Técnicas de Atendimento e Serviço ao Cliente

quinta-feira, 26 de março de 2009


“As grandes caminhadas começam sempre por pequenos passos” (Lao Tsu)


Foram 13 os formandos de Jorge Cara Nova na acção denominada “Técnicas de Atendimento e Serviço ao Cliente” que decorreu durante uma semana, nas instalações dos Bombeiros Voluntários.
Esta formação teve, conforme já noticiámos, o objectivo principal de reforçar as competências comportamentais no atendimento e nas vendas.
Jorge Cara Nova já vem ao Faial desde 2004 e tem colaborado quer com a Câmara do Comércio e Indústria da Horta quer com outras entidades do comércio local. Desta vez, e de acordo com o próprio, “surgiu a oportunidade de bater à porta de algumas empresas que canalizaram alguns dos seus colaboradores para esta acção de formação na área do atendimento. Estas formações são essenciais porque o bom atendimento favorece as vendas.”
“A crise não é a razão única que leva as pessoas a não participar em acções de formação. É sabido que estamos numa fase nacional em que a economia está débil mas a motivação para a formação não tem sido, ao longo dos anos” – explica Cara Nova, que argumenta ainda “quando há crise as pessoas excluem logo a publicidade e a formação. Dois erros crassos… deixar de fazer publicidade é o mesmo que dizer ao mundo que se morreu… em termos de formação deixam de apostar na valorização das competências da sua equipa de trabalho. Importa sempre ter em mente que uma boa equipa de trabalho tem que ser boa tecnicamente e nas suas relações com o público. Um bom atendimento ajuda a vender e é isso que, mais uma vez, estou a tentar fazer passar”.
Nesta acção de formação, em que estão pessoas de diferentes áreas, desde restauração às actividades de escritório, foram abordados temas como técnicas de comunicação, reforço da imagem, gestão das emoções, entre outros.

Instado a pronunciar-se sobre as principais lacunas que verifica quando vem ao Faial, Jorge Cara Nova começa por dizer que “ penso que deve e pode ser feito um reforço de competência nas pessoas que estão por detrás do balcão. É certo que a formação nem sempre é uma área prioritária para os donos das empresas e aqui se os empresários entendem que não é prioritário, obviamente os empregados por sua iniciativa não vão fazer isso. As coisas tendem a melhorar, mas ainda há muito caminho para trilhar, nomeadamente na forma de cativar os clientes. Isso passa, e reforço novamente, por uma sensibilização dos empresários e dos seus colaboradores em quererem mudar comportamentos”.
No entanto, este formador frisa que “esta pouca disponibilidade para a formação é um fenómeno cultural e nacional. A formação não permite que os empresários vejam no dia seguinte resultados positivos, é um investimento sempre a médio-longo prazo, porque passa, fundamentalmente, por mudar os comportamentos das pessoas.”
Crente convicto na formação, Jorge Cara Nova diz acreditar tanto porque “a mudança passa pelas pessoas. Não tenho receitas para os problemas dos outros, mas fico satisfeito quando utilizam algumas técnicas sobre as quais nas formações reflectimos, e sobretudo, quando a sua utilização se reflecte em bons resultados.”
No final da formação todos os formandos foram dotados de diploma.

A opinião dos formandos
Sandra Freitas é empregada de escritório e “o que me levou a vir fazer esta formação foi uma preocupação em procurar melhor servir o cliente”. Para esta formanda o maior benefício desta formação prende-se com a boa relação que pretende, no futuro, aplicar entre si e os seus clientes. ”Foi, sem dúvida, um reforço dos conhecimentos daquilo que já aplicava no dia-a-dia, mas há sempre alguns pormenores que fazem a diferença e se reflectirmos sobre isso há sempre coisas que se podem mudar” – sublinha a formanda que prossegue, “era importante haver mais acções de formação, quer nestas quer noutras áreas porque, com a concorrência existente é sempre bom tentar melhorar. Só assim se consegue aumentar a competitividade, mas o que se nota é um pouco de falta de interesse por parte das empresas em apostar na formação, o que é errado, porque isso depois repercute-se nas vendas”.
Renata Rodrigues, empresária do ramo da restauração resolveu participar porque “aprender novas técnicas de atendimento é fundamental e passá-las aos meus funcionários ainda mais.”
“Todos se queixam da crise, também não digo o contrário, mas temos que fazer algo para que isto melhore, não podemos ficar de braços cruzados e, a formação, é um aspecto deveras fundamental” – sublinha a empresária.
Sobre a formação em si, a formanda diz que “foi muito positiva e certamente vou corrigir alguns aspectos que não estavam tão bem no meu estabelecimento”, e prossegue, “não sendo associada da Câmara do Comércio e Indústria da Horta, entendo que devia haver um maior apoio para a formação, porque se assim fosse poderia, por exemplo, ter os meus funcionários todos cá”.

VISITA OFICIAL DO REPRESENTANTE DISTRITAL DE ROTARACT CLUB 1960

Tem lugar no próximo fim-de-semana a visita oficial do representante distrital do Rotaract – Distrito 1960, Rodolfo Pereira, ao Faial.
Rodolfo Pereira é o representante do distrital do Rotaract Club – Distrito 1960 e, como tal, tem percorrido os vários clubes pertencentes ao seu distrito, pelo que cabe o próximo fim-de-semana, conhecer o RTC Horta, e sua comunidade.
Durante esta visita serão sete os jovens que vão ser agraciados com o PIN do Rotaract Clube da Horta – RTC Horta.
Álvaro Melo, Ana Catarina Silva, Carlos Viveiros, Filipe Gonçalves, Maria José Silva, Vânia Ladeira e Vânia Sousa iniciam assim um percurso de formação e liderança.
Um acto solene e agradável que trará para a nossa comunidade novos desafios e novas conquistas.
O Rotaract é um programa do Rotary que consiste em clubes dedicados à prestação de serviços integrados por jovens entre 18 e 30 anos da comunidade em geral ou de uma universidade. O Rotaract é um dos programas mais bem-sucedidos do Rotary, um verdadeiro fenómeno com mais de 8.000 clubes em 155 países e regiões geográficas.
Todas as iniciativas de projecto surgem das próprias necessidades da comunidade, e promovem a paz e a compreensão internacional através da amizade e do trabalho em cooperação.
O Rotaract é um clube de amplitude mundial composta por mais de 6.000 clubes distribuídos por mais de 130 países - integrando aproximadamente 150.000 elementos. Ao nível nacional, grupos com mais de 10 clubes podem constituir um Distrito, por exemplo Portugal está dividido em dois Distritos Internacionais: Distrito 1960, abaixo do rio Mondego e Ilhas e Distrito 1970, região acima do Mondego.
O programa do Rotaract é uma actividade desenvolvida e estabelecida pelo Rotary International, com o qual repousa a autoridade para a elaboração dos dispositivos estatutários, requisitos de organização, normas de procedimento, bem como a responsabilidade pela protecção do nome e emblema do Rotaract.
O Rotaract Club é uma organização patrocinada por um Rotary Club, no caso do Rotaract Club da Horta é o Rotary Club da Horta, constituída de jovens adultos de ambos os sexos, entre as idades de 18 e 30 anos* inclusive, cujo propósito é oferecer-lhes a oportunidade de incrementar os conhecimentos e a experiência que lhes serão de utilidade para seu próprio desenvolvimento pessoal, para atender carências físicas e sociais de suas respectivas comunidades e para promover melhores relações entre os povos do mundo inteiro através da amizade e prestação de serviços.

Rómulo Medeiros Ávila - Secretário-Geral da Juventude Social Democrata/ Açores


Rómulo Ávila assume neste momento as funções de Secretário-Geral da Juventude Social Democrata dos Açores.
Nascido e criado na Ilha do Pico, é um defensor acérrimo da ideia de potencialização do Triângulo.
Este jovem falou ao Tribuna das Ilhas das suas ambições.


Como surgiu o seu gosto pela política?
O “bichinho da política” surgiu muito cedo, muito por influência de meu Pai. A par disso, não me considero uma pessoa conformada, e por isso a política é algo em que posso pôr os meus serviços ao serviço de toda a população.
Como tem sido o seu percurso até aqui?
No aspecto político-partidário, comecei na JSD/São Roque do Pico, depois candidatei-me a presidente da JSD/Ilha do Pico e depois da minha terra, entendi que podia dar um contributo aos Açores, à JSD e ao PSD, e por isso aceitei o convite para Secretário-Geral da JSD/Açores.
Orgulho-me ainda do trabalho feito na Associação de Estudantes de São Roque do Pico e na colaboração na fundação da Federação Regional dos Estudantes dos Açores, onde por inerência também participei nas reuniões do Sistema Educativo dos Açores.

