Porque errar é humano

segunda-feira, 31 de março de 2008

No post denominado de Festival Rota dos Bons Ventos cometi a gafe de confundir a data de realização do evento com a data da apresentação do mesmo.
Desde já apresento as minhas desculpas aos leitores e aos organizadores deste evento e penalizo-me por isso.
Mas, sabendo que sou Humana e que os Humanos erram, também quero dizer a todos os que me deixaram comentários no mesmo post que não admito comentários insultuosos e muito menos anónimos.
Se eu neste pequeno espaço dou a cara e me identifico, o que poderia não acontecer como em imensos blogs que por aí circulam, espero que quem me aponta o dedo tão veemente, ao menos o admita.
Por educação e por não ter receio de assumir os erros aqui fica o meu sincero pedido de desculpas e a referência de que não vou apagar os comentários, porque a época do "lápis azul" da censura já lá vai.

Albano Lopes só para o ano

quarta-feira, 19 de março de 2008


O número 7 do plantel do Sporting Clube da Horta, Albano Lopes, estará afastado dos campos até ao final da época.
Depois de em Janeiro corrente se ter lesionado na mão esquerda durante um treino, o jogador foi submetido a uma intervenção cirúrgica no Porto, onde tem estado em trabalhos de recuperação.
A época termina já no próximo mês de Maio e, apesar da recuperação ser gradativa, Albano Lopes não poderá defender as cores do clube tão cedo.
A inclusão do aveirense no plantel do SCH para a próxima época ainda não está definida. O seu vínculo à equipa da “Eduardo Bulcão” termina este ano e, de acordo com o mesmo, ainda estão a decorrer as conversações relativas ao futuro.
Ao que sabemos Albano Lopes já foi contactado por outros clubes mas o futuro está indefinido.

Teatro de Todos e Para Todos



“Um povo que não ajuda e não fomenta o seu teatro, se não está morto está moribundo” – Gabriel Garcia Lorca


Entre 27 de Março e 17 de Abril, decorrerá no Faial um extenso festival de teatro, com representações de vários tipos, grupos locais, regionais e nacionais, amadores e profissionais, que se estenderá por quase todas as freguesias da ilha e ainda incluirá formação.
Numa iniciativa da Câmara Municipal da Horta estão previstos 15 dias de intensa actividade teatral, naquele que é o II Festival de Teatro do Faial, depois da Edilidade ter considerado como sendo o primeiro, o projecto “Adolescentes na Hora H”.
Este semanário foi falar com a Vereadora da Cultura, Maria do Céu Brito, grande impulsionadora deste festival.
Participam os grupos “O Teatrinho”; “Seiva Trupe”; “Este”, “Chapitô”, “Sortes à Ventura”, “Chamarir”; “Nós outros”, “Mensagem” e “Já foste”. Haverá teatro em todas as escolas primárias, no Teatro Faialense e na Escola Secundária. Teatro de Todos e Para Todos.
Os objectivos deste II Festival são: promover o teatro como uma forma de arte por excelência, potenciadora do desenvolvimento da palavra, da expressão corporal, das emoções, da sensibilidade; promover o desenvolvimento de contextos de formação teatral abrangentes, envolvendo escolas, professores e alunos; criar contextos de formação de improvisação teatral e fóruns de discussão, sobre as artes em geral e o teatro em particular; desenvolver técnicas de construção de materiais lúdicos e expressivos e, por fim, potenciar actividades de carácter prático através da expressão corporal, dramática, musical e construção de fantoches.


Tribuna das Ilhas – Que balanço faz ao primeiro festival de teatro e o que levou a CMH a querer organizar a segunda edição?
Maria Céu Brito – Considerou-se o primeiro festival de teatro os “Adolescentes na Hora H”, uma vez que os objectivos foram idênticos e, trouxe grupos de teatro e fez formação, quer de jovens actores, quer de técnicos de saúde, entre outros. Esse projecto criou dinâmicas com muito interesse aqui na ilha e levou ao Teatro Faialense grupos de teatro e actores como Ruy de Carvalho, o projecto “Irmãos”, entre outros. Este primeiro festival incidiu muito na formação de actores e de jovens. Foi ainda este projecto que nos fez avançar para o plano municipal das toxicodependências.

