quinta-feira, 23 de julho de 2009

20 anos depois…

Evocação do Encerramento da Escola do Magistério

Os números:

1945 – a fundação

1989 – o encerramento

956 – alunos formados

37 – cursos


A Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta, a Universidade Sénior da Ilha do Faial e a Sociedade Amor da Pátria promovem no próximo dia 3 de Agosto, uma sessão sobre a antiga Escola do Magistério Primário da Horta.

Num debate moderado pela professora Maria Simas, antiga aluna, professora e directora daquele extinto estabelecimento de ensino, vão ser abordados “20 anos depois… evocação do encerramento da Escola do Magistério. Expectativas e desencantos. Injustiça ou sinal dos tempos?”. Durante esta sessão, deixarão os seus testemunhos os professores Fernando Faria, Jaime Baptista e Ruben Rodrigues.

Ainda integrado nesta jornada comemorativa, o Centro de Estudos da Unisénior vai lançar um estudo sobre narrativas autobiográficas com os percursos profissionais dos Antigos Alunos da Escola do Magistério.

A Escola do Magistério foi criada em 1945/47 e funcionava nos Liceus e por inerência do Reitor que era o Reitor da Escola.

Nos Açores existiam três escolas do Magistério: Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.

“No magistério formávamos professores para o ensino primário, que hoje é designado por ensino básico” - explica Maria Simas ao Tribuna das Ilhas que afirma que, “para nós, ditos das Ilhas de Baixo, esta era a única porta de saída profissional”.

Depois do 25 de Abril houve uma grande viragem no modelo de funcionamento dos Magistérios, que se traduziu numa tentativa de melhoria da qualidade da preparação dos profissionais.

Essas mudanças fizeram-se sentir sobretudo nas condições de acesso ao curso, e na duração do mesmo que, em vez de dois anos, passou a ser de três anos. Em 1989 foi deliberado extinguir as Escolas do Magistério e criar um Centro Integrado de Formação de Professores – CIFOP. Esse Centro tinha igualmente três pólos: Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.

“Quando foi deliberada a criação desse centro, ficámos, nós os faialenses e todos os que se interessavam pelo ensino, logo desapontados. No decreto constituinte era afirmado que os pólos de Angra e Ponta Delgada entrariam imediatamente em exercício e o da Horta só funcionaria quando reunisse as condições indispensáveis. Até hoje nunca conseguimos saber quais eram essas condições. O pólo da Horta era um nado-morto.”

Vinte anos depois, Maria Simas diz que “sentimos uma grande decepção e injustiçados. Não nos deram oportunidade. A Universidade dos Açores quando começou não foi com as condições ideais e hoje é o que é. Não nos foi dada oportunidade de mostrar se éramos ou não capazes de ter um pólo do CIFOP”.

O momento é para esta figura do ensino da nossa terra, “muito triste… sinto que foi um esforço inglório todo aquele que desenvolvi há vinte anos atrás. Só espero que não desistam de lutar para que a Horta não perca importância no contexto regional” – afirma a Professora, que espera desta palestra que “se sacuda alguma consciência adormecida”.

Episódios…

Um episódio caricato e que marcou a Professora Maria Simas foi “veio frequentar a escola um aluno vindo de Aveiro. Tinha lá feito exame de admissão e sido aprovado mas, devido aos números clausus não pode matricular-se. Chegou cá, matriculou-se e no final do primeiro ano pediu transferência para ir estudar para perto de casa. No segundo ano, passado talvez um mês das aulas, tenho um telefonema dele a pedir para voltar. O director da escola também me ligou para saber o que fazíamos cá para que o aluno estivesse tão ansioso por voltar. Chegou e foi a minha casa cumprimentar-me e entregou-me uma caixinha com uma pulseira de ouro mandada por sua mãe. Fiquei muito reticente em aceitar porque apenas tinha cumprido o meu dever. Coerentemente e para não o magoar aceitei e, no dia de entrega de diplomas usei-a. Depois da cerimónia chamei-o e entreguei-lhe a pulseira para que a oferecesse à sua noiva ou à sua primeira filha.”



Visita do Governador do Distrito Rotário 1960




O Governador do Distrito Rotário 1960, para 2009/10 – Mário Rebelo –, esteve em visita ao Rotary Club da Horta, nos dias 18 e 19 do corrente mês.
O programa oficial incluiu visitas a instituições de carácter social da ilha, normalmente apoiadas pelo Rotary Club da Horta, bem como a alguns locais de interesse turístico.
Ao fim da tarde do dia 18, esteve presente numa Assembleia-geral do Clube, onde lhe foi apresentado o Plano de Actividades para o corrente ano rotário.
À noite participou num jantar de companheirismo, no Faial Resort Hotel, com a presença de membros rotários e convidados.
Na tarde do dia 19, o Governador Mário Rebelo, partiu para a ilha do Pico, em visita ao clube rotário local.

SNC substitui POC

Esteve no Faial a ministrar uma acção de formação sobre o Sistema de Normalização Contabilístico, Maria Isabel Castelão Silva.

Sobre este novo sistema, que entra em vigor no primeiro exercício que se inicie em ou após 1 de Janeiro de 2010, disse que a mudança fundamental ao nível contabilístico resulta da passagem de um modelo assente em regras (designadamente regras de escrituração, como era o caso do POC) para um modelo assente em princípios, em que os juízos de valor dos gestores e dos preparadores das Demonstrações Financeiras são fundamentais.

De acordo com aquela responsável, o SNC, abreviatura de Sistema de Normalização Contabilístico, é um sistema contabilístico que vem substituir o Plano Oficial de Contabilidade (POC) que se encontra em vigor há mais de 30 anos. Surgiu na sequência da aproximação da União Europeia às Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e obrigatórias em Portugal a partir de 2005 para as entidades com títulos cotados.