Na qualidade de Presidente da Comissão Política de Ilha da JSD do Pico, como tem sido desenvolvido o seu trabalho?
Sempre ao lado da juventude, dos jovens picarotos, lutando pelos seus interesses, apresentando sempre soluções. Às vezes até indo contra a maioria, tomando decisões algo polémicas, mas com o único objectivo de servir da melhor forma a juventude e as pessoas em geral. No Pico, fruto do excelente trabalho dos três autarcas na Madalena, em São Roque e nas Lajes, a JSD tem a tarefa mais facilitada, pois somos ouvidos, tomamos parte do futuro.

Quantos militantes tem a JSD do Pico?
Cerca de 200. A propósito de militantes, gostaria de salientar que tenho notado, como Secretário-Geral da estrutura regional, que os jovens continuam a acreditar na JSD e mesmo nós estando na oposição é bem raro o dia em que não recebemos um novo militante.

Que importâncias assumem as juventudes partidárias em ilhas mais pequenas, como é o caso do Pico?
O grande objectivo das juventudes partidárias é dinamizar a juventude, puxar pelas energias dos mais jovens, dar novas ideias e soluções. É no fundo adaptar os partidos á realidade de agora. A JSD é um grupo de pessoas que dão o seu contributo para o futuro. Conseguimos em cada ilha dos Açores constituir autênticos fóruns de discussão política. Nas terras pequenas as organizações de juventude partidárias são um grupo de amigos que tem apenas um único objectivo: quer sempre mais e melhor pela nossa/sua terra. A JSD/Açores tem sido a voz da juventude dentro do PSD.

Em que medida o facto de ter sido presidente da FRAESA mudou o seu ponto de vista sobre a educação? Quais são os principais anseios dos jovens nessa área?
Os meus três anos de trabalho nesta Federação de Estudantes pautaram-se por tentar conhecer a realidade de cada escola e de cada ilha. Defendemos, de acordo com as realidades locais, as melhores soluções para o ensino, quer em medidas pedagógicas, quer também nos graves problemas do parque escolar. O Associativismo Estudantil nos Açores não tem merecido a devida atenção por parte dos Governantes e torna-se complicado desenvolver alguma actividade devido à falta de apoios financeiros para estas Associações.

Neste momento é Secretario Geral da JSD Açores. Que tarefas tem em si incutidas?
Coordenar toda a actividade administrativa e financeira da JSD/Açores, coordenar e dirigir as actividades da Secretaria-Geral da JSD, representar a JSD sempre que for designado e prestar atenção à JSD em cada uma das ilhas e concelhos dos Açores. A minha interacção com os militantes e dirigentes da JSD é praticamente diária. O papel de Secretário-Geral da JSD/Açores, entre outras coisas, é informativo, é logístico, é administrativo e é dialogante.

É o primeiro elemento do Pico a ocupar este cargo dentro deste órgão regional. Sente um grande peso sobre os ombros? Como é representar e defender a sua ilha?
Quando aceitei o convite, disse-o na altura “aceito-o em meu nome pessoal e em nome do Pico, da minha terra”. Felizmente toda a JSD/Açores, todos os órgãos regionais, entendem o valor que tem cada ilha para os Açores, pois defendemos todos juntos quando temos de defender os interesses da juventude em cada ilha. É isso que nos distingue. Vemos uns Açores como um todo, onde o desenvolvimento harmónico das nove ilhas foi esquecido pelos socialistas.

É acérrimo na sua luta pela ilha Montanha ou acha que se deve conjugar e aproveitar o factor Triângulo?
Defender o Pico, é também defender uma aposta estratégica no turismo, é defender o triângulo como uma realidade inquestionável de desenvolvimento e de progresso. Eu costumo ao presidente da JSD/Faial que o ideal era juntar estas duas ilhas e aproximar-nos de São Jorge. Já é tempo de acabar com os “bairrismos doentios” e trabalhar para o futuro comum, onde seja possível praticamente no mesmo dia visitar as fajãs de São Jorge, subir ao Pico e visitar os Capelinhos ou a marina da Horta. No caso destas ilhas, em vez de 15 + 15 + 10, ficaríamos com um mercado de 40 pessoas, todas num só bloco. É isso que defendo, o desenvolvimento do triângulo, mas também dos Açores, onde a realidade ilha e concelho nunca poderá ser esquecida.

Como vê toda esta polémica em volta da questão Triângulo, como jovem de 22 anos que é?
Deixem-se de coisas, e ponham “Mãos à obra”, como diz Berta Cabral. Também agora deposito no triângulo uma nova esperança.

Como vê o futuro da política nos Açores?
Sinceramente, que seja melhor do que tem sido até aqui. Que seja feita a verdadeira aposta nas pessoas da nossa terra, nas suas capacidades, pois defendo que cada pessoa seja o motor da acção política, o princípio e o fim de cada acto político.

O que precisa mudar?
Mudar do rumo. Mudar de pessoas. Mudar de estratégias. Os Açores precisam uma lufada de ar fresco, onde a juventude se pode bem associar à experiência de outros.

Fala-se na falta de fixação de jovens nas nossas ilhas… o que falta para que a situação se inverta?
Fazem falta projectos como a difusão do “e-learning” na Região, a aplicação da taxa reduzida do IVA em todos os produtos para bebés e crianças, as creches gratuitas, a diminuição do preço das refeições nas cantinas escolares e redução dos custos de livros e material didáctico. Projectos como a aplicação de medidas que fomentem a construção e a aquisição de habitação própria permanente para casais jovens e a criação de incentivos e benefícios fiscais à constituição e à fixação de pequenas e médias empresas nos mais diversos ramos de actividade nas ilhas mais pequenas dos Açores. Faz falta a aposta em bons e regulares transportes aéreos e marítimos de passageiros, pois são fundamentais à fixação dos jovens nas nossas ilhas e ao nosso desenvolvimento, transportes esses que fomentem uma rápida e constante ligação entre as populações e dinamizem o comércio entre elas e o exterior. As ligações aéreas entre as ilhas dos Açores e o continente devem ter o alcance de prestação de serviço público e não sermos nós, açorianos a pagar por tudo, a pagar valores no mínimo vergonhosos para circularmos dentro do mesmo país. É preciso também criar os “ninhos de empresa”, apoiar os jovens na formação de empresas que sejam necessárias ao desenvolvimento de cada ilha. É preciso nova legislação, urgente, no Arrendamento Jovem.

O seu futuro passa pela política?
Neste momento estou a licenciar-me em Relações Públicas e Comunicação na Universidade dos Açores. Não posso negar que a política suscita em mim muito interesse, mas sei que na política nada é, não pode, nem deve ser eterno. Ser Secretário-Geral da JSD/Açores é algo que faço com gosto, não posso por isso fechar a porta a nada dentro da estrutura, pois farei parte da JSD até aos 30 anos e tenho apenas 22. Muitos congressos virão…
O meu futuro passa por aquilo que entendo ser o melhor para mim e para os que me rodeiam, quer em termos profissionais, quer em termos político-partidários. Estarei disponível para o que for preciso, para que os Açores, a nossa gente, vire uma página na nossa história, com liberdade.

Larápio de roupa interior apanhado em flagrante


Foi apanhado em flagrante, na freguesia dos Cedros, o larápio que há algum tempo roubava artigos de roupa interior do estendal de uma família.
De acordo com a família lesada, foi apresentada, no dia a seguir, uma queixa na polícia contra este indivíduo, por invasão de propriedade e furto.
De acordo com a família “há cerca de um ano, que na minha propriedade, de tempos em tempos, a minha esposa verificava que desapareciam frequentemente, roupas interiores (nomeadamente cuecas e soutiens), da minha filha, uma criança de 12 anos e algumas da minha esposa. Vigiei a casa várias vezes após a minha esposa estender a roupa, sempre sem resultado”.
O que preocupou este pai e incentivou a instalar um sistema de vigilância foi o facto de ser a roupa da filha que desaparecia frequentemente, “isso cada vez nos revoltava mais e nos levava a pensar que concerteza seria um tarado sexual ou um miúdo insolente, pois só uma pessoa com esses defeitos seria capaz, de furtar de propriedade alheia, peças deste género”.
Na manhã do dia 16 de Março, pelas 9 horas e 21 minutos, o ladrão voltou ao local do crime, envergando um casaco preto de carapuço enfiado na cabeça, mas com o rosto totalmente descoberto. E, como descreve o lesado, “invadiu a minha propriedade, entrando pela frente da minha residência, aproximou-se do estendal, retirando apenas as peças que mais lhe agradavam, que foram dois soutiens e duas cuecas da minha filha de 12 anos, que logo os meteu nos bolsos do casaco e saiu pelo mesmo sitio que entrara. A maior de todas as surpresas, foi sem dúvida quando vimos a gravação e inesperadamente se deparamos com o ladrão que se trata de um homem com cerca de 40 anos, casado e pai de uma filha.”
A PSP recebeu a queixa e, de acordo com o comandante da PSP da Horta, Comissário Carlos Ferreira, “este é um furto simples de roupa interior num estendal, face à queixa apresentada deram início ao inquérito respectivo”.