T.I. – Quer isto dizer que o II Festival se vai desenvolver nos mesmos moldes do I?
MCB – O II Festival assume um carácter de festival jovem. Percorre uma dupla dimensão em termos de finalidades. Uma delas é trazer à cidade da Horta peças de teatro com qualidade, promover a interacção entre grupos de teatro amador e profissional, criar contextos de promoção do teatro e da cultura geral.
Uma nota marcante neste programa é a formação levada a cabo pelo Grupo de Teatro “O Teatrinho”, da Terceira, em todas as escolas do primeiro ciclo da ilha, isso quer dizer que todos vão assistir a um espectáculo de teatro de fantoches e vão passar o resto do dia a desenvolver técnicas de construção de fantoches. Este festival ainda tem uma proposta de formação na área do teatro de rua com o workshop de animação, dirigido a actores e a jovens eventualmente com necessidades de integração social. Pretende ser uma ferramenta para a autonomia. Vamos dar um curso de andas, magia e tudo o que seja teatro de rua.

T.I. – Que benefícios é que acha que podem daí advir?
MCB – Este festival tem um especial enfoque para a formação, com o objectivo de dar aos jovens ferramentas para a sua autonomia e para a vida. O ideal era que os jovens que frequentassem esses workshops tivessem todos mais de 16 anos, porque só assim podem colher os frutos.

T.I. – Esta é ainda uma forma que a Edilidade encontrou de comemorar o Dia Mundial do Teatro…
MCB – O festival integra as comemorações do Dia Mundial do Teatro mas pretende também, reforço, promover a interacção entre grupos amadores e profissionais.

T.I. – Quais são as suas expectativas em relação a este festival?
MCB – As expectativas são elevadas.

T.I. – È complicado organizar um evento deste nível, com tanta gente?
MCB – Não é complicado não. Se fosse em parceria com um grupo de teatro local seria mais fácil e mais participado mas, digamos que, quando avançámos para este festival foi no âmbito de um projecto que tínhamos apresentado à Adeliaçor e estávamos condicionados aos objectivos que tínhamos definido e a um orçamento. Este ano, vamos ter um grande festival organizados com poucos recursos, esperamos que no futuro a situação se altere.

T.I. – Enquanto actriz e amante do teatro e das artes o que significa para si todo este programa?
MCB – Acredito que só através das artes e da participação e criação artística é possível educar e construir uma sociedade melhor. Uma sociedade de homens mais livres, mais participativos, mais conscientes, mais atentos consigo próprios. Não é por acaso que a cultura está a ir a todas as escolas regularmente. Se pensarmos na sociedade de hoje, em que o calor da comunicação é quebrado por uma máquina, ou o computador ou a televisão, a arte tem que ser o escape.


Curiosidades
O Teatro nasceu em Atenas, associado ao culto de Dionísio, deus do vinho e das festividades.
As representações teatrais tinham lugar em recintos ao ar livre, construídos para o efeito. Os teatros gregos tinham tão boas condições que os espectadores podiam ouvir e ver, à distância, tudo o que se passava na cena, mesmo tratando-se de uma assistência muito numerosa. Isso devia-se, por um lado, ao facto de as bancadas se abrirem em leque sobre a encosta de uma colina e, por outro lado, a diversos artifícios utilizados em cena. Os actores usavam trajes de cores vivas e sapatos muito altos para ficarem com uma estatura imponente. Cobriam o rosto com máscaras que serviam quer para ampliar o som da voz, quer para tornar mais visível à distância, a expressão do personagem.
Um aspecto curioso é que, em cada peça, só existiam três actores, todos do sexo masculino. Cada um deles tinha que desempenhar vários papéis, incluindo os das personagens femininas. A representação dos actores, que actuavam na cena, era acompanhada pelos comentários do coro, que se movimentava na orquestra, juntamente com os músicos.
Havia dois géneros de representações: a tragédia e comédia.
As tragédias eram peças ou representações que pretendiam levar os espectadores a reflectirem nos valores e no sentido da existência humana.
As comédias eram, por sua vez, peças de crítica social que retratavam figuras e acontecimentos da sociedade da época, ridicularizando defeitos e limitações da actuação dos homens, provocando o riso na assistência.
O Dia Mundial do Teatro foi instituído em 1961, pelo Instituto Internacional do Teatro, um organismo da Unesco.
Em Portugal o teatro terá surgido com Gil Vicente, entre os séculos XV e XVI.




PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA VAI SER TESTADO

sexta-feira, 14 de março de 2008

O Centro Municipal de Operações de Emergência e Protecção Civil esteve reunido, nos Paços do Concelho, para apreciar a versão final do Plano Municipal de Emergência, aprovado pelo Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores, a 3 de Janeiro de 2008.
Da ordem de trabalhos constou igualmente a discussão sobre os moldes em que deverá decorrer o primeiro simulacro que irá testar o Plano Municipal de Emergência, reunindo todas as unidades ligadas à Protecção Civil existentes no Concelho.
O Plano Municipal de Emergência é um documento fundamental em matéria de prevenção de riscos e que reequaciona princípios e normas de actuação que devem orientar todos os organismos, departamentos e instituições que possam estar envolvidos na prevenção e minimização de prejuízos em caso de catástrofes ou calamidades que afectem o concelho.
Este documento procedeu à actualização dos dados referentes aos recursos económicos e às estruturas pertencentes a cada um dos Gabinetes, Grupos de Planeamento e de Conduta Operacional, bem como à criação de um Grupo de Abastecimento e Armazéns, bem como de Gestão de Voluntários e Benévolos.
Para além disso, contempla igualmente a necessidade de existência de bons canais de comunicação em situações de crise e respectivas ligações, dando origem ao Plano Municipal de Telecomunicações e canais de Informação Pública.
Cartograficamente, procedeu-se ao levantamento geo-referenciado da localização das infra-estruturas de salvamento e socorro, saúde, aeroportuárias e portuárias.
Relativamente à analise de riscos e vulnerabilidades relativos às Catástrofes Naturais e no que concerne à caracterização geológica e movimento de massas da ilha do Faial, foi colmatada a inexistência de informação sobre as freguesias que compõem a cidade da Horta, nomeadamente as freguesias da Conceição, Matriz e Angústias.
Ainda neste capítulo, e por não terem sido contempladas na anterior versão do Plano, são criados novos anexos referentes aos incêndios florestais e situações meteorológicas adversas (Capítulo C.8). É igualmente criado um anexo destinado à caracterização de catástrofes provocadas pelo Homem, nomeadamente os acidentes rodoviários, marítimos, aéreos, industriais e urbanos.
No que diz respeito ao Centro Municipal de Operações de Emergências e Protecção Civil e aos organismos de apoio foi efectuada uma actualização dos seus membros, enquanto que, em termos de movimento de populações foi feito um levantamento dos locais de alojamento/acampamento, com uma descrição da sua capacidade e características principais.

Autarcas do PSD reúnem em convenção

Os autarcas social-democratas da ilha do Faial reuniram na passada segunda-feira, em convenção autárquica, um evento que vai contar com a presença do líder do PSD/Açores, Costa Neves.
O flagelo das térmitas e os desafios do desenvolvimento local serão os temas anunciados do encontro, através de intervenções de Carla Bretão, António Almeida e Costa Neves.
O evento iniciou-se com a intervenção do dirigente local do PSD e vereador da câmara da Horta, Luís Garcia, seguindo-se a deputada regional Carla Bretão, com a comunicação "Térmitas: um sismo em câmara lenta". O dirigente associativo António Almeida versou "Os desafios do poder local", estando o encerramento dos trabalhos a cargo do presidente do PSD/Açores, Costa Neves, ao que se seguirá um espaço de debate e esclarecimento.O líder do PSD/Açores garantiu, na ocasião que uma mudança de governo na Região "não comporta risco nenhum" e vai trazer "novas oportunidades" aos açorianos."Esta mudança não comporta risco nenhum. [As pessoas] não vão perder pensões, a possibilidade de acesso às escolas ou às unidades de saúde. Estas vão é melhorar", afirmou Costa Neves, no encerramento da convenção autárquica.Segundo o líder social-democrata, um "governo refrescado, com novas ideias, pessoas e entusiasmos vai trazer novas oportunidades".Costa Neves salientou que os social-democratas "estão em condições de garantir aos açorianos resultados que tenham impacto na vida das pessoas e que têm faltado aos socialistas".Aos autarcas presentes, o presidente do PSD/Açores garantiu que um governo do seu partido vai "fazer tudo" para que a actual lei das finanças locais seja alterada, dado que as autarquias mais pequenas "são as que recebem menos"."As câmaras municipais dos Açores são as mais prejudicadas com a aplicação da lei", considerou.

