar no festival náutico a sua principal razão de ser, a Semana do Mar alarga-se a terra, com os concertos dos grupos musicais, a actuação de ranchos folclóricos e grupos etnográficos, as exposições, a venda de artesanato, a gastronomia, tudo isto num ambiente de festa e diversão.

31 espectáculos musicais
10 acções ambientais
5 eventos internacionais
23 provas náuticas
300 mil euros


Maria José Silva

Foi apresentado na manhã de segunda-feira, na Marina da Horta, o programa da 34.ª edição da Semana do Mar que, como é sabido, se realiza ao longo da primeira semana no mês de Agosto e para além de constituir o maior festival náutico do País, conta com diversas outras actividades de cariz cultural e de entretenimento, podendo afirmar-se estarmos na presença da maior festa da ilha do Faial e uma das mais importantes do arquipélago, assumindo até, na sua dimensão marítimo-desportiva, uma projecção internacional cada vez mais digna de registo.
Tony Carreira é o cabeça de cartaz deste festival, organizado pela Câmara Municipal da Horta, em colaboração com outras entidades ligadas aos desportos náuticos e ao turismo, entre as quais assume particular destaque o Clube Naval da Horta, o evento abarca diversas provas desportivas de diferentes modalidades, enchendo e embelezando a Baía da Horta, o Canal entre o Faial e o Pico e a Baía de Porto Pim.
É extenso e rico o conjunto de acontecimentos, contando com regatas de vela ligeira, de cruzeiro e de botes baleeiros, provas de remo, canoagem, jet-ski, natação, pólo aquático e pesca desportiva, entre muitos outros.
Com início marcado para a sexta-feira dia 31 de Julho, este festival prolongar-se-á até ao dia 9, numa semana de actividades de cariz cultural e entretenimento.
II Regata Transatlântica Ceuta-Horta-Ceuta, Route dês Hortênsias, Regata Internacional Vannes-Horta-Vannes, XXI Atlantis Cup e ARC Europe são os eventos internacionais que marcarão presença na Semana do Mar 2009.
Expomar; Feira Regional de Artesanato, Centro de Exposições, Feira Gastronómica, Festival de Folclore, Botes Baleeiros, Rumo ao Abismo, Pesca Desportiva; Corso Alusivo “Rotas do Atlântico” e claro os artistas: Tony Carreira, Os Corvos, Companhia de Dança Folclórica de Guadalupe, Paraguai Rori, Tuna Feminina de Medicina do Porto, Só Forró, Punkada, Bandarra, Tributo aos U2, Sete Colinas, Noizd e Orquestra da CMH.
Na conferência de apresentação, João Castro, presidente da Câmara Municipal da Horta, sublinhou a ideia de que “Semana do Mar oferece o mais importante Festival Náutico do país, organizado pelo Clube Naval da Horta, não só pelo número de provas e atletas que envolve em competição, mas também pelas diversas propostas de diversão e entretenimento.”
A 34.ª edição deste certame terá como destaque a realização do Festival Internacional de Vela Ligeira, que no ano passado contou com a presença de todos os clubes navais da Região, do Funchal, de Tenerife, de Vigo, Ceuta, Sables d´Olonne, dos Estados Unidos, de Madrid e de Portimão.
Este evento traduz-se num forte veículo de promoção turística pela sua crescente expressão mediática e pelo acompanhamento dado pelos encarregados de educação que acompanham os filhos aos Açores aproveitando o facto da realização do festival para escolher os Açores como destino de férias.
O projecto “Rumo ao Abismo”, com os apneístas do Clube Naval da Horta, desafia as profundidades do Atlântico em busca de novos recordes de mergulho livre em apneia.