A Comissão de Normalização Contabilística (CNC) entendeu que também para as restantes empresas o POC já não dava resposta a um nº crescente de questões que se colocavam e procedeu à elaboração do SNC, composto por 3 níveis: entidades com valores cotados que aplicam integralmente as NIC/IFRS adoptadas na UE; restantes empresas dos sectores não financeiros que aplicam as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) , que consistem na adaptação das NIC e empresas de menor dimensão que aplicam a NCRF para Pequenas Entidades.

O SNC permite a uma entidade, consoante a respectiva dimensão, transitar de um patamar para o patamar seguinte, utilizando os mesmos conceitos e requisitos técnicos.

O novo Sistema de Normalização Contabilístico entra em vigor no primeiro exercício que se inicie em ou após 1 de Janeiro de 2010.

A mudança fundamental ao nível contabilístico resulta da passagem de um modelo assente em regras (designadamente regras de escrituração, como era o caso do POC) para um modelo assente em princípios, em que os juízos de valor dos gestores e dos preparadores das Demonstrações Financeiras são fundamentais. Por outro lado, passa-se de um modelo assente fundamentalmente num único documento (Decreto-Lei que criou o POC), para um modelo mais flexível assente num Decreto-Lei, que cria o Sistema, em Portarias através das quais são publicados os modelos de Demonstrações Financeiros e os Avisos que serão o veículo de publicação das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) que tratarão das matérias contabilísticas por temas ( p. exemplo NCRF sobre Activos Fixos Tangíveis; NCRF sobre Activos Intangíveis,etc.).

Ao nível fiscal o Código do IRC vai ser objecto de alteração para acolher a terminologia introduzida pelos novos normativos contabilísticos e também para que a elaboração da contabilidade não fique condicionada a imposições de natureza fiscal.

Sobre o impacto que trará na nossa economia, Maria Isabel Castelão Silva diz que “a avaliação do impacto do SNC nas empresas só será possível algum tempo após a sua entrada em vigor. Em todo o caso é expectável que a introdução do SNC permita um relato financeiro mais moderno, contribua para uma melhoria da organização interna e seja um potencial facitador de negócios, uma vez que o uso de linguagem "internacional" diminui as diferenças entre as entidades dos vários países.”

Nos primeiros seis meses do ano
Licenciada somente uma unidade industrial no Faial




Nos primeiros seis meses deste ano foram licenciadas nos Açores sete novas unidades industriais e autorizadas alterações em 15 já em funcionamento, num investimento global superior a 11 milhões de euros.
A Secretaria Regional da Economia revelou que as novas unidades industriais autorizadas nos Açores quatro estão localizadas nas ilhas Terceira, duas em S. Miguel e uma no Faial.
Os dados oficiais indicam ainda que, entre as licenças concedidas entre Janeiro e Junho, cinco são referentes a unidades de grande dimensão, ou seja, com mais de 20 trabalhadores e uma área coberta superior a dois mil metros quadrados.
No total - novas licenças e autorização de alterações - 10 unidades industriais situam-se em S. Miguel, sete na Terceira e duas no Pico, além de uma no Faial, uma em S. Jorge e uma nas Flores.
Por sectores de actividade, o fabrico de produtos para a construção civil lidera com 12 unidades, seguindo-se a alimentação e bebidas, com oito.
As restantes duas dizem respeito a uma indústria de tabaco e a uma unidade de fabrico e reparação de embarcações.

Novo império na freguesia das Angústias

A freguesia das Angústias dispõe desde domingo, de um arruamento denominado "Rua dos Escuteiros", localizada junto à sede dos escutas daquela localidade, instalada na antiga escola do plano centenário.

A placa foi descerrada pelo Presidente da Câmara Municipal da Horta, João Castro, pelo Presidente da Junta de Freguesia das Angústias e pelo Chefe do Agrupamento de Escuteiros das Angústias.

Na ocasião, João Castro destacou o papel que o agrupamento de escuteiros tem tido na dinamização social, cultural e também desportiva da freguesia das Angústias, fazendo jus ao papel, do escutismo na vida das nossas comunidades.

O descerramento do novo topónimo foi enquadrado nas festas em honra da Rainha Santa Isabel, um culto retomado naquela localidade 28 anos depois e que tem lugar no Bairro das Angústias, sob a organização de uma comissão, que mereceu o apoio da Junta de Freguesia de Angústias e da Câmara Municipal da Horta.

No domingo, foi ainda apresentado publicamente o projecto de construção de um império em honra da Rainha Santa Isabel, no Bairro das Angústias, e dos respectivos arranjos exteriores.