COMEMORAÇÃO DO 87.º ANIVERSÁRIO DO PCP NO FAIAL

No passado Domingo, dia 9, realizou-se no Centro de Trabalho “António Duarte”, na cidade da Horta, um almoço convívio comemorativo do 87º Aniversário do PCP.
Usaram da palavra Hélder Silva, do Executivo do Faial, que se referiu em especial ao esforço organizativo em curso na Organização do Faial.
Seguiu-se Luís Bruno, Coordenador do PCP/Faial, que se referiu à situação nacional e criticou duramente as políticas do Governo de José Sócrates, solidarizou-se com os professores em luta e referiu-se, também, ao significado e importância do Dia Internacional da Mulher que se comemorou no dia 8 de Março.
O Coordenador do PCP/Faial sublinhou também a grande importância das próximas eleições regionais de Outubro e a necessidade do Faial voltar a ter um deputado eleito pela CDU.
Encerrou as intervenções José Decq Mota, Vereador da CDU na CMH e membro do CC do PCP, que sublinhou de forma muito viva a importância e o papel que o PCP tem no Portugal de hoje e criticou duramente a forma limitada e não isenta como a generalidade dos OCS trataram a grandiosa iniciativa do PCP que foi a Marcha pela Democracia e Liberdade.
José Decq Mota referiu-se ainda às eleições intercalares da Freguesia de Pedro Miguel, apelando a uma votação em massa na CDU e desafiando os eleitores a elegerem José Vargas como Presidente da Junta.
O Vereador da CDU na Câmara afirmou também que “ os dois vereadores da CDU estão hoje na maioria da Câmara a fazerem o mesmo que sempre fizeram, isto é, a lutar para que os problemas da nossa ilha sejam encarados e resolvidos”, tendo acrescentado que “ no dia que se verificasse que tal esforço não se traduzia em resultados visíveis, não faria sentido a manutenção do acordo pós-eleitoral que fizemos com o PS local”. José Decq Mota sublinhou entretanto que “o balanço feito até ao momento é positivo e o trabalho produzido pela Câmara tem sido importante e inovador.

Aconteceu por cá

Sessões de esclarecimento para imigrantes
A Direcção Regional das Comunidades realiza a partir de dia 17, em todas a ilhas, sessões abertas de esclarecimento destinadas aos imigrantes residentes nos Açores.
A iniciativa visa informar os cerca de cinco mil imigrantes, de 50 nacionalidades diferentes, e residentes nos Açores, sobre as novas leis em vigor da Imigração e da Nacionalidade, com base no entendimento de que apenas, os “cidadãos bem informados poderão ser bem integrados”.
As referidas sessões de esclarecimento serão coordenadas pelos juristas da Direcção Regional das Comunidades, em colaboração com os funcionários do atendimento ao público do mesmo departamento governativo, que farão uma breve apresentação dos serviços e responderão a eventuais dúvidas relacionadas com procedimentos específicos a adoptar pelos imigrantes.

Paulo Casaca patrocina livro sobre a Vinha do Pico

Foi apresentado na passada semana um livro sobre a paisagem da vinha da Ilha do Pico, Património Mundial da Unesco, intitulado “Da Pedra se fez vinho”.
Esta obra foi editada pela VerAçor, com texto de Manuel Serpa, fotografias de José António Rodrigues e prefácio de Paulo Casaca, apresenta-se sobre a forma de um livro de prestígio em capa dura, formato 23x27cm, bilingue, de 104 páginas, sendo que os 2500 exemplares impressos têm já garantida distribuição a nível nacional.
Deste projecto consta ainda uma exposição de 22 fotografias emolduradas, com 50x70cm, que foram seleccionadas com base no processo de recolha fotográfica.

Prémio de Jornalismo D. Djuta Ben David - Jornalismo pela Integração dos Imigrantes

sexta-feira, 7 de março de 2008


“A reconstrução de imagens sobre um dado fenómeno depende, em grande medida, do papel dos órgãos de comunicação social, facto que não podemos ficar, de modo algum, indiferentes”.


Foi apresentado na manhã de segunda-feira, a quarta edição do Prémio de Jornalismo D. Djuta Ben David – Jornalismo pela Integração dos Imigrantes.
Organizado pela Associação dos Imigrantes dos Açores (AIPA), em parceria com a Direcção Regional das Comunidades (DRC), conta o Apoio da Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas e enquadra-se no Ano Europeu do Diálogo Intercultural.
O vencedor do Prémio de Jornalismo D. Djuta Ben David – Jornalismo pela Integração dos Imigrantes terá direito, este ano, a um diploma e a uma viagem ao Brasil, com estadia durante sete dias.
Alzira Silva, Directora Regional das Comunidades, frisou durante esta apresentação que é importante ter em mente que “nos Açores a população imigrada corresponde a 5 a 6 por cento da população activa, o que é muito significativo.”
Com vista a facilitar a integração desses cidadãos, o Governo está a realizar um inquérito junto dos imigrantes com vista a apurar as suas áreas laborais e se pretendem ver a sua situação evoluir para outras áreas. Segundo explicou, os resultados deste inquérito vão permitir ajustar as políticas do Governo dos Açores, numa acção integrada entre diversos departamentos, no sentido de uma evolução positiva constante.
Paulo Mendes, da AIPA, sublinhou também que “actualmente 2 em cada 10 pessoas vivem longe das suas terras e, no caso dos Açores, os imigrantes contribuem para a construção de uma Região mais desenvolvida e este tipo de iniciativas ajuda a que os imigrantes se sintam em casa e a que mudem algumas opiniões menos positivas em relação a este movimento. É preciso não esquecer que, mais do que português de nascença, existem muitos portugueses de coração”.
Luís Pascoal, do ACIDI, deixou apenas uma palavra de apelo e incentivo à participação dos jornalistas neste concurso.
Nos termos do regulamento, os trabalhos a concurso devem “promover a integração das comunidades imigrantes na sociedade açoriana e favorecer a sã convivência entre povos e culturas, minando caminhos para a emergência de sentimentos e comportamentos racistas e xenófobos”.
Os trabalhos serão apreciados por um júri de cinco elementos com base nos propósitos “da promoção da tolerância, do combate ao racismo e à discriminação e da contribuição das diferenças culturais, religiosas e étnicas para uma sã convivência de povos e culturas”, sendo o vencedor determinado pela “excelência jornalística”.
A data limite para a apresentação de candidaturas ao Prémio de Jornalismo D. Djuta Ben David – Jornalismo pela Integração dos Imigrantes é dia 7 de Julho de 2008.
De acordo com as declarações da Directora Regional das Comunidades, “nas dinâmicas migratórias as sociedades de acolhimento tendem a desenvolver um conjunto de imagens e pré-noções sobre os imigrantes que, por serem na maioria das vezes negativas, dificultam o processo de integração com consequências nefastas para todos os actores envolvidos. Actualmente, a construção desta imagem é fortemente determinada pela comunicação social, sendo que a implementação de qualquer política de integração deverá ser alicerçada, igualmente, numa imagem positiva das comunidades migrantes junto da sociedade de acolhimento.