JCP preocupa com desemprego nos jovens


Os jovens comunistas estão preocupados com a precaridade que ainge os jovens e compromete o seu futuro, o seu direito à emancipação e à autonomia. Apontam o dedo ao Governo Regional, responsabilizando-o por uma promoção em vez de combate, a esta situação.

A Juventude Comunista Portuguesa promoveu na passada quarta-feira, uma Conferência de Imprensa com o objectivo de tomar posição sobre a actual situação social e os problemas mais sentidos que afligem a juventude açoriana.
Os jovens comunistas estão preocupados com o facto de se assistir, nos Açores, a um cenário “preocupante”, no que diz respeito ao desemprego e ao emprego precário dos jovens.
Fernando Decq Mota utilizou como exemplo disso a SATA – empresa pública que “ao contrário do que seria de prever, mais trabalhadores contrata de forma precária”, pois, “à semelhança de anos anteriores, volta a contratar inúmeros jovens trabalhadores apenas por cinco meses e ainda por cima a part-time. Isto faz com que estes jovens trabalhem apenas alguns meses por ano, façam os seus descontos e fiquem desempregados logo a seguir, sem qualquer direito social ou subsídio de desemprego.”
Instado a pronunciar-se sobre que medidas propõe a JCP para combater este flagelo, Fernando Decq Mota, afirmou aos jornalistas que, “é necessário alterar a lei do trabalho para que tudo o que os jovens ganharam com o 25 de Abril não se perca.”
Para além disso, o presidente da JCP Faial insurgiu-se ainda contra os programas Estagiar L e T que vão ser, como é sabido, prolongados de seis meses para um ano, nas ilhas que não são da coesão. De acordo com aquele jovem “findo o programa, o jovem estagiário é automaticamente substituído por outro, mantendo um posto de trabalho gratuito para a empresa e reduzindo mais um aos números do desemprego.”
Face a este cenário, Decq Mota considera necessário que haja uma revisão ao conceito dos programas Estagiar, responsabilizando, para isso, as empresas na admissão definitiva dos estagiários.
Bruno Escobar e Fernando Decq Mota apresentaram ainda o blog http://www.jovensdeabril.blogspot.com/, um espaço onde, segundo os mesmos, “os jovens podem e devem denunciar os casos que os afligem e desagradam”.

III Encontro Fadista 2009

Não é nada que represente melhor Portugal do que o Fado. Geralmente é cantado por uma só pessoa e acompanhado por guitarra clássica e guitarra portuguesa. Embalado nas correntes do romantismo, uma melopeia que tanto exprime a tristeza unânime de um povo como abre faróis de esperança sobre o quotidiano das gentes. Os artistas que cantam o fado trajam de negro. É no silêncio da noite, com o mistério que a envolve, que se deve ouvir, com uma "alma que sabe escutar", esta canção, que nos fala de sentimentos profundos da alma portuguesa. É este o fado que faz chorar as guitarras... O fadista canta o sofrimento, a saudade de tempos passados, a saudade de um amor perdido, a tragédia, a desgraça, a sina e o destino, a dor, amor e ciúme, a noite, as sombras, os amores, a cidade, as misérias da vida, critica a sociedade...

O Barão Palace acolheu no passado sábado o III Encontro de Fadistas 2009, organizado pelo grupo Ecos do Fado e que contou com a participação de fadistas das ilhas do Faial, Pico, São Jorge e Flores.
Foram cerca de 200 as pessoas, de todas as idades, que foram ouvir e, sobretudo, sentir, o fado.
O Grupo Ecos do Fado surgiu no panorama musical faialense em 2002, e é constituído por cinco elementos: Marco Quaresma, José Gaspar e José Alvernaz na Guitarra Portuguesa; Isaac Silveira e José Raposo na Viola.
O Ecos do Fado, por ter na sua composição somente instrumentos, pode acompanhar fadistas de qualquer ilha.
“Um grupo de amigos que gostavam de fado sentiram a necessidade de criar um grupo para se fazer mais ou menos o que estamos a fazer hoje, ou talvez nem tanto, fazer uns serões nos restaurantes locais e criar aquele ambiente que é próprio do fado. Começamos a fazer ensaios com regularidade e agora reunimos semanalmente à quinta-feira na junta de freguesia da Conceição” – sublinha Isaac Silveira, com quem Tribuna das Ilhas conversou depois do Encontro Fadista.
Ao contrário do que se pensa, o Ecos do Fado tem elementos de várias idades, e isso acontece por dois motivos: “temos algo comum entre nós… o gosto pelo fado, e em segundo lugar, ter elementos mais novos no grupo é uma forma de não deixar morrer esta tradição tão nossa que é o fado. Somos todos amadores, somente o Marco Quaresma frequentou o Conservatório, os restantes são músicos de ouvido”.
Os fadistas que participaram neste encontro foram: Tânia Gonçalves, José Francisco, Victor Mourinho, Hélia Alvernaz do Faial. Armanda Banha, Armando Meireles e Raquel Machado, das Flores. Humberta Pinheiro do Pico e Lina Ávila de São Jorge.
Esta variedade de vozes e estilos, veio mostrar que o fado é de todos e para todos. “O Victor Mourinho e a Tânia Gonçalves são dois jovens talentos que cantam o fado e isso demonstra bem que é um estilo para todas as idades, aliás, há cada vez mais jovens a cantar fado no nosso país” – constata Isaac Silveira.
Para Isaac Silveira, “o fado é algo que me dá imenso prazer… não sei explicar muito bem o que é, mas toda a sua envolvência, tudo o que se diz, o que se canta, o que se ouve, o ambiente que se cria à volta, o despertar de sentimentos que vem ao de cima quando se está a ouvir o fado, é algo que me causa uma sensação única que não consigo atingir com nada mais”.
Sobre a forma como os faialenses recebem o fado, Isaac Silveira refere à nossa reportagem que, “ano após ano as pessoas estão mais despertas e penso que isso tem acontecido por força de tudo o que tem sido feito, não só por nós, e isso está bem patente quando olhamos e vemos que este foi já o III Encontro de Fadistas”.
O feedback que estes artistas têm recebido justifica, segundo Isaac Silveira, a realização de um quarto encontro.
No próximo dia 25 de Abril o Ecos do Fado vai deslocar-se à ilha das Flores para participar num encontro do género.

SCH vence I Torneio Intercontinental de Andebol

O Sporting Club da Horta venceu o I Torneio Internacional de Andebol.
Domingo o pavilhão encheu-se para assistir à final que opôs o Sporting Clube da Horta e o Sport Lisboa e Benfica.
O SCH entrou menos bem neste jogo e foi para o intervalo em desvantagem.
Os pupilos de Viktor Tchikoulaev entraram com garra e como que a dizer que o troféu era para ficar em casa. Aos poucos foram subindo no terreno e reduzindo a vantagem dos benfiquistas.
Os minutos finais do jogo foram decisivos e, somente a destreza de Bruno Goulart, guarda-redes que entrou para o lugar de António Campos, ditou a vitória ao SCH.
O jovem este em grande plano e mereceu, sem sombra de dúvidas o prémio de melhor guarda-redes do torneio e é, claramente, um jogador em quem o SCH tem que apostar pois revelou grandes qualidades.
No final, 32/31 a favor do Sporting da Horta. Jogo renhido, vitória suada e o público, que marcou presença, saiu satisfeito.


Resultados do Torneio:

20 Março
Kabuscorp / Sporting Club da Horta - 17-28
Melhor em jogo - David Graça (19) - SCH
SL Benfica / Canadá - 36 - 32
Melhor em jogo - Zaikin ( 9) - SL Benfica

21 Março
SL Benfica / Kabuscorp - 28/25
Melhor em jogo - Paulo Pereira (Kabuscorp)
Canadá / Sporting Club da Horta - 27/32
Melhor em jogo - Geoffroy Bassete

22 Março
Canadá / Kabuscorp - 24/24
Melhor em jogo - Yuri Fernandes
Sporting Club da Horta / SL Benfica - 32/31
Melhor em jogo - Pedro Graça (SCH)

Melhores no Torneio
Melhor Jogador do Torneio -
Geoffroy Bassete ( Canadá)
Melhor Marcador do Torneio - Zaikin ( SL Benfica)
Melhor Guarda Redes do Torneio - Bruno Goulart (SCH)

A propósito da violência no Faial - Reforço do policiamento ao fim-de-semana


O Comandante Carlos Ferreira, em entrevista, esclarece qual a posição da PSP da Horta face à violência que tem acontecido nos últimos tempos no Faial.
Afirma que o Faial é uma ilha segura mas a PSP está, preocupada em acompanhar estes incidentes.