Planos de Pormenor da Feteira
Praia do Almoxarife já estão prontos


Foram publicados no passado mês de Junho em Diário da República, os planos de pormenor das freguesias de Feteira e Praia do Almoxarife.
Com a publicação dos documentos, passam as intervenções urbanísticas a decorrer na área de intervenção do plano, a estar sujeitas às regras de implantação e de construção previstas em sede de plano de pormenor.
Estes documentos têm por principais objectivos reforçar a equidade territorial e a coesão do núcleo urbano; assegurar uma ocupação espacial adequada às características biofísicas, paisagísticas e urbanísticas do território; garantir a participação da população no modelo de desenvolvimento local; estimular o desenvolvimento sustentável; integrar e preservar os elementos com reconhecido valor patrimonial, cultural e paisagístico; reforçar e qualificar a rede de equipamentos colectivos; bem como melhorar e requalificar a rede viária existente; afirmar a artéria ou artérias principais dos aglomerados como elemento estruturante do espaço urbano; apoiar o desenvolvimento urbano na malha viária e estrutura de propriedade existente; e ainda qualificar o ambiente urbano; requalificar as linhas de água existentes; programar a reabilitação e qualificação da rede de infra-estruturas urbanas.
O Plano de Pormenor da Praia do Almoxarife abrange uma área de 32,77 ha e prevê a criação de 485 lugares de estacionamento público e a existência de parcelas destinadas à implantação de novos equipamentos de utilização colectiva, identificados na planta de implantação e nas fichas de projecto, tais com o Centro de Dia, ATL, Biblioteca e jardim-de-infância, pavilhão desportivo e equipamento desportivo/ recreativo.
Solução idêntica é apontada para a freguesia da Feteira, cujo plano de pormenor abrange uma área de 38,46 há. Nesta localidade, o plano prevê, igualmente, parcelas destinadas a equipamento desportivo, nomeadamente campo de jogos, bem como a criação de 437 lugares de estacionamento público.
O Plano propõe, igualmente, como possíveis imóveis a classificar de interesse municipal, a Igreja da Feteira e copeira de império, sendo que na Praia do Almoxarife propõe o Império da Ramada do Chão Frio, o Império do Caminho do Meio e uma atafona. Estas classificações resultam de uma preocupação pela preservação e conservação de imóveis com interesse histórico, que sobreviveram ao Sismo de 98.
Em termos turísticos, os planos fomentam e incentivam a concretização de projectos turísticos, com excepção para a construção de parques de campismo e de caravanismo e, no caso da Feteira, de empreendimentos de turismo de natureza.
Nos planos de pormenor ora em vigor, é ainda possível encontrar relatórios fundamentados das soluções adoptadas, peças escritas e desenhadas que suportam as operações de transformação fundiária; Programa de Execução e Plano de Financiamento; Fichas de Projecto dos Equipamentos Colectivos, Fichas de Projecto dos Espaços Públicos; Fichas de Projecto da Rede e de Proposta de Classificação do Património Cultural Imóvel; entre outros documentos que consubstanciam o ordenamento do território proposto.
Os Planos de Pormenor da Praia do Almoxarife e da Feteira foram aprovados, por unanimidade, na reunião da Assembleia Municipal da Horta de 24 de Abril de 2009, tendo sido precedidos de discussão pública e de aprovação pela Câmara Municipal da Horta.

Abastecimento de combustível suspenso no aeroporto da Horta

O PSD/Açores denunciou a suspensão do abastecimento de combustível no aeroporto da Horta, o que está a obrigar os voos entre a ilha do Faial e Lisboa a efectuar uma escala técnica no aeroporto das Lajes, na Terceira, para reabastecimento dos aviões.

Em requerimento enviado à Assembleia Legislativa dos Açores, os deputados social-democratas Costa Pereira e Luís Garcia pediram explicações sobre o sucedido, alegando que esta situação, em plena época alta do turismo, “vem penalizar de forma significativa as ligações da Horta com Lisboa, uma vez que as aeronaves operam penalizadas e os passageiros são sujeitos aos incómodos e às demoras de escalas técnicas não previstas em ligações que deveriam ser directas”.

Os parlamentares do PSD/Açores pretendem, por isso, que esta situação “seja normalizada com urgência e prioridade”, dado que “este problema acarreta custos acrescidos às transportadoras que têm de enfrentar as despesas das escalas técnicas não previstas”.

Segundo os deputados social-democratas, existem informações que “garantem que a suspensão do abastecimento das aeronaves por parte da GALP se deve a problemas na qualidade do combustível e que o tempo de duração da suspensão é, em rigor, desconhecido”.



Renata Rodrigues em Hollyood



A cantora faialense, Renata Amaral Rodrigues, encontra-se em Hollyood a frequentar o curso de canto, – “Hollyood Pop Summer Camp 2009”.
Entre várias nacionalidades presentes é a única cidadã portuguesa. Renata Rodrigues fará a sua apresentação em Los Angeles em dois espectáculos perante um júri consagrado no meio musical americano, espectáculos esses que serão transmitidos nos canais americanos.
De salientar que da escola que organiza este “Hollyood Pop Summer Camp 2009”, já saíram nomes como: Montana Tucker, Alexa Melo, Alissa Iraheta e Selby Cobra.
De lembrar que Renata Rodrigues é a vocalista da banda faialense “Gerações”, fundada pelo seu pai e pelo seu tio.
Encontraremos esta faialense numa vertente diferente do habitual do seu percurso musical, no palco da maior festa faialense, interpretando a Marcha da Semana do Mar 2009, com letra de Victor Rui Dores e música de Fernando Goulart.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Tryangle - Agência do Triângulo dos Açores
Natureza e Bem-estar para uma Marca Triângulo



Com o objectivo de estratégico de criar, desenvolver e promover a creditação e gestão da marca Triângulo dos Açores, foi constituída no passado dia 25 de Junho, por dez associados fundadores a Associação Tryangle - Agência do Triângulo dos Açores.