Dona Djuta Ben-David
Justina Silva (aliás, Djuta em nome-de-casa) nasceu no Mindelo, Ilha de S. Vicente, Cabo Verde, numa família em que a música era tão natural como a respiração: pai e irmãos mais velhos tocavam e construíam os seus próprios instrumentos. Aos 10 anos ela própria começa a tocar e a cantar, e aos 20 anos o irmão Adolfo chama-a para Lisboa, onde se torna cantora profissional. Ela e Adolfo formam o duo “Irmãos Silva”, que actua em Portugal durante seis anos, cantando a música cabo-verdiana, ainda pouco conhecida e apreciada na época, e também música brasileira.
Casa depois com o jogador de futebol Henrique Ben-David, também de S. Vicente, e, quando ele se retira da actividade em virtude de uma lesão grave, os dois vêm viver para S. Miguel por meados da década de cinquenta do século passado, onde, entretanto, o marido viera treinar o Clube Santa Clara.
Sendo dos primeiros (talvez os primeiros) cabo-verdianos a chegar aos Açores, Djuta Ben-David não esconde as dificuldades que sentiram em adaptar-se à nova realidade de S. Miguel, com hábitos e costumes diferentes dos seus, uma sociedade mais fechada e menos alegre até do que a sociedade do seu Mindelo de origem. Mas Djuta Ben-David gosta também de referir o modo como acabou por se integrar neste novo espaço insular, de que fez a sua segunda ilha e a ilha da sua família. Por ser um símbolo das comunidades migrantes no arquipélago, não só como se integrou na sociedade açoriana, mas também pelo respeito e carinho que merece de todos nós, a Associação dos Imigrantes nos Açores decidiu instituir o prémio D. Djuta Ben David, tudo na convicção de que estaremos a construir uma sociedade mais harmoniosa, onde as diferenças não sejam motivo de discriminação, mas sim de respeito e tolerância, em nome da integração.

Edições anteriores
A primeira edição deste prémio de jornalismo foi ganha por Ana Paula Fonseca, com o trabalho “Em busca do sonho açoriano”, publicado no jornal Açoriano Oriental.
Saes Furtado, jornalistas a RDP, foi o vencedor da 2ª edição, com a reportagem “ Os Novos Açorianos”, premiado com uma viagem à Ucrânia.
Saes Furtado concorreu à terceira edição deste prémio com a reportagem “Uniões sem Fronteiras”, emitida na antena da rádio pública. Durante cerca de trinta minutos, o jornalista contou as histórias e reproduziu os testemunhos de sete casais compostos por açoriano (a)s e imigrantes. Foi premiado com uma viagem a Cabo Verde.

David Yudovin vai atravessar o Canal Faial-Pico a nadar


Uma vida dedicada ao mar. Até o apelido pode ser pronunciado como “You Dove In” (mergulhas)...