O Faial tem sido fustigado por uma "onda de violência". Há alguns fins-de-semana a esta parte que têm existido brigas, algumas das quais resultaram em feridos graves. Estamos perante um cenário preocupante. O que pensa a Polícia de Segurança Pública a esse respeito?
O Faial é uma ilha com elevados índices de segurança, onde os residentes e as pessoas que nos visitam podem passear à vontade e, como os próprios visitantes declaram, respiram segurança. Nestes momentos mais delicados, devemos ter o cuidado de não fomentar alarmismo social para não potenciar a insegurança. No entanto, a PSP está, naturalmente, preocupada e a acompanhar estes incidentes recentes, no sentido de compreender as circunstâncias exactas em que ocorreram e levar à justiça os responsáveis.

O controle/prevenção dessas situações passa por um maior policiamento sobretudo nas discotecas?
Relativamente aos estabelecimentos, há um regime jurídico que estabelece as regras de garantia de segurança, designadamente a obrigatoriedade de existência de vigilantes de segurança privada e de utilização de equipamentos de controlo à entrada e de sistemas de CCTV. Saliento que os vigilantes de segurança privada têm obrigações muito concretas em matéria de colaboração com a PSP, pois a actividade exercida assume-se como um complemento da actividade das forças de segurança.
Para além dos meios de segurança privada, existe ainda a possibilidade excepcional de recurso a meios do Estado, ou seja, no caso concreto do Faial, a efectivos da Polícia de Segurança Pública em regime de serviço remunerado, mas apenas em situações devidamente fundamentadas e mediante requerimento do interessado, parecer do comandante local da força de segurança e autorização expressa da Direcção Nacional.

E nas zonas de divertimento nocturno?
Eu gostaria de esclarecer que todos os cidadãos têm direito à segurança, não apenas os frequentadores dos estabelecimentos de diversão nocturna. O trabalhador agrícola ou qualquer outro profissional que trabalhou durante todo o dia e à noite quer descansar, tem direito a que a Polícia zele pela sua segurança e dos seus bens...
Relativamente à zona envolvente dos estabelecimentos, face ao aparecimento destas situações, a prevenção poderá passar pela reorientação do modelo de actuação policial, o que foi já concretizado e continua a ser parametrizado, mas também por outras medidas que poderão incluir, por exemplo, o reforço da iluminação nas artérias adjacentes.

Quais os motivos desses desacatos? Álcool ou somente má conduta?
Importa ter a noção de que nem todas as situações têm a mesma origem ou são difíceis de explicar. Sempre houve consumos excessivos nos espaços de divertimento nocturno e conflitos verbais e físicos, pois o próprio ambiente e a concentração de pessoas podem propiciar o conflito. Nestas situações mais recentes, preocupa-me fundamentalmente o que poderá resultar de má conduta, provavelmente associada a uma má formação individual. O consumo de álcool é um problema muito mais abrangente na nossa sociedade, incluindo na população faialense, e tem que ser objecto de uma intervenção mais alargada e integrada. Mas não deixa de estar associado a problemas familiares graves, relativamente aos quais já tive oportunidade de alertar neste jornal, e que têm influência decisiva na falta preparação dos pais para exercer o seu papel, na ausência de acompanhamento familiar aos jovens e, consequentemente, no crescimento sem regras ou perspectivas de futuro e na construção da sua personalidade sem modelos positivos de comportamento.

No fim-de-semana de 13 e 14 de Março, a PSP levou a cabo operações de fiscalização. Quantas viaturas e agentes estiveram envolvidos?
No passado fim-de-semana, a PSP desencadeou na ilha do Faial duas operações, uma na sexta-feira e outra no sábado. Na primeira foram empenhados 9 elementos, distribuídos por 4 viaturas. No sábado, numa acção mais abrangente, foram empenhados 20 elementos policiais e 8 viaturas, do Comando da Divisão, das Esquadras de Intervenção e Fiscalização Policial, de Investigação Criminal, de Trânsito e da Esquadra da Horta.

O facto de se ter "cercado" a cidade não atenuou essas rixas, mas certamente alertou os cidadãos! É para continuar?
A mobilização destes meios e a sua disposição no terreno tinham objectivos definidos. Penso que as pessoas perceberam a mensagem da PSP, mas não queiramos criar um conceito de “cidade-polícia” na Horta, temos uma das cidades mais seguras do país com o contributo da Instituição PSP e dos profissionais de polícia da ilha do Faial, que têm vertido muito suor, dedicado todas as suas capacidades e abdicado de muito tempo de descanso e convívio familiar sem qualquer contrapartida, para garantirmos a segurança na ilha. É preciso ter a noção de que não se consegue prevenir todos os delitos, nem se conseguem colocar polícias em todas as ruas, por isso a colaboração da população é também fundamental para a segurança.

Em relação ao assalto verificado na Bomba de Gasolina. O que se passou?
Como foi a acção da PSP?

Bem, a forma como ocorreu o assalto é conhecida, com utilização de uma arma muito semelhante às da Polícia, mas de ar comprimido. Aproximadamente 15 minutos após a comunicação, a PSP colocou no terreno cerca de 20 elementos, incluindo até um subchefe em serviço nas Flores que chegara nesse dia para uma acção de formação. As fases de análise, planeamento da intervenção, procura do suspeito, detecção, perseguição e imobilização do mesmo decorreram em tempo recorde e com grande qualidade, pois as consequências poderiam ter sido extremamente gravosas, sobretudo para o suspeito.
Apesar de se ter criado algum alarmismo social e das pessoas só conseguirem pensar no crime praticado, a verdade é que uma vez mais, a PSP actuou e deteve rapidamente o seu autor, que está neste momento em prisão preventiva.

Vamos ter um reforço do policiamento durante os fins-de-semana?
Temos uma reformulação do modelo de policiamento ao fim-de-semana e continuamos a avaliar a evolução da situação. O que me parece fundamental é transmitir à população que a Polícia de Segurança Pública está a trabalhar no sentido de continuar a garantir aos faialenses as mais elevadas condições de segurança.

DETENÇÕES POR FURTO EM CAIXA ATM
A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve na cidade da Horta, na madrugada de domingo, um homem, de 23 anos natural da ilha do Faial e uma mulher de 31 anos de idade natural da ilha Terceira, pela prática de furto em caixa ATM colocada na parte exterior do edifício do Tribunal da Horta.
As detenções ocorreram na sequência de abordagem efectuada por elementos policiais, que em missão de patrulhamento detectaram os suspeitos, que haviam danificado a referida caixa multibanco na tentativa de subtraírem o seu conteúdo, sem que tivessem conseguido retirar qualquer numerário.

Na sequência da detenção foram apreendidos pela PSP duas navalhas, um martelo, uma caixa com vários x-actos, uma caixa de chaves de fendas e diverso material pertencente à estrutura da caixa ATM.
Os detidos foram presentes ao Tribunal Judicial da Horta na segunda-feira para primeiro interrogatório judicial e aplicação das competentes medidas de coacção.


PSP deteve 2 indivíduos armados
Foi detido, um homem, de 39 anos de idade, em cumprimento de um mandado de detenção e condução emanado pelo Tribunal Judicial da Comarca da Horta, na qualidade de arguido, a fim de efectuar o pagamento de uma multa no valor de 1.250,00 € ou em alternativa, cumprir 166 dias de prisão subsidiária. O Arguido em causa efectuou o pagamento da referida multa, tendo sido restituído à liberdade.
Foi realizada, uma operação de fiscalização, de trânsito e combate à criminalidade, na qual estiveram envolvidos vários elementos policiais, das Brigadas de Intervenção Rápida (BIR), da Brigada de Fiscalização Policial (BFP), das Equipas de Investigação Criminal (EIC) e da Esquadra de Trânsito. Tendo culminado a operação, com a detenção de um homem, de 22 anos de idade, por posse de 32 doses de Haxixe e de uma arma branca (ambos os artigos devidamente apreendidos) e na identificação, de um homem de 21 anosde idade, por posse de arma branca (devidamente apreendida), quando ambos se preparavam para entrar num estabelecimento de diversão nocturna.
Sendo, ainda detido, um homem de 26 anos de idade, por conduzir um veículo automóvel, ligeiro de passageiros, sob a influência de álcool, com uma TAS de 1.70 g/l.