Simas Santos é o principal impulsionador desta Agência e este na Horta para apresentá-la à Comunicação Social.
Na conferência de imprensa da manhã de terça-feira, Simas Santos disse que “a Tryangle vai tentar estabelecer uma nova pedagogia para esta área do arquipélago. Esta agência tem como objectivo a criação, o desenvolvimento e a acreditação da marca Açores com uma visão de natureza e bem-estar”.
Para além da gestão da marca Triângulo dos Açores, que será usada pelas empresas ligadas à actividade turística das Ilhas de São Jorge, Pico e Faial, esta agência tem ainda como objectivos de actuação a prestação de serviços técnicos de consultadoria, nas áreas da avaliação de projectos e do marketing bem como nas de elaboração de projectos e seu acompanhamento, formação profissional e promoção de eventos, elaboração, execução, coordenação e dinamização de planos, programas e acções de promoção turística nas ilhas do triângulo.
De entre as diversas actividades da agência destaca-se a dinamização da oferta turística das Ilhas do Triângulo, a criação de uma plataforma de cooperação inter-ilhas, intermunicipal e entre as entidades públicas e agentes privados capaz de valorizar recursos endógenos fomentando o desenvolvimento local, económico e social da comunidade e território do triângulo e dar a conhecer a oferta turística nas ilhas do triângulo assim como todas as actividades que contribuam para o desenvolvimento de um turismo de qualidade e sustentado.
A constituição de um fórum de coordenação de esforços e de concertação de estratégias que promova sinergias na composição da oferta e preservação e valorização do território das ilhas envolvidas é também uma das prioridades desta agência.
A Agência Triângulo dos Açores encontra-se a funcionar com os órgãos dirigentes eleitos em Assembleia-geral, no próprio dia da constituição da agência.
Aproveitando, ainda, a deslocação à Ilha do Faial, a direcção da agência apresentou cumprimentos ao Presidente do Município da Horta e encetou conversações com vista ao estabelecimento e parceria com a Associação de Municípios do Triângulo. Actualmente a sede social da agência instalada na Ilha do Pico, mas com delegações nas ilhas de São Jorge e Faial.
Simas Santos frisou ainda que “o facto de estarmos em época alta faz com que só a meados de Setembro possamos entrar em força no terreno. O nosso objectivo principal é criar a marcar, dar-lhe uma imagem e criar uma visão estratégica para a singularidade destas três ilhas que, são extremamente diferentes mas, nenhuma faz sentido sem se falar nas outras e isso dá-nos, em termos de negócios, oportunidades que não existem em mais local nenhum do Arquipélago”.
A Tryangle vai apostar no mercado da Nova Inglaterra, “achamos estranho que ao longo de todos este anos em que os Açores se têm vindo a tentar afirmar como destino turístico, o mercado americano não represente mais de 3% e a Nova Inglaterra não seja mais do que 1%. Nós temos noção que o Triangulo em Julho e Agosto está muito bem mas está muito mau entre Setembro e Junho.”
Simas Santos discorda que se pense que a Tryangle poderá entrar em choque com a Associação de Turismo dos Açores ou mesmo com a Associação Regional de Turismo, diz que vão funcionar com um público especifico e com visões diferentes que não entram em conflitos com nenhum dos organismo já existentes.
Orlando Rosa, presidente da Adeliaçor e vice-presidente da Tryangle salientou na ocasião que “mais de 80% da população da zona de intervenção da Adeliaçor está situada no Triângulo pelo que tudo o que vier para estas três ilhas é bem-vindo. Já há muitos anos que se fala das potencialidades do Triângulo mas do ponto de vista material pouco se tem feito e pensamos que, em conjunto com os nossos parceiros, poderemos discutir e aparecer”.
“Temos uma visão para desenvolver esta zona do arquipélago e do que achamos que deve ser o turismo nesta região. Temos uma visão de natureza e bem-estar, área em que temos grandes potencialidades” – afirma Simas Santos, “vamos tentar ajudar a implementar o golfe na ilha do Faial mas queremos potenciar um usufruto da nossa natureza”.

Route des Hortênsias rumo aos Açores

Saiu no dia 12 de Julho de França a regata Route des Hortensias que liga Etel-Concarneau-Horta.

Esta é uma regata que já se realiza há mais de 15 anos, num percurso náutico de cerca de 1200 milhas em cada etapa. É uma regata com um cariz mais social do que competitivo tendo trazido ao Faial gente muito simpática ao longo destes anos, onde predomina um espírito marinheiro muito forte.

Recorde-se que esta regata foi criada com o objectivo de prestar uma homenagem a Jean Le Maguer. A iniciativa partiu do filho deste navegador, Yannick Maguer, e por esse motivo foi denominada "Trophée Jean Le Maguer".

Jean Le Maguer, navegador solitário, faleceu na ilha do Faial na sequência de um problema de saúde originado por um acidente sofrido em 1951. E foi em 1992 que Yannick, juntamente com o seu amigo de longa data, Eric Tabarly - o mais conhecido navegador francês - decidiu, no Faial, levar por diante a ideia de criar um rally náutico que perpetuasse o nome do pai. E todos os participantes nesta Regata ao chegarem ao Faial prestam sempre uma homenagem a Jean Le Maguer, rumando ao cemitério do Carmo - onde foi sepultado - depositando hortênsias na sua campa.

A Route des Hortênsias - um excelente veículo de promoção do porto da Horta - já contou com a participação de faialenses, designadamente Hildeberto Luís e Emídio Gonçalves, tendo este último sido vencedor no ano em que participou.

Mário Moniz no Parlamento Açoriano


Mário Moniz irá substituir, na próxima sessão legislativa no parlamento açoriano, o deputado pelo Bloco de Esquerda José Cascalho.
No Bloco de Esquerda (BE), que a 19 de Outubro de 2008 conseguiu, pela primeira vez na Região, fazer-se representar na Assembleia Legislativa com a eleição de dois deputados, o professor universitário da ilha Terceira vai ceder o lugar Mário Moniz, da ilha do Faial. Pelo menos durante um ano.
No caso desta força partidária e conforme explicou a dirigente bloquista Zuraida Soares ao Acoriano Oriental, trata-se de uma estratégia de rotatividade decidida pelo BE desde o início da legislatura.

Les Sables-Horta-Les Sables


Os 24 veleiros participantes na regata da Classe 40 Les Sables-Horta-Les Sables chegaram à Horta no domingo e, na tarde de quarta-feira, partiram para a segunda perna desta regata.



O «Telecom Itália», da dupla Giovanni Soldini/Karinne Fauconnier, ganhou a primeira etapa da regata Les Sables/Horta/Les Sables, cortando a linha de meta ao fim de 6 dias, 11 horas, 55 minutos e 6 segundos de travessia oceânica entre França e os Açores.
No final de tarde de terça-feira, um dia antes da partida rumo a França, velejadores e organização reuniram-se para uma cerimónia de entrega de prémios.
A Horta recebeu assim a 1ª Regata Oceânica para barcos da Class 40'. Esta é uma classe muito competitiva, sendo das mais importantes a competirem em todo o mundo.
Desta forma, a cidade da Horta reforça a sua posição no panorama das regatas internacionais, constituindo-se como um veículo de promoção turística dos Açores.