O Parque Juventude tem sido instalado no Parque da Alagoa, e este ano não será excepção, apesar de poder ter que sofrer algumas alterações, consoante o avanço das obras do Porto.
A Festa do Livro mais do que um encontro com a leitura representará igualmente uma oportunidade de contacto com as novas e adaptadas instalações da Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta – João José da Graça. Nos últimos anos, mais de 100 editoras fizeram-se representar neste evento, sendo esperadas muitas novidades na edição deste ano da Festa do Livro.
A Feira Regional de Artesanato é organizada pelo Centro Regional de Apoio ao Artesanato, veio garantir melhores condições de exposição aos artesãos, bem como alargar o leque de trabalhos que habitualmente surgem neste tipo de eventos. Possui vários expositores com as tradicionais rendas açorianas, os produtos em escama de peixe, bordados a palha, trabalhos em madeira, aplicações em biscuit, guardanapo ou vidro, osso de baleia ou as típicas aplicações a retalhos.
A Expomar, por seu turno, trouxe à Semana do Mar um novo pólo de atracção e uma dinâmica própria que resulta não só da qualidade dos expositores, mas também da variedade de vertentes abrangidas e quantidade de equipamentos e embarcações expostas.
Na sua 34.ª edição, a Semana do Mar acentua a vocação marítima da cidade da Horta, numa fidelidade às suas origens e à sua própria denominação. Neste contexto surgiu no ano de 200, a 1.º edição da Feira Gastronómica, trazendo à cidade da Horta os sabores de várias regiões dos Açores e Continente, tendo subjacente à sua organização, a promoção de produtos regionais ligados à terra e ao mar numa interligação histórica de sabores.


Marcha da Semana do Mar na voz de Renata Rodrigues

“Mosqueteiros do Canal” foi o pseudónimo adoptado pelos vencedores da edição 2009 do concurso para a marcha da Semana do Mar. Victor Rui Dores e Fernando Goulart dão assim corpo à letra e à música de uma marcha que passa em revista os momentos mais marcantes da história da ilha do Faial.
A marcha da 34.ª edição da Semana do Mar é interpretada pela faialense Renata Rodrigues, o mais jovem rosto de sempre a subir ao palco na maior festa do concelho da Horta.
Renata Rodrigues é aluna do 11.º ano na Escola Secundária Manuel de Arriaga, membro do Clube de Teatro "Sortes à Ventura", daquela escola, e estudante de Canto no Conservatório Regional da Horta. Canta desde muito nova, sendo actualmente um dos elementos da banda "Gerações".
À semelhança do concurso para selecção do cartaz oficial, a selecção da marcha decorre dois meses mais cedo do que tem acontecido em anos anteriores, seguindo a perspectiva da Organização da Semana do Mar de antecipação de datas, tendo em vista uma maior divulgação e promoção deste evento que marca o calendário de festas dos Açores.
A letra percorre o povoamento da ilha “por gente de muitas raças”, passando pela família Dabney, pela importância da indústria baleeira e pela elevação de vila a cidade. Nos seus versos canta-se ainda a “Horta dos cabos, das companhias”, as emoções de um vulcão “razão do nosso povo emigrante” e de uma Marina cosmopolita que tem no Peter “o mundo todo a teus pés”.

I
É flamenga, loira e engraçada
Foi povoada por gente de muitas raças!
E foi o seu primeiro namorado
Um tal fidalgo que era Dutra de outras praças…
Faial das faias foi o seu pai quinhentista
Com mar à vista, plantou pastel e urzela
Na caravela levou saudades
Fez amizades e debruçou-se à janela.

II
Da laranja fez sua riqueza
E sobre a mesa pôs verdelho apetecido!
Família Dabney foi mais valia
A luz do dia para um povo empobrecido…
E a baleia foi mercado importante
Comerciante foi de toda a qualidade!
Cresceu na doca, foi ilustrada
Civilizada, foi de vila a cidade.

Refrão
Horta, meu amor da maré cheia
És meu canto de sereia
A palpitar no meu peito!
És beijo quente e olhar apaixonado
Cabo largado de uma regata a preceito!
Horta, tatuada de ternura
Com veleiros de aventura
Pela amura de bombordo…
Minha cidade, és o verso que persigo
Se queres bailar comigo
Eu hei-de ser o teu par!
Para soltar a encurralada fera
Estou aqui à tua espera
Nesta Semana do Mar!

III
Horta dos cabos, das companhias
Alegres dias a viver com estrangeiros!
Mil marinheiros, frotas diversas
Ruas, travessas, barcos e aventureiros…
Depois vieram duas guerras mundiais
E vendavais aconteceram, mas de amor…
Cidade artista, contrabandista
Que conheceu o Dia de São Vapor!