David Yudovin tem 57 anos, é natural da Califórnia. Actualmente está reformado, mas dirigiu a sua própria empresa de armazenagem, transporte e distribuição e Seafood e é mundialmente famoso pelas suas travessias marítimas a nado.
Desde o Canal da Mancha, o Estreito de Gilbraltar, o Estreito de Cook na Nova Zelândia, o Estreito de Sunda na Indonésia, o Estreito de Tsugaru no Japão, este simpático homem já nadou em tudo o quanto é sítio.
O seu próximo objectivo passa por fazer a travessia entre o Canal Faial-Pico e quem sabe, ligar a nado as ilhas do Pico a São Jorge e por ai adiante.
David Yudovin esteve no Faial 3 semanas, onde encetou vários contactos nesse sentido, e volta a 15 de Agosto para iniciar a sua tentativa. Neste momento está na Califórnia, mas daqui a três semanas estará no Tahiti para mais uma prova.
Tribuna das Ilhas conversou com este americano e ouviu um pouco da sua história de vida e dos seus objectivos para o futuro.
A sua mulher Beth Yudovin é a sua treinadora. Já passou alguns sustos, mas apoia o marido nesta sua vontade. Na Indonésia teve um ataque cardíaco e durante mais de uma hora o seu coração parou. Todos o julgavam morto, mas voltou a si.


Tribuna das Ilhas – Vai tentar fazer a travessia do Canal Faial-Pico a nadar. Porque escolher o Faial para mais este desafio?
David Yudovin – É uma história muito interessante… nadei por todo o mundo, em diferentes países e diferentes Canais. Em 1999, um navio porta-contentores trouxe-nos como passageiros desde Valência até Nova Iorque e passamos muito perto dos Açores. Quando passámos perto dos Açores a água estava tão bonita, haviam golfinhos, baleias e tartarugas e senti que tinha que voltar. Durante este tempo fizemos alguma pesquisa no sentido de equacionar a possibilidade cá vir. Agora, depois do conhecimento adquirido, vim cá para estabelecer contactos com pessoas que conhecem bem o canal e organizar isso mesmo. Quero começar por fazer a ligação Horta – Madalena, e, se o tempo o permitir, fazer o percurso inverso um ou dois dias depois. Também gostava de ligar o Pico a São Jorge. Depois disso decidirei se continuarei a perseguir outros objectivos.

T.I. – Ao que se sabe somente duas pessoas fizeram esta travessia. Está preparado para este desafio?
D.Y. – De acordo com informações que me foram transmitidas as duas pessoas que fizeram esta travessia usaram fatos e barbatanas. Eu vou para a água somente com os meus calções, óculos e uma touca. Nado de acordo com as normas americanas.

T.I. – Vai tentar alcançar algum record para o Livro do Guiness?
D.Y. – Nunca enveredei por esse caminho porque é algo que requer muita burocracia e não o faço para auto-promoção, mas sim porque é algo que adoro.

T.I. – E porque a natação e não outro desporto?
D.Y. – Desde muito cedo que sempre senti uma enorme atracção pelo mar e pela água. Aos seis anos integrei uma equipa de natação. Sempre que entro na água sinto uma magia indescritível, sinto que é o meu céu, o meu espaço. Tenho uma carreira ligada à natação já longa, mas sinto que agora estou melhor que nunca.

T.I. – E porque nadar em mar aberto? Não seria mais simples nadar em piscina?
D.Y. – No fundo, eu gosto é de nadar, mas quando viajo para nos lugares gosto de explorar novas águas e novas áreas. A relação que crio com as pessoas que me ajudam a atingir os meus objectivos é o mais proveitoso disto tudo e nunca o conseguiria se nadasse numa piscina. O turista normal chega, visita os pontos de interesse turístico, vai ao restaurante, compra um souvenir e pronto. Eu não… criam-se laços de amizade tão grandes com estas pessoas que eu considero-os como família. A nossa casa está sempre aberta a essas pessoas…

T.I. – No entanto, sabemos que já nadou nas águas açorianas. E que tal?
D.Y. – Pelo que vi as correntes são muito fortes, mas de acordo com as pessoas com que falei, pescadores e homens ligados ao mar, se for bem planeada a travessia, tem tudo para dar certo. Temos que conjugar as luas com as marés. As condições meteorológicas também têm que ser tidas em linha de conta, mas em Agosto penso que o tempo não será má altura.

T.I. – E porquê só vir a 15 de Agosto quando na primeira semana temos o maior festival náutico do Pais?
D.Y. – Atendendo a que o Clube Naval da Horta é o meu principal apoiante, e que nesta altura tem uma série de eventos agendados, tal não é possível. Não lhes posso pedir para me cederem do seu tempo na altura em que estão mais ocupados.