João Castro – Presidente CMH
Para o presidente da Câmara Municipal da Horta, João Castro, “esta cerimónia reveste-se de importância primeiro porque nos coloca, mais uma vez, na rota dos grande eventos náuticos internacionais. Em segundo lugar porque registamos uma relação com uma cidade francesa que se intitula como a capital das rotas ao largo, ou seja, uma cidade com grande importância e que encontrou na Horta o parceiro primordial para o desenvolvimento deste tipo de eventos. Em terceiro lugar porque estamos no aniversário da cidade da Horta e simbolizar este momento, em que projectamos o futuro e reflectimos sobre o passado com um evento desta natureza com vários países representados, poderá ser também relevador do grande potencial que a Horta tem em receber eventos desta natureza.”
Ainda não está agendada a realização de uma segunda edição desta regata mas, de acordo com o presidente da autarquia, “tudo indica que haverá dentro de dois anos uma segunda edição da Les Sables-Horta-Les Sables, mas penso que se forem reunidas as condições este evento poderá voltar a realizar-se. Para o próximo ano já está agendado mais uma edição da regata de 6.5m, mais um evento notável com a cidade de Sable D’Olonne.”




Giovanni Soldini
Agora, na largada para a segunda perna da competição, a equipa italo-francesa Giovanni Soldini/Karinne Fauconnier, que cumpriu o primeiro percurso em 6 dias, 11 horas, 55 minutos e 6 segundos, leva quatro horas e meia de vantagem sobre o belga «Zed 4», de Gérald Bibot/Didier Le Vourch, tendo no seu encalço, mas já a sete e meia/oito horas, o franco-chinês «Plan – Les Enfants Changeront le Monde» (Denis Lazat/Frédéric Nouel), o francês «CG Mer» (Wilfrid Clerton/Loic Lehelley) e o australiano «Palanad II» (Nicholas Brennen/Oliver Bond).
Questionado sobre as dificuldades que teve que enfrentar até chegar à Horta, Giovanni Soldini diz que “este foi um percurso muito táctico e onde tentámos sempre encontrar bons ventos. Não é fácil ganhar porque existem mais 23 barcos a querer o mesmo”.
Quanto às expectativas para o regresso, o italiano disse aos jornalista que “as condições meteorológicas não são animadoras, mas vamos tentar manter a nossa primeira posição”.
“Os 40 pés são uma classe nova e que têm um sucesso muito grande porque são barcos menos onerosos, quer na aquisição, quer na manutenção. Para além disso as regatas desta classe juntam muitas nacionalidades o que é muito reconfortante” – afirma este homem do mar.
Depois da Les Sables, este velejador vai participar na regata Fast-Net e na Rota do Chocolate.

Victor Medeiros – Presidente Associação de Vela dos Açores
A Associação de Vela dos Açores tem um papel primordial na projecção da modalidade. Victor Medeiros esteve presente na cerimónia de entrega de prémios da Regata e falou ao Tribuna das Ilhas: “quer para os Açores, quer para o país, estas regatas de vela oceânica estão a ganhar enorme relevo. É muito importante para a Horta estar na linha da frente do lançamento desta classe que se espera venha a ganhar grande projecção.”
Questionado sobre o impacto que estes eventos podem ter nos velejadores açorianos, o presidente da ARVA diz que “do ponto de vista desportivo quando conseguimos trazer embarcações duma competição deste nível aos Açores para demonstrar que há outro tipo de competição, outra vela a que eles, eventualmente, podem querer adoptar.”
Sobre a vela na nossa Região, Victor Medeiros afirma-se de “consciência tranquila”, e explica que “no contexto nacional somos 12% das licenças desportivas. Qualitativamente, o quadro sofreu algumas mudanças que dificultam a rodagem nos campeonatos nacionais dos velejadores dos Açores. Já tivemos momentos melhores, mas penso que o momento actual é de reflexão, para que possamos concluir quais os motivos que nos fizeram chegar a este ponto e elaborar projectos no sentido de estimular a qualidade dos velejadores que temos”.

Armando Castro – Grande impulsionador
A sala ergueu-se para um aplauso a Armando Castro, o grande impulsionador desta regata. Sem esconder a emoção, este homem do mar falou ao Tribuna desta experiência.
“Esta ideia surge há 4 anos quando apareceu a classe dos 40 pés. Logo nos apercebemos que esta seria uma classe que teria um grande número de adeptos, derivado às condições das embarcações. É uma classe extremamente competitiva e muito menos onerosa que os 60 pés e, efectivamente, isso veio a comprovar-se”, explica Armando Castro que continua relatando, “há 3 anos veio ao Faial o presidente da classe que se mostrou muito interessado em lançar uma regata para os Açores e aqui estamos com o grande empenho da cidade de Sable D’Olonne. Uma cidade que partilha dos mesmos interesses que a cidade da Horta no que diz respeito à náutica de recreio.”
Esta é a maior regata da classe 40 realizada desde a sua existência ao registar 24 veleiros. No ano passado foram somente 10 embarcações na competição que foi rumo à Madeira, “penso que isto é revelador da vitalidade desta classe e que num futuro próximo teremos mais embarcações a entrar no Porto da Horta em competições deste género”.
“A Marina da Horta tem uma política de promoção que passa por apoiar este tipo de eventos que julgamos ser importantes não só do ponto de vista desportivo como de promoção da cidade a nível mundial” – sublinha.

Hugo Pacheco – Presidente do Clube Naval da Horta
Outro parceiro desta organização é o Clube Naval da Horta. Hugo Pacheco frisou que, “ o CNH, para além do seu papel desportivo, tem ainda um papel de motor de desenvolvimento social e turístico do Faial. Esta regata, por ser uma regata de classe, consegue absorver todas estas características. Proporciona ainda um desenvolvimento da vela uma vez que os nossos velejadores vêem nestes homens referências para o seu percurso.”
“Tentamos ainda projectar o mar dos Açores e da Horta como um destino turístico por excelência” – referiu.

Faial com 20 Camas para cuidados continuados

A Ilha do Faial dispõe já de 20 camas destinadas ao internamento de doentes de cuidados continuados. O Governo Regional pretende aumentar o número de camas na Região em mais 200 até ao final do ano.

O anúncio foi feito pelo secretário regional da Saúde, Miguel Correia, na cerimónia de assinatura de um protocolo com a Clínica do Bom Jesus, em Ponta Delgada.