IV
Em Setembro a terra explodiu
E então surgiu do mar um Vulcão flamejante!
Ai Capelinhos da emoção
És a razão do nosso povo emigrante…
Mas tu, ó Horta, tens a marinheira sina
E na Marina cabem todas as marés!
Cosmopolita, és tão bonita
E tens no “Peter” o mundo todo a teus pés!
Refrão – Bis – Fim

Letra: Victor Rui Dores
Música: Fernando Goulart
Intérprete: Renata Rodrigues


 Entrevista ao Candidato do PSD Faial  - Paulo Oliveira

“Queremos uma mudança de Atitude”

 

“Concorro para ganhar e não estou habituado a perder, mas cabe ao povo decidir!”

As declarações foram de Paulo Oliveira na sua primeira entrevista, na qualidade de candidato à Câmara Municipal da Horta, como independente, encabeçando a lista do Partido Social Democrata.

 

Que razões sustentam a sua candidatura à Câmara Municipal da Horta?

São duas espécies de razões. Uma prende-se com o apelo continuado que as pessoas me têm feito no sentido de me candidatar à Câmara e ao qual não pude ficar indiferente; e a outra tem a ver com a situação do Município que se tem vindo a agravar e que constitui, por si só, um desafio.

 

Nunca exerceu cargos políticos. Como está a ser esta experiência?

Políticos não, mas associativos sim. Já estou na Câmara do Comércio e Indústria da Horta há três anos a esta parte, primeiro na Presidência da Mesa do Turismo e agora na Vice-Presidência da Direcção. Penso que exercer um cargo político é como exercer qualquer outro cargo, desde que se o exerça bem, e para isso estamos motivados para fazer um bom trabalho.

 

Não tem receio que as pessoas, no dia das eleições, utilizem a sua inexperiência política para não irem votar?

Penso que o facto de eu ter obra feita pode ser um ponto a meu favor. As pessoas conhecem-me de um ponto de vista profissional. Toda a equipa é notável e tem provas dadas no concelho, contra outras equipas que podem ter muita experiência política, mas sem experiência de obra e sem resultados práticos.

 

Por detrás da sua candidatura está o PSD. Porquê desta escolha e não uma candidatura independente ou mesmo escolher outra fracção política?

Analisando um pouco os últimos quatro anos, o Partido Social Democrata ficou com a grande responsabilidade de ser a única oposição e alternativa ao governo municipal de maioria plural, por isso penso que é o melhor enquadramento para conseguirmos alcançar o objectivo.

 

Não o preocupa que no final de todo este processo as pessoas o possam conotar de “Laranja”?

Não vejo nenhum handicap a essa situação, muito pelo contrário.

 

Muito se especulou em torno de quem seria o cabeça de lista do PSD às autárquicas de 2009. Como foi todo esse processo e encontrar esta equipa?

Creio que não foi muito difícil chegar aos quatro elementos. Foram os nomes escolhidos e que se foram disponibilizando aos poucos para a equipa, fui eu o cabeça de lista, podia não ter sido, mas o que importa é o trabalho de equipa desenvolvido e essa também vai ser a atitude na CMH. Um trabalho de grupo e não só baseado na pessoa do Presidente.

 

Caso seja eleito, quais vão ser as suas grandes prioridades?

Uma diferença de atitude no dia-a-dia.

Temos uma obra grande pela frente que é o saneamento básico, obra sob a qual temos grandes expectativas. Como eu costumo dizer, a obra tem 4 R’s: Rede de águas residuais, Rede de abastecimento de águas, Rede de águas pluviais e o Recalcetamento. É contra esse recalcetamento que lutamos porque não nos queremos limitar a recalcetar as ruas, mas sim em requalificar toda a cidade. A obra apesar de ser difícil e extensa, trará grandes constrangimentos aos visitantes e habitantes, mas não deixará de ser uma grande oportunidade para darmos um salto qualitativo e entrarmos definitivamente no Século XXI, já que esta é uma obra do século passado que ninguém teve a coragem de efectuar.

 

Quando fala em dar o passo em frente que medidas concretas propõe?

Esse passo teria que passar por um alindamento das ruas da cidade, são os passeios, a questão do estacionamento, a prioridade à pedonalização de algumas artérias citadinas, zonas de estar e lazer, esplanadas, toda a frente mar. Há muito para fazer nessa área, não só na cidade mas também nas freguesias.

 

Com o saneamento básico e com as obras do Porto, a cidade da Horta vai ficar muito condicionada. Está ciente da dificuldade que tem entre mãos?