T.I. – E o que achou da ilha do Faial?
D.Y. – O Faial é muito parecido com o local onde vivemos. A latitude é a mesma, o tempo é semelhante. Vivemos numa comunidade balnear, temos vizinhos açorianos, o tempo é semelhante, logo sentimo-nos em casa…

T.I. – E como é ser treinadora do seu marido?
D.Y. – Não é difícil porque ele está muito motivado. Sobretudo o meu trabalho é assegurar-me que durante a sua prova ele está bem. Observo cada movimento que ele faz para garantir que ele está no local certo, ver o tempo e a navegação do barco. Enquanto ele nada eu tenho que lhe dar líquidos, porque o esforço é muito e ele desidrata e também lhe dou umas barras de cereais. Acho que a minha principal função é preocupar-me.

T.I. – Para além de cá vir nadar, o David também vai apresentar algumas palestras para jovens. Que mensagem quer deixar aos jovens?
D.Y. – Principalmente quero motiva-los para a natação enquanto um desporto saudável. Enquanto crianças eles precisam ouvir alguém mais velho e com experiência. Provavelmente, terei a idade dos avós deles, então vão olhar para mim e pensar “como é que este velhote pode estar tão feliz por nadar. Como é que ele foi bem sucedido na sua carreira e em tudo na sua vida?”.


Em caixa:
Tanto quanto se sabe, terá sido pioneiro na concretização da façanha, o nadador americano S. A. Gustafson. Corria, então, o ano de 1926. No dia 2 de Agosto, partindo do Faial, o americano terá necessitado de 5 horas e 20 minutos para completar a travessia, aportando na fronteira ilha do Pico. Mr. Gustafsson teria quarenta anos e ocupar-se-ia como montador electricista da companhia Stone Webster, segundo o jornal «O Telegrapho».
Em 1929, encontrava-se em afincado treino o categorizado desportista faialense Manuel Azevedo Lima, visando alcançar um novo record da travessia a nado entre Faial e Pico. A 31 de Julho de 1929 teve lugar a aguardada iniciativa. A travessia terá decorrido “sem qualquer incidente tendo apenas passado um tubarão a cerca de 250 metros mas que nem se chegou a avisar o nadador de que ele ia passando, visto não haver perigo àquela distância. Sob o comando do Sr. Lucas, acompanharam-no duas canoas, uma do Sporting, e outra do Sr. Dr. Campos de Medeiros, que também o acompanhou.
A travessia das cinco milhas náuticas que separam a ilha do Pico do Faial foi efectuada no tempo de 3 horas e 6 minutos, no que constitui ainda o recorde desta travessia, nos termos em que foi realizada.

VI Ciclo Agostiniano – Açores

A Faialentejo e a Associação Agostinho da Silva leva a cabo a sexta edição do Ciclo Agostiniano dos Açores, de 27 a 29 de Março na ilha da Graciosa.
Depois de ter sido reconhecido como um evento de interesse público pela Director Regional da Cultura, este ciclo tem como Comissária a professora Maria Eduarda Rosa.
Este ano o Ciclo Agostiniano é subordinado ao tema “Bioesfera”e tem um programa vasto, do qual se destaca o lançamento do livro: Actas do V Ciclo Agostiniano – Açores e a presença de Manuel Freire.
Durante o ciclo haverá uma Feira do Livro; uma Exposição Bibliográfica constituída pelas obras de Agostinho da Silva. A Exposição “Agostinho da Silva – Pensamento e Acção” e a Exposição de fotografias sobre a Bioesfera, de Jorge Barros.
M.J.S.

28.MAR,08 – (SEXTA-FEIRA)
10:00 - Encontro “BIOESFERA”, com participação de: Mário Cabral, Helena Briosa e Mota, Magda Carvalho, Jorge Barros, Paulo Borges, Jorge Mangorrinha, Helder Silva, Eduardo Dias, entre outros.
14:30 – Encontro “BIOESFERA” (continuação).
17:30 – Encerramento dos Trabalhos.
21:30 – Momento musical com Manuel Freire.

29.MAR.08 – (SÁBADO)
11:30 – Desfile das Irmandades do D.E.S.
12:00 – Missa
13:30 – Função do Espírito Santo, com Sopas e a participação das Irmandades do Divino Espírito Santo
16:00 – Leitura das Conclusões do Encontro “BIOSFERA” e discursos de Encerramento do VI Ciclo Agostiniano – Açores,
21:30 - Passagem do filme Agostinho da Silva Ele Próprio, gravação de António Escudeiro.