Esta unidade vai disponibilizar duas dezenas de camas para cuidados continuados, das quais 12 de média duração e reabilitação e as restantes oito de longa duração.

"Com o aumento da esperança média de vida e o envelhecimento da população, surge o desafio de orientar os serviços de saúde para fazer face a doenças crónicas incapacitantes e apoiar pessoas com doenças incuráveis, em estado avançado e em fase final de vida", afirmou Miguel Correia.

Na intervenção que proferiu na cerimónia, o secretário regional da Saúde salientou que esta medida permite não só "manter os hospitais disponíveis" para atender a outras situações de natureza clínica mas também "criar condições capazes de dar resposta aos cidadãos no campo médico e em termos humanos".

As 20 camas do protocolo assinado juntam-se a outras 64 existentes em Ponta Delgada, ao abrigo de um protocolo assinado em 2004 com a Misericórdia local.

Nas restantes ilhas açorianas, a rede de cuidados continuados dispõe de mais 92 camas, das quais 60 na Horta (Faial), 30 em Velas (S. Jorge) e as restantes 12 em Angra do Heroísmo (Terceira).

Casa do Povo dos Flamengos comemora 36.º aniversário

A Casa do Povo dos Flamengos festejou domingo o seu 36.º aniversário e o ponto alto das comemorações foi a apresentação da página de Internet e uma homenagem à equipa de Futsal Feminino, por ter sido campeã da Associação da Horta na Época 2008/2009.
Joaquim Correia, presidente da Casa do Povo, salientou no seu discurso o forte empenho da sua direcção em manter a instituição activa, dinâmica e inovadora, justificando, assim, a aposta numa morada na internet. "Queremos registar e divulgar o que se faz por cá e a internet constitui a melhor ferramenta para conseguir esse objectivo"- afirmou.
O portal www.cpflamengos.com foi desenvolvido pela empresa INFORBYTE e, segundo os seus representantes, trata-se de uma plataforma baseada na tecnologia Web 2.0 que permite a implementação de portais dinâmicos e facilmente actualizáveis.

sexta-feira, 10 de julho de 2009


Luís Paulo Garcia à frente da Cáritas do Faial

A Cáritas da Ilha do Faial tem novo elenco directivo desde o final do mês de Junho.

Luís Paulo Garcia, ligado à instituição há mais de oito anos, encabeça agora uma equipa que durante três anos vai tentar pôr em prática vários projectos.

“A Cáritas está totalmente renovada. Começamos em Fevereiro passado por alterar o espaço de trabalho com obras de manutenção para que pudéssemos ter um espaço digno para receber as pessoas que nos procuram” – explica o novo presidente.

A Cáritas recebe constantemente roupas, alimentos e outros objectos para doar a famílias carenciadas. De acordo com Luís Garcia, “neste momento o nosso espaço pode ser visitado por todos. Não é, contrariamente ao que se pensa, um armazém de roupa, é uma instituição equiparada a Instituição Particular de Solidariedade Social e que tem em marcha um projecto solidário.”

Esta instituição já reuniu com o responsável da Diocese e foi lhe atribuída uma estufa, uma parcela de terreno e um espaço fechado que vão ser usadas para a implementação de uma estufa.

Essa estufa será protagonizada pelos utentes do Rendimento Mínimo de Inserção e cujos produtos serão distribuídos pelas pessoas carenciadas e/ou poderão ser utilizados para confeccionar refeições e quem sabe, criar uma “Cozinha Económica”.

As ilhas da Terceira e São Miguel já têm as “Cozinhas Económicas” e, de acordo com Garcia, “se aparecerem na nossa ilha pessoas com carências a esse nível poderemos avançar para um projecto dessa índole”.

Em cada uma das freguesias do Faial existem 3 pessoas que coordenam o núcleo, para que possa haver uma atenção mais específica em cada uma delas.

“Não nos podemos esquecer da responsabilidade e do papel que o Estado, através do Instituto de Acção Social têm na sinalização dos casos” – sublinha, prosseguindo dizendo ainda que “há uns anos atrás muitas pessoas tinham, e ainda têm, vergonha de expor a sua situação, penso que hoje em dia não há necessidade nenhuma de o fazer, porque temos técnicos competentes a trabalhar e porque estamos nisto porque queremos e para ajudar quem precisa porque um dia podemos ser nós a precisar.”

Comandante Fraga e Adjunto Henriques esclarecem
“O Comando e a Direcção nunca se entenderam”


António Fraga comanda os Homens da Paz faialenses há 22 anos e é Bombeiro há 27.
Nuno Henriques há 17 anos que “veste a camisola” pela AFBV e está na função de adjunto há um ano.