Estou muito ciente dessa dificuldade, mas também estou muito consciente das soluções e das alternativas. Ponta Delgada teve, em simultâneo, a obras das Portas do Mar e toda a requalificação urbana e tudo foi ultrapassado. Acompanhei de perto a reabilitação das cidades do Porto, Braga e Guimarães, onde tudo foi resolvido, pelo que não vejo porque isso não  poderá acontecer cá também. O sucesso da obra depende do planeamento.

 

Recentemente, o candidato socialista veio a lume contestar o que tem acontecido em Ponta Delgada em termos de investimento. Concorda com isso ou acha que o Faial tem que lutar para tentar chegar ao mesmo patamar?

Em todos os desenvolvimentos se correm alguns riscos e há soluções que não são as mais acertadas, agora usar a obra feita para justificar a falta de obra, acho que foi um erro tremendo. Por outro lado, o que temos visto é que existem outras cidades, da dimensão da cidade da Horta, que estão a apostar no desenvolvimento, e que estão muito bem. Falo da Praia da Vitória, Angra do Heroísmo e Ribeira Grande, em que há um crescimento acentuado do centro urbano, enquanto       que na Horta isso não se verifica. Vamos “dar corda ao relógio” para entrar num novo tempo.

 

Todavia, de acordo com declarações proferidas anteriormente, os vossos anseios não são só relativos à cidade. Que preocupações têm para com as freguesias rurais?

Para já sentimos que há um certo desencanto das freguesias e pode-se assistir até a uma certa desertificação das freguesias para a cidade, até com os bairros que foram construídos para realojamento pós sismo. A nossa ideia é que cada freguesia tem a sua identidade e os seus objectivos, pelo que temos que identificar os pontos fortes para que cada freguesia assuma um desenvolvimento nessa área. Esse desenvolvimento das freguesias vai-se traduzir num reordenamento que poderá incentivar à fixação de pessoas.

 

No dia da apresentação da sua candidatura disse que era seu objectivo ouvir as pessoas, perceber os seus anseios e só depois tomar decisões. As pessoas têm-no abordado?

Inicialmente houve uma grande manifestação de apoio. Neste momento estamos numa fase de trabalho intenso, em que estamos a receber contributos de várias pessoas e também estamos a organizar a restante equipa autárquica, quer para a CMH, Assembleia Municipal e freguesias.

As reacções têm sido muito boas e estamos confiantes, apesar de estar ciente de que é complicado fazer passar a mensagem numa situação de oposição, como a combater uma abstenção que tem sido muito elevada e importa baixar.

 

Vamos ter um combate renhido nestas eleições?

Eu espero que sim, sem dúvida, mas um combate de ideias e de propostas exequíveis e que as pessoas saibam distinguir o que é uma promessa do que é uma obra. Nós vamos apresentar projectos muito concretos para a qualidade de vida e bem-estar das pessoas e vamos apostar nessa vertente.

 

E que projectos são esses em concreto?

Ao longo da campanha vamos fazer várias apresentações, quer por freguesia, quer temáticas, das nossas propostas, muito direccionadas para as pessoas, para o seu bem estar, por forma a perceberem o que vai mudar na sua qualidade de vida, no dia a dia.

O povo está ávido por ver algo de novo, algo que não seja prometido e adiado há 20 anos.

Pelos Faialenses, vamos fazê-lo, vamos dar-lhes esse prazer, essa alegria, e verão que não custa nada..., o que é preciso é que acreditem, que mais vale tarde do que nunca, e que o desenvolvimento que nós vemos mesmo aqui ao lado e por esses Açores fora, que aqui, também é possível, e já!

Em breve, dá-los-emos a conhecer, a todos, e ninguém ficará esquecido!

Defendemos uma nova urbanidade para a cidade da Horta, próxima do triângulo, cosmopolita e turística, aberta ao mundo enquanto interface no Atlântico Norte.

Por outro lado, e conforme já referi, vamos procurar valorizar as freguesias rurais através do fomento das suas tradições, identificando os seus pontos fortes, potenciando a sua identidade, a sua atractividade como garante do seu desenvolvimento futuro sustentado.

Defendemos uma política descentralizadora e de proximidade, privilegiando as acessibilidades, a relação com o mar, o respeito pela natureza e a genuinidade do Faial. Vamos ainda apostar numa política de incentivo à natalidade, à fixação da população, ao regresso dos nossos jovens, à criação de novas oportunidades, e, claro, uma promoção da Horta enquanto destino, opção de residência segura e global.