Congresso de Turismo Cultural - É altura de repensar estratégias

Teve início quarta-feira, o I Congresso de Turismo Cultural, promovido pela Adeliaçor – Associação para o Desenvolvimento Local de Ilhas dos Açores.
Este congresso destina-se a entidades públicas e privadas, directa e indirectamente ligadas ao turismo, instituições de desenvolvimento cultural e económico, empresários e profissionais do sector turístico, associações de desenvolvimento local e regional, comunidade académica e investigadores do sector do Turismo, e ao publico em geral interessado nas temáticas propostas.


O evento é financiado pelo programa Prorural, e, de acordo com o discurso de abertura do presidente daquela Associação, Orlando Rosa, o grande objectivo deste Congresso é “proporcionar um espaço de reflexão, debate e troca de estratégias” sobre este tipo específico de actividade turística. Turismo de qualidade, “assente na herança cultural e patrimonial”, de forma a trilhar um caminho que consolide uma estratégia que beneficie não só a actividade turística na região, mas também o desenvolvimento local, actividade no génesis da Adeliaçor.
João Castro, presidente da Câmara Municipal da Horta, referiu que “este congresso é a resposta às várias iniciativas que temos vindo a incentivar e apoiar no sentido de despertar os nossos investidores para estas questões.” Para o autarca, “trata-se de colocar a cultura como parceira do turismo”.
Os temas-chave em discussão para estes três dias de congresso são: Turismo Cultural e Património e Itinerários Turísticos Temáticos – Animação e Promoção. Património Cultural e Edificado, Gastronomia, Promoção do Produto Turístico e Animação Turística.
Durante o I Congresso de Turismo Cultural vão ser lançadas vários guias: Guias dos Itinerários, o Guia Turístico da Zona de Intervenção da Adeliaçor e o Guia Geológico do Faial, “Na Rota dos Vulcões”.
Ainda no âmbito deste congresso, realiza-se este fim-de-semana uma viagem de familiarização (Fam Trip) para dar a conhecer a Rota dos Vulcões, no Faial, a Rota da Faina Baleeira, no Pico, e a Rota do Queijo das Ilhas, em São Jorge.

Divulgar os produtos tradicionais das ilhas
No âmbito deste congresso, a Adeliaçor apresentou uma Brochura onde estão referenciados produtos gastronómicos tradicionais das suas ilhas de intervenção, nomeadamente São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo.
A apresentação decorreu no cocktail de Boas Vindas, na passada quarta-feira, e esteve a cargo de Arlene Goulart, coordenadora da Adeliaçor. Esta brochura dá a conhecer alguns dos produtos mais emblemáticos da região, distribuídos por tipologias, como os vinhos licorosos, brancos e tintos, com destaque para os do Pico, os queijos de São Jorge e do Pico, o Mel, a Carne dos Açores IGP, e alguma da doçaria tradicional.

Arlene Goulart salientou a forma como estes produtos espelham também a cultura açoriana, e chamou a atenção para as exigências actuais do mercado, onde são privilegiados valores como a qualidade, a identidade e a genuinidade.
A Brochura permite também conhecer em traços gerais os sistemas europeus criados para proteger e valorizar os produtos agro-alimentares, ajudando os consumidores a distinguir os produtos de qualidade reputada das imitações. Denominação de Origem Protegida, Indicação Geográfica Protegida e Especialidade Tradicional Garantida são os conceitos que esta brochura permite conhecer melhor.
Na ocasião, o presidente da Adeliaçor, Orlando Rosa, congratulou-se com com a realização deste Congresso, que entende enquadrar-se numa “estratégia de desenvolvimento para o Triângulo”, e frisou que a Associação pretende promover iniciativas do género nas outras ilhas de intervenção, com destaque para as Flores e o Corvo”.

Associados:
34 -
Autarquias locais
2 - Outras Entidades Publicas

4 - Associações Profissionais

7 - Associações Culturais

1 - Associação Desportiva

6 - Cooperativas

3 - Casas do Povo

1 - IPSS

18 - Individuais

Feteira já tem Espaço Tic

quinta-feira, 19 de março de 2009


Foi inaugurado na passada semana o Espaço TIC, na freguesia da Feteira, na antiga escola das Grotas.

Há alguns anos que esta escola deixou de receber alunos e, a partir de agora é o Espaço TIC da freguesia, bem como a Universidade Sénior, o Centro de Convívio de Idosos e o Gabinete de Enfermagem.

 

O edifício cedido pela Câmara Municipal à Casa do Povo, pelo período de 10 anos, alberga o núcleo de novas tecnologias, denominado “Feteira Online”, futuramente uma universidade sénior, o centro de convívio de idosos, e, a breve trecho, a sala de tratamentos médicos, bem como outras iniciativas de natureza social.

O “Feteira Online” disponibiliza aos utentes duas unidades básicas de equipamento, 40 horas de formação estruturada por ano, um horário de funcionamento diário de cinco horas, três das quais em período pós-laboral, e um monitor com certificação de formador.

O sucesso do novo espaço, da responsabilidade da Casa do Povo local, é confirmado com o elevado número de inscritos nos cursos, mesmo antes da sua inauguração.

A Câmara Municipal da Horta “é um exemplo para os outros concelhos dos Açores”, isso mesmo disse José Contente, secretário regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, na cerimónia oficial de cedência pela Câmara Municipal da Horta à Casa do Povo da Feteira, da antiga escola das Grotas, na Portela.

Para o governante, o Município faialense é exemplo para os restantes concelhos açorianos não só pela forma como tem sabido gerir o seu património, mas sobretudo pelos investimentos que tem realizado ao nível das novas tecnologias, com a cobertura da cidade da Horta com rede Wireless, que agora será estendida às restantes freguesias da ilha, com o avanço do projecto “Concelho Wireless”.

O Presidente da Câmara, João Castro, esclarece o motivo desta aposta, adiantando que, com este investimento, se pretende “dar novas oportunidades a quem delas não goza, apostar na melhoria das condições que proporcionamos aos turistas que nos visitam, combater a desertificação das nossas localidades e incentivar, indirectamente, o próprio aumento populacional”.

A cedência pela Câmara Municipal do edifício da antiga escola das Grotas à Casa do Povo da Feteira “representa mais uma solução feliz para a utilização do património municipal”, que, neste caso, continuará “a ser uma escola de vida, de cultura e de lazer”.

Na cerimónia que incluiu, também, a inauguração do núcleo de novas tecnologias da informação e da comunicação, que ocupa uma das salas da antiga escola, João Castro referiu a importância deste tipo de cedências patrimoniais “a entidades e instituições que se comprometam a investir nas pessoas e para as pessoas, pois é para elas e com elas que queremos construir o futuro do nosso concelho”. 

Deolinda, Mikael Carreira, Buraka Som Sistema e La Frontera no Palco Do Cais de Agosto

A Associação Cultural de São Roque do Pico já reuniu, aqueles que são, os cabeças de cartaz para as festas do Cais Agosto. Cabe ao Município, como principal patrocinador, o papel de divulgação atempada aos meios de comunicação social e sendo que a programação no seu todo ainda não está  completa será agendada uma conferência imprensa, em tempo útil.

Assim sendo estão contratados pela Associação Cultural de São Roque do Pico para as Festas Cais Agosto 09, os “Deolinda” - Vão muito para além do fado. Diz o grupo que “há uma longa série de clichés associados ao fado. Por exemplo, o fado tem que ter guitarra portuguesa. Os Deolinda não usam guitarra portuguesa. Ou, o fado tem que ser sisudo, sério, compenetrado, fatalista e triste. Os Deolinda não são nada disso. Ou ainda, o fado não pode ser dançado. E dança-se com os  Deolinda. Ou, para terminar, a fadista tem que vestir de preto, como se estivesse no seu próprio funeral. Ana Bacalhau, a voz dos Deolinda (a Deolinda, ela própria?), veste roupas garridas, alegres, coloridas.”

Mickael Carreira - Subiu aos palcos pelas mãos do seu pai Tony Carreira e por quem foi impulsionado e inspirado. É conhecido pelas suas baladas românticas e ritmos latinos. Em 2006 apresentou o seu primeiro solo em álbum. No ano seguinte foi distinguido com um Globo de Ouro para Revelação na Música 2007.