O Comandante António Fraga e o seu adjunto Nuno Henriques entregaram no dia 17 de Junho as suas cartas de demissão à Direcção da Associação Faialense de Bombeiros Voluntários.
Durante estas últimas semanas muito tem sido dito sobre o assunto, todavia, somente agora conseguimos trazer a lume as declarações do Comandante e do seu Adjunto, sem que, e apesar do contacto estabelecido, a direcção da AFBV se queira ainda pronunciar.
Oficiosamente é sabido que Ruben Simas será o substituto de Fraga, mas oficialmente os dados ainda não foram lançados.
“Nunca nos quisemos pronunciar sobre esta situação porque estávamos à espera da indigitação do novo Comandante. Oficiosamente tivemos conhecimento que já tinha sido encontrada a solução, pelo que julgamos ser esta a altura ideal para prestar esse esclarecimento” – explica António Fraga que também diz que “vamos continuar a exercer funções até que o novo comandante tome posse. Os bombeiros não vão ficar abandonados.”
“Foram várias as coisas que estiveram na base do nosso pedido de exoneração. Primeiramente, começamos por ter alguns contactos informais com a direcção onde foi discutida a questão da recruta feminina. Na ocasião mostrámos a nossa abertura para isso sem nunca deixar de frisar que para tal acontecer eram necessárias algumas alterações no quartel que assegurassem as condições mínimas para isso. Depois dessa reunião informal fomos informados, através da comunicação social que as inscrições para essa recruta já estavam abertas” – explica Nuno Henriques, que continua dizendo que “conversámos e resolvemos acatar a decisão e não a interpretamos mal, afinal de contas a direcção era recente e há sempre arestas que têm que ser limadas”.
Para além de tudo isso, aqueles dirigentes intitulam de “arrogante e humilhante” o discurso que foi feito por ocasião do Dia do Comando, “naquele dia só não fomos embora porque tínhamos compromissos já assumidos e porque não queríamos descer de nível.”
Ainda a juntar a este bolo, a direcção solicitou um barco de borracha e que fosse colocada uma sirene na PSP sem que tivesse dado conhecimento ao Comando, “fui confrontado com isto pelos responsáveis envolvidos, neste caso o Comandante do Porto e o Comandante da PSP, o que, como é de concluir, não foi nada agradável uma vez que é toda uma relação institucional que foi posta em causa” – reforça António Fraga.
Todas estas situações foram se agravando e gerando um mal-estar dentro dos bombeiros e culminaram com o pedido de exoneração.
No final, o Comandante Fraga, visivelmente emocionado disse “ninguém com a totalidade da sua sanidade mental toma semelhante posição apenas por um acto divergente, mas sim, como já o fiz sentir, por um acumular de situações. Seria injusto também, não referir que, há trabalho realizado por parte da direcção e que, poderá em alguma circunstância, ter havido um ou outro caso de falta de diálogo da nossa parte. No entanto, nunca interferimos em actos administrativos, aliás como foi pedido. Estas palavras vão inteiramente para os bombeiros porque não há Direcção nem Comando sem os bombeiros, são eles o “motor” daquela casa. Um bem-haja a todos e às suas famílias que muito sofrem com esta actividade. O nosso muito obrigado, e que continuem a defender o nome da nossa casa”.
António Fraga deixa de ser comandante mas continua como delegado da Protecção Civil. “Tinha o objectivo de preparar o Nuno para lhe passar o testemunho no final do ano, porque sentia-me a chegar a um fim de ciclo. Trabalhamos sempre sobre pressão e é uma actividade desgastante.

Regata Horta-Velas-Horta

Air Mail, No Stress e Soraya na linha da frente

Realizou-se de 03 a 05 de Julho, numa organização do Clube Naval da Horta em parceria com o Clube Naval das Velas de São Jorge, a Regata Horta-Velas-Horta, a segunda prova off-shore do campeonato de ilha.

Com uma alteração ao seu figurino habitual, ou seja com a saída a verificar-se um dia mais cedo do que o que estávamos habituados, foram 15 embarcações presentes na linha de largada para a realização da sétima regata da época.

Com algum vento no momento da largada, contrariando desta forma as previsões meteorológicas do dia anterior, que faziam prever um dia de ausência de vento, levou os participantes a percorrem as cerca de 21 milhas que separam estes dois concelhos do Triângulo Açoriano em menos de quatro horas (3:51:05), tendo sido Luis Quintino a bordo de Xcape a ser o primeiro a cortar a linha de chegada.

O regresso à Horta foi mais calmo, e, na classe OPEN, foi o “Soraya” de Frederico Soares, o mais rápido.

Já nos ORC A, Luís Carlos Decq Mota e o “Air Mail” estiveram em vantagem e na classe B, Luís Serpa e “No Stress”, foram os melhores.

Faça do Seu Rafeiro um Campeão

No âmbito das acções de comemoração do 10º aniversário da Associação Faialense dos Amigos dos Animais, tem vindo a organizar diversas acções de sensibilização para o Bem-estar animal.
Desta vez a AFAMA organiza no dia 12 de Julho, no Parque da Alagoa, a partir às 17h00, um concurso destinado a cães com raça indeterminada denominado “Faça do Seu Rafeiro um Campeão”procurando desta forma sensibilizar para o bem-estar animal, adopção de animais abandonados e angariação de fundos para a manutenção do canil daquela associação.
A AFAMA encontra-se ainda a construir o canil desta associação contribuindo assim para a concretização deste projecto há muito ambicionado e de carácter urgente para a ilha do Faial

CLÃ COMPLETA PALCO PRINCIPAL DA SEMANA DO MAR


Os “Clã” encerram o leque de bandas que vão passar este mês de Agosto, pelo palco principal da Semana do Mar, este ano, intitulado Palco “Somague-Ediçor”, principal patrocinador do evento, a par do Grupo Portugal Telecom.

A banda portuguesa vai actuar na ilha do Faial na sexta-feira, 7 de Agosto, pelas 23h30, trazendo até aos Açores 16 anos de intensa actividade musical, num ano em que decidiu explorar novos mercados, como o Texas, o Brasil, a Hungria ou ainda a Espanha.

Pela sua qualidade e versatilidade, o grupo destaca-se pelas composições portuguesas, na voz inconfundível de Manuela Azevedo, e pela mistura de sonoridades ao estilo pop/rock.

Os Clã possuem cinco discos editados – «LusoQualquerCoisa», «Kazoo», «Lustro», Rosa Carne» e «Cintura» -, um DVD - «Gordo Segredo» - e um CD duplo ao vivo - «Vivo» .Ao longo da sua carreira têm realizado inúmeras digressões nacionais e contado com a colaboração de prestigiados músicos portugueses tais como Sérgio Godinho, no álbum “Afinidades” e internacionais como Arnaldo Antunes e Pato Fu. Depois do grande êxito de 2008, a banda tem mais de 80 concertos agendados, entre os quais se destacam os festivais de Verão Rock in Rio, Festival Super Bock Super Rock e Festival Delta Tejo.

Os Clã vêm, assim, juntar-se no palco principal a Punkada, Bandarra, Sete Colinas, US4 de Tributo aos U2, Tony Carreira, Noizd, Corvos e Orquestra de Música Ligeira da Câmara Municipal da Horta.