 

Qual vai ser a sua maior aposta para vencer o PS?

A minha maior aposta vai ser combater a abstenção e cativar os desencantados, e não tanto o PS ou a CDU. Nesta campanha cada um dos candidatos vai apresentar os seus argumentos e vamos ser julgados pela população. Caberá ao Povo decidir, se continua a optar pela obra não feita, pelos silêncios comprometedores, pelas promessas por cumprir, ou se acredita num projecto de alternância democrática com uma nova atitude e com mais obra. No dia das eleições, os resultados ditarão o veredicto.

 

O que faz falta ao Faial?

Para já, e reforçando um dos chavões da nossa candidatura, falta uma Atitude. Uma atitude forte, não só interna, de termos mais obra e menos planos, mais acções e menos promessas. Bem como a nível regional na defesa daquilo que nos interessa e que contribui para o nosso bem-estar e qualidade de vida.

É claro que também temos em mente os investimentos estratégicos, ou seja, acompanhar as obras estruturantes do Porto, Aeroporto, Frente-Mar, e esse acompanhamento tem que ser feito com mais-valias e contributos que permitam encontrar as melhores soluções que correspondam às nossas necessidades e não ficarmos pura e simplesmente satisfeitos a bater palmas a tudo o que nos oferecem sem equacionar se é uma boa ou má solução. A Obra do Porto foi uma delas. A suspensão do Complexo Desporto Mário Lino contra, não se sabe bem o quê da escola, em que se troca uma obra quase em fase de execução por um projecto que não se conhece.

Uma das nossas debilidades tem a ver com a falta de atitude e com a nossa falta de pujança económica.

 

Fala de envolvimento regional. Sente o apoio do PSD Açores?

Sem dúvida, há um apoio total e incondicional, ao mais alto nível. O partido está unido e, apesar de não ser militante, sinto todo o apoio do partido.

 

O que acha da forma de se fazer política no Faial?

A política não é a minha profissão, mas é uma profissão e como tal deve ser trabalhada em função dos “clientes”. Temos vindo a assistir que, em termos políticos, nomeadamente na CMH, o cliente nem sempre tem razão e isso faz com que os clientes “fujam”, e fogem não votando e desinteressando-se um pouco dos destinos e dos interesses do Faial. É precisamente contra essa atitude que nós estamos. Vamos motivar as pessoas e fazer com que elas participem nos destinos do Faial.

 

Porque é que Paulo Oliveira e o PSD são a melhor alternativa? Porque é que as pessoas devem ir votar em Outubro próximo?

Por dois motivos: Atitude e Obra. Atitude porque, esse tem sido o feedback que temos recebido, com o apoio de pessoas de vários partidos, de pessoas que nunca votaram e outras que deixaram de votar e que vão voltar às urnas. Isto são mensagens muito fortes que nos fazem acreditar que vamos conquistar não só aos demais partidos votos, como vamos conquistar uma nova faixa do eleitorado.

Depois, porque as pessoas conhecem a obra feita e conhecem o nosso trabalho. Tenho algumas obras da minha autoria que as pessoas conhecem e que podem servir de exemplo para o modelo que vai ser utilizado. Falo, por exemplo, do Jardim Público dos Flamengos, os arranjos urbanísticos em frente à Quinta das Buganvílias, os passeios da Conde d’Ávila e da Vasco da Gama, os parques infantis das Angústias, Praia do Almoxarife e das escolas primárias do concelho, entre outras.

Recentemente, mostrámos um projecto, com 14 anos, para a nossa Avenida, e que os Faialenses perderam... Não o vamos executar, porque está desactualizado, mas vamos construir um alternativo para o século XXI.

Estou certo de que a exequibilidade da obra que anunciamos vai ser logo percebida pelas pessoas, quase no dia a seguir às eleições.

Sabemos que a CMH tem imensas dificuldades financeiras, sabemos que existe um comprometimento de orçamento para diversas áreas, mas com uma melhor gestão, menos desperdício, melhor aplicação dos dinheiros públicos, vamos primar pela diferença, e as pessoas vão aperceber-se disso rapidamente.