La Frontera - Este sendo o único grupo fora de porta e mesmo assim da vizinha Espanha.  Subiu ao estrelado em 1984 quando venceu o Festival Villa de Madrid. O tema mais conhecido “No Vuelvas Sin Ella” fez parte da banda sonora do Mundial de Futebol na França. Mas este é um grupo conhecido em terras lusas, não fossem os trabalhos com os GNR. O vocalista Javier Andreu realizou um dueto Rui Reininho na música “Sangue Oculto”. É de facto um dos grupos espanhóis, à imagem dos GNR em Portugal, com carreira sólida.

Buraka Som Sistema - São portugueses e conhecidos pela sua música kuduro progressivo, resultado da fusão de kuduro, hip-hop techno, drum’n’bass e música de dança. Surgiram em 2006 e em 2008 forameleitos o melhor projecto português, pelo canal televisivo musical MTV. Antes do concerto agendado para o Cais Agosto na ilha do Pico, têm ainda outros tantos como no Reino Unido, França, Bélgica, Alemanha, Dinamarca, Noruega e Japão.

E, no último dia, a Banda Agosto - Orquestra Juvenil da Escola Básica e Secundária de São Roque do Pico. 

Ao longo dos últimos anos tem merecido lugar no palco das festas do Cais Agosto. Prata da casa tendo por maestro Helder Bettencourt.

 

ACRA já tem instalações na Horta


A Delegação do Faial da Associação de Consumidores da Região Açores – ACRA já está a funcionar nas suas novas instalações, fruto de uma cedência da Câmara Municipal da Horta.

Na cerimónia que se realizou na passada quarta-feira e que incluiu ainda uma visita ao Gabinete e a apresentação de uma brochura, editada pela Edilidade, tendo em vista assinalar o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor que se comemorou a 15 de Março.

O contrato de comodato foi aprovado em reunião de Câmara de 5 de Março, pelo período de 3 anos, e prevê que a ACRA disponibilize os seus serviços a todos os munícipes que recorram à Câmara Municipal da Horta em matéria de direitos de consumidor.

No edifício onde vai funcionar as instalações da ACRA, a Câmara Municipal da Horta instalou no 1.º piso, em Julho do ano passado, a sede da Assembleia Municipal e, em 2009, no 2.º piso, a empresa municipal Urbhorta.

A funcionar à cerca de um ano na ilha do Faial, a ACRA já recebeu, de acordo com o seu responsável, Faria de Castro, algumas queixas que estão a ser tratadas nas instâncias respectivas.

A delegação do Faial abrange ainda as ilhas do Pico, Corvo e Flores. Entretanto, a técnica da ACRA vai promover sessões de esclarecimento da população, no sentido de alertar para alguns aspectos que preocupam cada um de nós.


ACRA

A ACRA - Associação dos Consumidores da Região Açores foi constituída a 19 de Junho de 1988, com sede em Ponta Delgada.

É uma associação sem fins lucrativos e tem por objecto a defesa dos legítimos interesses dos consumidores, seus associados e dos consumidores em geral, nomeadamente: promover acções públicas de informação, sensibilização e formação dos Consumidores com a finalidade de os despertar e preparar para a defesa dos seus interesses; fazer estudos, elaborar pareceres e proceder ao seu tratamento e publicação, quando conveniente; prestar apoio jurídico aos consumidores em termos a definir pelo Secretáriado Geral, criando, para o efeito, um serviço de atendimento; proceder ou mandar proceder a análises, testes e outros exames, sobre a qualidade de produtos e promover todo o tipo de reuniões para debate dos problemas com interesse para os Consumidores.

PSP e Bombeiros parceiros em formação


Dez agentes da Polícia de Segurança Pública da Horta, mais concretamente das estruturas de investigação criminal das ilhas Faial, Pico e Flores, estiveram, no início desta semana, em formação na área de busca e salvamento em zonas de difícil acesso.

A formação foi ministrada pelo Bombeiro Nuno Henriques, numa parceria então existente entre Bombeiros Voluntários e Polícia de Segurança Pública.

Tribuna das Ilhas assistiu ao início da formação e, de acordo com o Comandante Fraga, do Bombeiros Voluntários Faialenses, “várias são as situações em que precisamos do apoio da Polícia e a Polícia precisa do nosso apoio e esta formação surge porque muitas vezes temos dificuldades em, por exemplo, fazer descer a uma falésia algum agente da polícia pelo que se tiverem formação nessa área facilitam o nosso trabalho, o que nos permite trabalhar com segurança”.

O Comandante da Polícia de Segurança Pública, o Comissário Carlos Ferreira, salientou também a importância da formação, atendendo às “condições geográficas únicas que estas ilhas nos impõem e que, muitas vezes, dificultam a vida dos agentes”.

Esta acção de formação alusiva ao salvamento já foi levada a cabo entre os bombeiros e outras entidades, como seja a Polícia Marítima. 

33 faialenses dão a volta ao Mundo

quinta-feira, 12 de março de 2009

São trinta e três os faialenses que estão a participar na regata virtual Volvo ocean race (www.volvooceanrace.org).

Esta é uma regata internacional por equipas à volta do mundo com escalas. Actualmente estão 164000 pessoas a jogar este jogo.

A quinta perna (mais longa) está a decorrer há 10 dias e neste momento dois membros do Sailinghorta estao no top 500 e mais um no top 1000.

De acordo com João Nunes, um dos participantes, “este é uma das mais mediáticas regatas, pela tecnológica que envolve, pelo número de pessoas envolvidas, pelas verbas necessárias e inclusive, pelos perigos”.

On line não existem os perigos da regata in loco, quem quiser pode jogar em tempo real, com condições actuais atmosféricas e também a dar a volta ao mundo.

 

 

 

 

I Taça Intercontinental de Andebol

Sporting da Horta, Kabuscorp, selecção nacional do Canadá e do Congo vão encher as delícias dos amantes do andebol e disputar, no Pavilhão Desportivo da Horta, a I Taça Intercontinental de Andebol, de 20 a 22 de Março.

Vão ser três dias de jogos, envolvendo cerca de cem atletas naquela que é a primeira competição de nível internacional organizada pela Câmara Municipal da Horta, em parceria com a empresa Kebrostres e com o apoio institucional do Sporting Clube da Horta e Associação de Andebol da Ilha do Faial.

Na passada quarta-feira deu-se a apresentação oficial da prova, nos Paços do Concelho e, durante a cerimónia, o presidente da CMH, João Castro, frisou a importância do evento.

“Esta Taça assume dois objectivos primordiais: primeiro porque surge numa altura de menor competição, e em que o SCH se está a preparar para os Play-Offs, logo, é uma excelente forma de promover um estágio competitivo. Segundo, assume uma importância fulcral por se realizar na chamada “época baixa”, logo vem rentabilizar economicamente o concelho e o seu tecido empresarial.”

Rui Santos, Director Regional do Desporto, deslocou-se ao Faial para participar nesta cerimónia e classificou o evento como “de nível II, ou seja, de cariz internacional. É o primeiro que se realiza quer no Faial, quer dentro da modalidade. O apoio da DREFD é de cerca de 19mil euros, apoio estabelecido de acordo com as regras subjacentes a este tipo de candidaturas.”

Vão estar no Faial duas duplas de arbitragem, uma masculina e outra feminina, que terão a seu cargo a tarefa de coordenar seis jogos, num sistema de todos contra todos.

De acordo com o Vice-Presidente do SCH, Jorge Rosa, os três jogos do SCH vão ser transmitidos em directo pela RTP Açores e os bilhetes para ingresso são 10 euros para os dias todos ou 5 euros por dia, com direito a assistir aos dois jogos diários, ou  seja, atendendo à qualidade das equipas aqui presentes, é um valor meramente simbólico”.

Jorge Rosa sublinhou a dificuldade que os sportinguistas têm na sua preparação, nomeadamente nos chamados estágios, uma vez que, como nos Açores são a  única equipa neste patamar de competição têm sempre que se deslocar ao Continente e classifica esta Taça como “um momento decisivo para que o SCH se prepare para o jogo com o Águas Santas”.

 

José Decq Mota – Candidato da CDU à CMH - Os que dizem que morri têm medo de mim

José Decq Mota é, conforme já noticiámos, o candidato pela CDU para as próximas eleições autárquicas e promete “encabeçar um projecto de futuro” e para tal “ganhar a presidência da Câmara, tornando-se na força mais votada, para dar mais força a um projecto de desenvolvimento sustentado do Faial.

 

 

Tribuna das Ilhas - Quais foram os motivos da sua recandidatura à corrida pela presidência da Câmara Municipal da Horta?