Festival Rota dos Bons VentosVERSÃO CORRIGIDA

O Teatro Faialense vai ser palco de um festival de música.
Este festival contará com o trio Loyko da Rússia, Hiromi; Japão, Stanley Jordan; E.U.A., João Frade e Guy Giuliano; Portugal e França.
De acordo com Luís Bettencourt, responsável pela organização deste evento, “a intenção deste festival, além de uma necessidade cultural como tantas outras, é de juntar a cidade da Horta ao roteiro de festivais musicais já existentes nos Açores, como o Festival do Ramo Grande, na Praia da Vitória, Maré de Agosto em Santa Maria, Festival de Jazz de Ponta Delgada e Festival Angrajazz.”
Para além dos concertos, realizam-se ainda concertos didácticos, e uma acção de formação de sensibilização à prática da terapia da música, esta, da responsabilidade de Stanley Jordan.
O cartaz desta primeira edição, é da autoria do artista-plástico, Pedro Braia. A imagem utilizada para este fim tem como título “A Dama dos Ventos”.
Este festival tem na base da sua a organização, a Filarmónica Artista Faialense, que completou recentemente 150 anos de vida musical e social.

Director do DOP fala sobre ecossistemas de profundidade em Bruxelas

O Deputado Europeu Duarte Freitas, Relator do Parlamento Europeu para o dossier relativo à preservação dos ecossistemas de profundidade vulneráveis, promoveu na passada semana, em Bruxelas, uma audição para discussão de alguns assuntos relacionados com este tema.
A proposta de Regulamento, de que Duarte Freitas é Relator constitui uma das prioridades da Presidência Eslovena do Conselho no domínio das pescas, pretende garantir a preservação ecológica dos ambientes de profundidade em zonas de alto mar.
Duarte Freitas considera que, "os Açores, através do Know-how resultante do profícuo trabalho de investigação levado a cabo na nossa Universidade, prestaram mais um importante contributo no âmbito europeu, desta feita ao nível da preservação dos Oceanos. A presença do Doutor Ricardo Serrão Santos, director do DOP e meu convidado para a audição que hoje promovi, foi muito importante para o esclarecimento de algumas questões. O seu contributo científico, certamente ajudará na tomada de uma decisão política mais consciente."
"A realidade dos mares dos Açores, a sua valia e fragilidade ambiental e a qualidade da investigação desenvolvida pelo Departamento de Oceanografia e Pescas colocam a nossa Região em lugar de destaque no que toca às propostas para proteger o oceano profundo. Por outro lado, sempre que se argumenta com razões ambientais estamos a promover, directa e indirectamente, a defesa os nossos recursos haliêuticos" - frisa o eurodeputado.
Ricardo Serrão Santos, Director do DOP, desenvolveu uma exposição relacionada com as ameaças no alto mar e mar profundo e realçou "a relevância das preocupações sobre a sustentabilidade dos ecossistemas oceânicos na recente estratégia marítima europeia, que a UE pretende operacionalizar através da proposta de Regulamento em discussão"

Campeonato Regional Sub 16 – cadetes femininos - Fayal Sport vence primeira fase

Decorreu no passado fim-de-semana a primeira fase do Campeonato Regional de Sub-16 em cadetes femininos de basquetebol.
Disputada na Horta, esta primeira fase integrou as equipas do Boa Viagem, União Micaelense, Clube Ana e Fayal Sport, sendo que estas últimas ocupam a primeira posição da Tabela Classificativa.
As verdes da Alagoa são orientadas por Filipe Pires e Ana Goulart. Fazem parte deste plantel: Adriana Vargas; Daniela Casanova; Filipa Rosário; Inês Pavão; Iolanda Duarte; Jéssica Silveira; Joana Correia; Joana Lemos; Joana Rebelo; Lia Borges; Maria Menezes; Marisa Silva; Marta Silva; Renata Costa; Sofia Fontes e Viviana Vieira.

Novos conceitos apresentados aos empresários faialenses


A Câmara do Comércio e Industria da Horta, em parceria com a Gestão Total, promoveu um Seminário dedicado ao tema "Balanced Scorecard Integrado", em que foram apresentados e discutidos conceitos relacionados com a Gestão Estratégica, da Inovação e do Retorno Económico, a Gestão de Recursos Humanos, o Benchmarking e os Sistemas de Gestão Organizacionais, o Balanced Scorecard e a sua integração com outras àreas de Gestão.
Este Seminário teve lugar no passado dia 26 do corrente mês, na Sala Ancora do Hotel Horta, e contou com a presença de José Luis Amaral, Director Regional do Comércio, Industria e Energia, Manuel Capote, da Gestão Total, José Carlos Dâmaso, da APCER, Fernando Guerra, presidente da Direcção da CCIH, empresários e alunos da Escola Profissional da Horta.
No mesmo dia, realizou-se na sede da CCIH, com larga participação de empresários, uma Sessão de Esclarecimento sobre a Implementação de Sistemas de Gestão e Qualidade, em que foram desenvolvidos temas como: Gestão da Qualidade, Certificação das Empresas, Marcação CE do Produto e Controlo da Qualidade do Betão, com a Engª. Mónica Matias, da TalQual.