 

Gerir uma câmara não é só fazer obra. Há toda uma componente humana à qual tem que ser dada especial atenção. Apesar do Faial ser uma ilha pacata e sem graves problemas sociais, eles já existem…

Esses problemas existem porque os nossos pilares económicos falharam. Ou seja, falhou a agricultura, as pescas, o artesanato… daí que defendamos um apoio desses sectores que possibilite um desafogo económico. Por exemplo, tivemos uma paragem no desenvolvimento e no investimento por causa do sismo, e isso foi um erro tremendo em termos de solução governativa.

 

Quando vão apresentar o manifesto eleitoral?

Neste momento estamos a preparar uma “Carta aos Faialenses” e uma página de Internet que acompanhará todo este percurso. Novas tecnologias, muita imagem, acções freguesia a freguesia, para fazer passar a mensagem a toda a população.

 

Que análise lhe apraz fazer das sondagens que tem sido publicadas virtualmente?

Julgo que as sondagens quando começaram eram verdadeiras mas agora já começo a duvidar disso porque num minuto sobem cinquenta votos.

Apesar disso tudo, o mérito destas sondagens, que sabemos não serem oficiais, prende-se com o facto das pessoas estarem motivadas, e, só por isso, já valeu a nossa candidatura.

Na rua, já se nota um novo entusiasmo, cheira a esperança, e os olhos voltaram a brilhar.

Estou confiante, porque temos uma equipa de valor, com provas técnicas dadas, com propostas inovadoras e que trarão mais valia, valor acrescentado à qualidade de vida dos Munícipes, e porque a reacção já demonstrada pelos Faialenses permite-nos acreditar que é possível o Faial descolar de uma passado sem chama, sem atitude, sem obra.

Vamos cumprir junto dos Faialenses as nossas propostas, vamos fazer obra que enriqueça a nossa economia e maior pujança a nível regional, vamos trazer aos Faialenses mais alegria, mais bem estar, mais qualidade de vida, e, acima de tudo, aumentar a nossa auto-estima, o orgulho em sermos Faialenses.

quinta-feira, 7 de maio de 2009


Programa Horta Viva

Centro Histórico da Cidade da Horta pode ser reabilitado

 

A Câmara da Horta, através da empresa municipal Urbhorta, apresentou o programa “Horta Viva”, um sistema de incentivos piloto que vai vigorar na área de reabilitação urbana da cidade da Horta e que se destina à pintura e recuperação de fachadas do centro histórico.

João Castro, presidente da Câmara Municipal da Horta, na conferência de imprensa de apresentação deste novo projecto, classificou-o de “mais um passo no sentido de intervir no centro histórico da cidade da Horta, delimitado no âmbito do Regime de Extraordinário de Apoio à Reabilitação Urbana e contemplado no Plano de Urbanização, permitindo operacionalizar processos de revitalização que invertam as situações de degradação urbanística, de declínio económico e de desertificação residencial.

Carlos Carepa, presidente da URBHORTA, salientou que “a reabilitação dos centro históricos das cidades é uma preocupação geral de todo o pais. Todas as cidades têm esse problema o que levou o Instituto da Habitação e Reabilitação Social a assumir este paradigma. É preciso alertar os proprietários para a reabilitação e é preciso assumi-lo como um acto de cidadania. É uma necessidade imperiosa reabilitar o centro histórico do Faial.”

O sistema de incentivos criado pela empresa municipal Urbhorta tem por objectivo estimular os proprietários e inquilinos para a revitalização do centro histórico e aplica-se às habitações localizadas dentro da Área de Reabilitação Urbana, nomeadamente à sequência de fachadas existentes ao longo da Rua Direita, ou seja, entre a Praça do Infante e o Largo do Bispo D. Alexandre.

De acordo com o levantamento técnico realizado pela Urbhorta, existem nesta área 10% de imóveis com necessidade de intervenção, sendo que 6% está em mau estado e 4% em ruína. Em toda a Área de Reabilitação Urbana, existem 23% de imóveis a necessitar de intervenção – 8% em estado razoável, 15% em mau estado e 10% em estado razoável.

Para aceder a este sistema de apoio é necessário proceder à realização de uma candidatura, na empresa municipal Urbhorta, a funcionar no 2.º piso da antiga Casa dos Magistrados que será equacionada de acordo com os rendimentos do agregado familiar.

O apoio a conceder destina-se apenas a materiais de pintura e apresentam um carácter de complementaridade ao auto-financiamento.