José Decq Mota – A CDU tem para o Faial um projecto autárquico. Dentro dos princípios gerais que a CDU tem para os concelhos do país, no Faial esses princípios tiveram um conceito especial porque durante vários anos fizemos uma luta de afirmação. Como fomos procurando dar respostas aos problemas, alguns bem complicados, que se punham a esta ilha, em 1997 demos um salto qualitativo e conseguimos por em causa o bipartidarismo de representação. Durante muitos anos a CMH teve apenas dois partidos na sua gestão, mas nós contrariamos isso. Em 2005 conseguimos mesmo eleger dois vereadores e contrariar as maiorias absolutas.

Conquistamos assim um vereador ao PS e outro ao PSD. O nosso objectivo agora é tão ambicioso quanto estes foram. Para este ano o nosso objectivo é, claramente, reforçar a nossa influência. Nós temos influência, estamos no governo do município, mas queremos reforçar isso e para isso queremos a presidência.

Estes objectivos estão inseridos numa luta lógica, não é por golpes de sorte ou magia, mas resulta sim dum trabalho reforçado que desenvolvemos, primeiro com a perspectiva de denúncia de situações, posteriormente com o demonstrar de caminhos possíveis e, nestes últimos três anos e meio, na perspectiva de que temos mostrado que somos capazes de contribuir para um governo equilibrado.

 

Depois de tudo o que tem vindo a lume, e das acusações que lhe tem sido feitas, nomeadamente de se ter “escondido” na CMH após a coligação, não tem receio de que as pessoas não depositem confiança em si?

A pergunta é pertinente e curiosa e é importante que essa questão seja posta… Disponibilizámo-nos para participar num acordo pós-eleitoral em 2005 e é obvio que, se toda a vida nós tínhamos contestado a maioria absoluta, quando deixou de a haver, nós tínhamos que estar disponíveis para ajudar a construir uma alternativa. Voltar as costas a isso era o mesmo que dizer que a nossa luta tinha sido vazia, sem objectivos. Apostámos num acordo que possibilitasse modificações por um lado e estabilidade pelo outro.

Quando, de forma sistemática e sem lógica de espécie alguma dizem “o Decq Mota calou-se”, “o Decq Mota não aparece” e “o Decq Mota acomodou-se”, isso não corresponde à verdade. Quem diz isso sabe que isso não é a realidade e ao acreditar estão a cometer uma profunda injustiça.

 

E não tem medo que isso se possa revelar no dia de ida às urnas?

O que tenho que fazer é explicar às pessoas, e muito bem, o que se passou. O que a CDU tem que fazer é demonstrar que estamos lá todos os dias com um esforço muito grande a contribuir para resolver coisas cuja resolução exigíamos. Podem dizer “ah este mandato é igual aos outros em que o PS estava sozinho”, pois bem, isso não é verdade. Há diferenças profundas e nós temos feito essa luta.

Sinto que sou atacado de forma violenta, nomeadamente pelo PSD, procurando dar a ideia de que eu deixei de contar na política do Faial.

 

E não será um pouco essa a ideia que Aníbal Pires transmitiu, não há muito tempo, quando afirmou aos OCS que não sabia quem seria o candidato na Horta quando, em Julho passado, José Decq Mota o tinha afirmado, em primeira mão, a este semanário? Como estão as relações dentro do partido?

O que o presidente do PCP quis reflectir foi que no nosso partido, ao contrário de outras forças políticas, é de que as decisões fundamentais em relação a autarquias são tomadas a nível de base. As relações dentro do partido são as melhores. Há o melhor relacionamento entre a direcção regional do partido e a estrutura de ilha.

 

Em relação à equipa que o acompanhará. Já conhecemos o segundo nome, Maria do Céu Brito, mas quem serão os restantes elementos?

A lista ainda não está formada. A estrutura da CDU do Faial está a trabalhar activamente na elaboração das listas para as juntas de freguesia e assembleia municipal mas sempre tendo em vista a conjuntura global, ou seja, as eleições europeias, autárquicas e da república. Da minha parte tenho o encargo de trabalhar especificamente na lista da CMH, mas é claro que não vou fazer uma escolha sozinho e isolado. O que tenho feito neste momento é uma série muito larga e aberta de conversas individuais para apurar nomes e disponibilidades para uma lista o melhor possível.

 

E essa lista terá que ser como?

Terá que ser capaz de assegurar no mínimo três mandatos efectivos. Capaz de ter substitutos em número suficiente e até quadros de apoio e enquadramento. Tenho que ter uma lista capaz de ter a maior influência na governação da Câmara. Nunca me preocupei com maiorias absolutas e, reforço, neste momento está já assente o nome de Maria do Céu Brito como segundo nome. Reflectir a CDU nestas eleições e ter uma fortíssima componente de independentes na nossa lista. Isso significa uma partilha de ideias, o que é deveras positivo porque convínhamos, estamos a escolher pessoas.

 

Acha que escolher pessoas pode ser uma mais-valia para si?

Tenho ideia que sim. Acho que aqueles que dizem repetidamente e exaustivamente que eu “morri politicamente” no fundo mostram algum receio. Se eu estou tão morto quanto isso então deixem-me estar quieto no meu canto… neste processo as pessoas contam, a coerência do trabalho que desenvolvem e, nesse aspecto, tenho consciência de que desenvolvi sempre um trabalho com base nos princípios da CDU. Sempre procurei servir a Região Autónoma dos Açores e a ilha do Faial mas sinto-me um político muito regional.

A influência da CDU no Faial modificou-se a partir do momento em que a nossa influência nas freguesias rurais começou a ser importante.

 

O que espera da campanha eleitoral, após este que foi um mandato de governação do PS em parceria com a CDU?

Há algumas pessoas que se têm mostrado confundidas sobre como é que dois partidos que estão na governação vão fazer campanha eleitoral.

Não tenho na campanha eleitoral nenhum problema em defender e assumir as responsabilidades de tudo o que se passou neste mandato. Nós somos co-responsáveis com tudo o que de bom e menos bom aconteceu neste mandato.

O mandato foi um mandato de transição, duma cidade e de um concelho que estava muito atrasada, fase a outros. Refiro-me à sua modernização, nomeadamente ao saneamento básico, cuja obra vai ser adjudicada em breve. Ao porto, que tem início já este mês e a todo um conjunto de situações que nestes quatro anos é que foram desbloqueadas.

 

Quando fala em mandato de transição, acha que esta é o momento ideal para haver uma transição política?

Também é, mas quando falei na transição estava a referir-me concretamente ao facto do Faial, no tempo da governação social-democrata, ter sido altamente penalizado na área do investimento público regional. O PSD fez algum mas pouco face às necessidades, tal como o PS até 1997. É evidente que o sismo foi muito usado como desculpa, mas o que é certo é que muitas coisas pararam e nós atrasamo-nos em coisas fundamentais, como sejam as águas residuais, o abastecimento de água à lavoura, a rede viária, enfim… uma panóplia de coisas que já enumerei imensas vezes.

 

O candidato socialista mostrou-se receptivo a uma coligação. O candidato da CDU está disponível para isso?

Em termos de entendimento pós-eleitoral afirmo de forma categórica que estamos dispostos, quer sejamos o partido mais votado, quer sejamos o menos votado, a fazer esse entendimento.

Para haver uma coligação pré-eleitoral já deveriam ter sido feitos contactos para desencadear o processo e isso não aconteceu, pelo que não vejo que estejamos num quadro político geral e regional nesse sentido.

Da minha parte estou disposto a analisar todas as disponibilidades mas o mais realista é pensar-se que cada um vai avançar por sua conta e risco.

 

O saneamento básico vai ser também a sua bandeira de campanha?

A nossa ideia principal para esta campanha é, e popularizando, “a viola vai ser feita de novo”. Vão haver investimentos muito importantes no Faial e vamos ficar com uma “viola bem afinadinha e bem moderna” precisa é sabê-la tocar e o nosso programa vai procurar ser a pauta.

 

Acha mesmo que esse investimento vai ser todo concretizado?

Acho. E temos que ir lançando as bases para promover um desenvolvimento económico e social sustentado. Finalmente ganhou-se consciência de que é preciso resolver, e penso que todas as instâncias governamentais e não só têm que estar unidas nisto, que se relaciona com os problemas de marginalidade social que temos. Nós somos uma sociedade de mediania mas temos franjas que estão muito abaixo dessa mediania e essas diferenças têm que ser atenuadas.

É necessário explorar latentes potencialidades existentes, como sejam a Universidade dos Açores através do DOP. O nosso porto não morreu, muito pelo contrário é um dos mais importantes no cenário das escalas internacionais dos barcos de recreio e temos que melhorar isso.

Não podemos esquecer uma coisa fundamental, falo da Economia Produtiva. Refiro-me à economia leiteira e agro-pecuária e à pesca sustentada.

 

Em que medida é que a CMH pode intervir nestes aspectos?

Em muitos não pode intervir de forma directa, mas tem um papel reivindicativo e apelativo muito importante. Dentro das suas competências se conseguir atingir, e que ainda não conseguiu, uma melhoria da rede viária municipal, distribuição da rede de água à lavoura, entre outros, ajuda em muito os seus munícipes.

 

Porque é que a CDU é a melhor alternativa?

Pela construção que fomos fazendo aos longo dos anos.

 

Não tem medo de que as pessoas se acomodem ao que já têm ou ao sofá no dia das eleições?

Tenho e por isso é que temos que fazer uma campanha eleitoral intensa e esclarecedora. Explicando às pessoas que não queremos começar hostilidades. Não declarei nem quero fazer guerra a ninguém.

Teremos um programa actualizado para apresentar, com uma linha programática sustentada, apostando na renovação desta terra e na valorização daquilo que ela já tem. Não somos daqueles que olham para trás e dizem que nada foi feito. Dizemos sim que o Faial foi vítima duma tentativa de estrangulamento.

O conceito de desenvolvimento que defendemos é um conceito que tem que ser sustentado e defendendo os valores que nós temos e não os deturpe.

 

Que mensagem gostava de deixar aos faialenses?

Tenham confiança nesta força política que é a CDU e em mim. Tenham confiança na forma firme como, ao longo destes anos, temos defendido os interesses do Faial estando assim, no futuro, em condições de defender os interesses do Faial. A CDU continua com inteira disponibilidade para contribuir para o desenvolvimento do Faial.

    

Berto Messias recandidato à JS-Açores

Berto Messias anunciou este fim-de-semana que será recandidato à liderança da Juventude Socialista Açores (JSAçores) para mais dois anos de mandato à frente desta estrutura partidária para o período 2007-2009.
As eleições directas realizam-se no próximo dia 2 de Maio, sendo que o Congresso Regional realiza-se um mês depois na Terceira. 
Berto Messias, foi eleito pela primeira vez em Maio de 2007, naquelas que foram as primeiras eleições directas de uma estrutura partidária regional.
A candidatura de Messias já está a trabalhar na elaboração da Moção de Orientação Política Global que terá as principais propostas da Juventude Socialista para mais dois anos de mandato.


III Festival de Teatro enche palcos faialenses

segunda-feira, 9 de março de 2009


A convite da Câmara Municipal da Horta, a Associação Cultural Teatro de Giz está a organizar o III Festival de Teatro do Faial, que decorre entre 15 de Março e 19 de Abril.

Estarão no Faial cinco companhias a apresentar espectáculos nos vários fins-de-semana durante o período referido: O BANDO (Palmela), ACERT (Tondela), ESTE (Beira Interior), TANXARINA (Galiza) e CARROCEL (Horta, que irá estrear o seu novo trabalho durante o evento).

Mas para além dos espectáculos irão ocorrer oficinas e encontros para que o público também se transmute e possa participar na acção que leva o teatro a acontecer.

Tribuna das Ilhas esteve à conversa com Miguel Machete, o responsável pelo Teatro de Giz, que disse à nossa reportagem que “aceitámos este desafio por ser o teatro a nossa maior bandeira… e achámos que é uma forma de poder mostrar e ensinar o teatro. Vamos apostar nos espectáculos com várias companhias e em oficinas que as pessoas possam aprender como o teatro se faz”.

Os grupos que estarão no Faial são muito diferentes, “porque queremos tornar este festival o mais abrangente possível. Se tivéssemos mais verbas poderíamos, como é evidente, ter outras companhias, mas para já só nos é permitido ter estas. As companhias cá presentes representam várias formas de fazer teatro: os Tanxarina estão dedicados à construção de titeres, fantoches e teatro de sombras. O Bando tem a tradição da máquina e da cenografia. ACERT tem uma ligação muito forte com uma associação “Trigo Limpo” e está ligado ao teatro da palavra. Já a companhia ESTE baseia-se nos gestos. São quatro formas de apresentar teatro bem diferentes.”

O Carrocel, grupo faialense, também vai participar neste festival com a estreia da sua última peça.

O Teatro de Giz vai estar presente mas na organização, porque, de acordo com Miguel Machete, é complicado estar nas duas vertentes, até porque a nossa peça “Nós aqui no meio sem saber de nada”, envolve uma logística muito complicada, uma vez que o cenário é todo na plateia e as cadeiras tem que ser postas no palco, conforme noticiámos na altura.

Teatro o bando

Fundado em Outubro de 1974, parte de um projecto dedicado a um público infantil e juvenil, desenvolvendo a ideia de um teatro comunitário que é encontro de gerações. Mais de 60 criações e eventos, a partir de textos de autores portugueses, não escritos para teatro. o bando gosta de espaços não convencionais actuando em comboios, florestas, fachadas de edifícios, lagos ou no interior de construções com memória ou múltiplos significados. Muitas vezes utiliza objectos cénicos invulgares, as “máquinas de cena”, concebidas pelo seu fundador e encenador João Brites. o bando afirma-se num trabalho de pesquisa e experimentação de linguagens teatrais. A contemporaneidade artística do bando emerge pelo respeito da memória colectiva de um povo, apresentando a dimensão etnológica como fonte de inspiração.

Tanxarina

Esta companhia foi fundada em 1983 por ex-alunos de Harry Tozer, professor de construção e manipulação de marionetas do Instituto do Teatro de Barcelona. Desde então, tornou-se numa das mas conceituadas companhias do teatro de títeres galego tanto dentro como fora da Galiza.

Dedicam-se prioritariamente à produção de espectáculos dirigidos a um público essencialmente infantil e juvenil e onde combinam diversas técnicas de animação.

Trigo Limpo Teatro Acert
Desde a sua formação, em 1976, tem vindo a afirmar-se como uma companhia teatral apostada na descoberta de intercepções entre as distintas linguagens artísticas e do espectáculo, como forma de potenciar uma intervenção teatral experimental, consequente, criativa e socialmente integrada numa intervenção cultural comunitária.
O TRIGO LIMPO teatro ACERT, para além da apresentação de textos dramáticos de autor, estreou mais de uma dezena de textos teatrais próprios, incidindo a maior parte deles na adaptação teatral de textos de autores contemporâneos (Herman Hesse, Ilse Losa, Isabel Allende, José GomesFerreira, Lobo Antunes, Mia Couto, Santos Fernando, entre outros), para além de originais criados especificamente para a Companhia. A itinerância assume um dos eixos que caracterizam a dinâmica da Companhia correspondendo a mais de 70% do total da actividade, possibilitando-lhe a criação de novos públicos, uma proximidade com as distintas realidades culturais e o estabelecimento de circuitos de descentralização. Para além dos seus espectáculos, o Trigo Limpo teatro ACERT amplia o seu exercício de difusão à promoção de redes de circulação de espectáculos de outros grupos nacionais e internacionais em outros pontos do pais onde desenvolve actividade.
Além das participações em Festivais no estrangeiro, a promoção de projectos de intercâmbio tem alcançado particular notoriedade na actuação internacional do Trigo Limpo teatro Acert, destacando-se as acções desenvolvidas em Moçambique, Brasil e Galiza, onde a Companhia tem coordenado amplos programas em parceria com grupos e criadores de todo o Mundo.

Estação Teatral ESTE

Flexibilidade e abrangência são conceitos intimamente ligados à dramaturgia e encenação nas criações da ESTE. Assim, toda a actividade é previamente idealizada para dar resposta às novas exigências e limitações de cada novo espaço, na perspectiva de se poder transmitir a essência e a configuração das propostas iniciais com maior acuidade e intencionalidade.

Mãe Preta (2004); A lenda de Marialva (2005); Pax Romana (2006); O filho da Dona Anastácia - 1ª versão (2006); A Velha dos Dentes Novos (2007); O filho da Dona Anastácia - 2ª versão (2007); A verdadeira história da Tomada do Carvalhal (2007); Cinema mudo (2008) e Terra de ninguém (2008) são as peças que esta estação levou à cena.

Aproveitando a apresentação de espectáculos, e as técnicas que vão sendo utilizadas, a ESTE realiza anualmente várias formações/seminários, sobre as mais diversificadas temáticas. Nestas acções de formação, surgem no intuito de introduzir/aprofundar conhecimentos e competências artísticas. "Teatro de Sombras ", "Máscaras na Representação de Uma História", são apenas algumas das formações realizadas pela ESTE.