Com esta iniciativa, a empresa municipal Urbhorta vem, assim, alargar a sua intervenção, materializando o trabalho desenvolvido com a realização em Dezembro de uma oficina de conservação e reabilitação urbana.

 

 


Horta procurada por mega iates e iates de luxo

 

Foram ao todo 19, os mega iates e iates de luxo que estiveram atracados esta semana na Marina e Porto da Horta.

O cenário a que se assistia era de incrível beleza e justificativo do slogan que diz que “Horta é cidade Mar”.

Estes iates, lindos de se ver, param cá sobretudo para escalas técnicas. São, na sua maioria oriundos das Caraíbas que tem no Mediterrâneo o seu porto de destino.

Situada no ponto estratégico no meio do Oceano Atlântico, a ilha do Faial é, sem dúvida, o maior hotel flutuante dos Açores.

Por estes dias foi frequente cruzarmo-nos com iatistas de todo o mundo, que cruzam o Atlântico em busca de aventura e onde, deixam as suas pinturas nas paredes e chão da Marina, testemunhos da sua passagem.

Isto porque, segundo reza a lenda, quem aqui não deixar a sua marca não chegará ao seu destino.

A ilha do Faial é muito popular entre os marinheiros. É uma paragem obrigatória para quem planeia uma vela travessia do Oceano Atlântico.

Registe-se curiosamente que a 30 de Maio de 07 bateu-se o recorde de número de embarcações entradas num só dia na Marina da Horta, com a chegada de 365 barcos naquele dia.

 

Em caixa:

1986 - 759 IATES

1987 - 728 IATES

1988 - 866 IATES

1989 - 871 IATES

1990 - 890 IATES

1991 - 940 IATES

1992 - 1086 IATES

1993 - 931 IATES

1994 - 928 IATES

1995 - 969 IATES

1996 - 1020 IATES

1997 - 985 IATES

1998 - 1111 IATES

1999 - 1135 IATES

2000 - 1144 IATES

2001 - 1174 IATES

2002 - 1118 IATES

2003 - 1142 IATES

2004 - 1255 IATES

2005 - 1178 IATES

2006 - 1252 IATES

2007 - 1165 IATES

2008 - 1181 IATES


Táxis 24 horas por dia

 

Ter táxis a funcionar vinte e quatro horas por dia é o objectivo da Associação de Taxistas da Ilha do Faial (ATI) que, na passada quarta-feira, assinou um protocolo de cooperação com a Câmara Municipal da Horta.

Este protocolo, que transfere dos cofres da autarquia para a Associação 3000 mil euros, justificados no Orçamento municipal como despesas de capital, vai contemplar um novo sistema informático que permitirá ter a central telefónica da ATF a funcionar 24 horas por dia, sendo que a partir das 22h00 será com um sistema de reencaminhamento de chamadas.

Para além disso, de acordo com as declarações quer de João Castro, quer de José Pereira, presidente dos taxistas faialenses, este protocolo permitirá que os telefones montados no Hipermercado e no Hospital da Horta continuem a operar sem quaisquer custos para os utentes.Outra das pretensões do documento agora assinado, é servir de ponto de partida, para que haja formação para os taxistas porque, e segundo as palavras de João Castro, “são os taxistas quem dá, na maior parte das vezes, a primeira impressão aos turistas que nos procuram, trata-se de promover uma cultura de bem receber”.

No concelho da Horta existem actualmente cerca de meia centena de taxistas com carteira profissional, um número que, para José Manuel Pereira, Presidente da Associação de Taxistas do Faial, é já bem expressivo e dimensionado à realidade da ilha do Faial.

 

 


Dia Mundial do Trânsito

 

As crianças do primeiro ciclo da ilha do Faial foram chamadas a comemorar o Dia Mundial do Trânsito.

Terça-feira foram cerca de duas centenas as que receberam, no Parque Infantil do Pasteleiro, as suas cartas de condução.

As crianças tiveram oportunidade de participar numa sessão teórica pela PSP, uma sessão prática de condução no parque infantil e entrega das cartas de condução.

A Vereadora do Pelouro, Helena Reis, que procedeu à entrega simbólica das cartas referiu na ocasião que, o grande objectivo desta iniciativa é sensibilizar as crianças para as questões relacionadas com a segurança rodoviária, porque se queremos ter adultos responsáveis a conduzir nas nossas estradas é nas crianças que temos que apostar”.