14ª Edição festas Cais Agosto


O programa da 14ª edição das festas Cais Agosto, a realizar-se entre os dias 30 de Julho e 2 de Agosto, foi apresentado, em conferência de imprensa esta Terça-feira, 7 de Julho, na Biblioteca Municipal de São Roque do Pico.
Salomé Gomes, presidente da Associação Cultural de São Roque, assume que “este ano a equipa apostou numa imagem mais arrojada, dirigida a todas as faixas etárias e proporcional às festas”.
A conferência de imprensa serviu para apresentação oficial do cartaz Cais Agosto 2009, “elaborado por uma equipa jovem e local” com destaque para o slogan “o teu festival de Verão”. Salomé Gomes destacou ainda a criação do primeiro site das festas “com toda a informação necessária a quem queira chegar até a São Roque do Pico e viver o Cais Agosto”(www.caisagosto.net).
Pela primeira vez a Associação regionalizou a publicidade das festas, contando com a distribuição de cartazes por todas as ilhas e divulgação em inúmeras revistas dos Açores e Continente.
O programa apresenta como cabeças de cartaz os Deolinda, Mikael Carreira, La Frontera, Buraka Som Sistema e a Banda A Gosto. O palco da praceta dos Baleeiros contará ainda com a actuação musical da banda Bate n’Avó. De salientar que depois das actuações principais, o palco será todas as noites invadido por DJ’s (Oten e Mafias, Lilia e Rui Z, André Ne VJ Krupt), numa animação extra.
Ainda na animação musical estão previstos um encontro Hip Hop, actuações das quatro bandas filarmónicas e do grupo folclórico do concelho, a primeira formação master-class em trompete, ainda a exibição do grupo de danças populares do Paraguai e animação de rua com os gaiteiros de Freiria.
No fim-de-semana o programa conta com desfile de marchas, de motociclos e um cortejo etnográfico.
No plano cultural a Associação apresentará a reedição da obra Narcose de Almeida Firmino poeta que deu nome ao concurso literário do concelho de São Roque do Pico. Será ainda apresentada a obra de Norberta Amorim intitulada Pico: A Abordagem de uma ilha – A história das famílias no séc. XIX.
A organização disponibiliza também inúmeras exposições com destaque para aRetrospectiva dos últimos 14 anos das festas Cais Agosto.
Organizada pela Biblioteca Municipal de São Roque do Pico o festival de Verãocontará com uma feira do livro.
Durante as tardes a organização dispõem de diversas actividades desportivas,tais como as regatas de botes baleeiros (vela e remo), a 3ª prova do Campeonato Regional de Canoagem, a prova de vela ligeira, de natação, de tiro, de radiomodelismo, o Torneio Cais Agosto de volei de praia, o I Open de Orientação, de paintball e futebol de veteranos. No último dia e pela segunda vez acontecem jogos de perícia intitulados Cais Agosto Challenge.
Apostando no turismo a Associação Cultural organizou visitas turística pelo concelho de São Roque do Pico gratuitas intituladas Circuito Gostos e Olhares. Haverá ainda passeios turísticos em motociclos. Mantêm-se as viagens em botes baleeiros, rebocados por lanchas da baleia, uma tradição das festas Cais Agosto.
Neste sector é novidade a primeira Feira Comercial Cais Agosto onde estarão em mostra diversas empresas concelhias e da ilha do Pico.
Durante os quatro dias de festa serão dispostos para os mais pequenos insufláveis no Jardim Municipal.
Luís Filipe Silva, presidente da Comissão de Festas, em representação da Câmara Municipal de São Roque do Pico, referiu que esta é uma festa preparada para todos e que conta com a contribuição de toda a sociedade. “Só assim faz sentido, todos os anos, organizar o Cais Agosto, com um programa, pensado para todas as faixas etárias.” O orçamento das festas Cais Agosto 2009 ronda os 110 mil euros, o mesmo valor dos últimos três anos. O maior patrocínio é da Autarquia de São Roque do Pico na ordem dos 85 mil euros, os restantes 25 mil dividem-se por diversas empresas locais e regional.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Greve da Transmaçor é para continuar

A empresa de transporte marítimo de passageiros, Transmaçor, cancelou em quatro dias da semana passada a viagem das 10 horas entre o Faial e o Pico, devido a uma greve de trabalhadores que reivindica aumentos salariais.
Em cima do Cais de Santa Cruz, na Horta, ficaram dezenas de passageiros que pretendiam atravessar o canal, e que desconheciam o pré-aviso de greve lançado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca.
Paulo Serpa, delegado sindical explicou ao Tribuna das Ilhas que os trabalhadores da Transmaçor só avançaram para a greve porque a empresa “nunca se quis sentar à mesa das negociações” para rever o Acordo da Empresa, nem para negociar aumentos salariais.
Findo que está o período de greve, aquele dirigente disse-nos ainda tudo isto foi motivado pela “recusa da direcção da empresa em renegociar o AE que contempla toda a organização do pessoal, serviços prestados, etc. Mas, a questão fundamental é que nem sequer querem falar com os sindicatos, nem querem renegociar.”
Em termos concretos, os trabalhadores da Transmaçor reivindicam um aumento de vencimento na ordem dos 20 euros e um aumento de cinquenta cêntimos no subsídio de refeição.
Paulo Serpa adiantou ainda a este semanário que, apesar de terem consciência de que a greve prejudicou em muito os passageiros e os funcionários, já entregaram novo pré-aviso de greve, para que, daqui a quinze dias, conforme estabelecido estatutariamente, procederem a uma nova acção de greve que vai contemplar não só as viagens das 10h e das 17h.
Segundo o acordo de trabalho em vigor, uma das cláusulas define que à empresa cabe “ ouvir os trabalhadores, através dos seus representantes oficialmente reconhecidos, sobre aspectos inerentes à eficiência dos serviços e bem-estar dos mesmos, nos termos da lei”.
O mesmo acordo estabelece ainda que “os períodos normais de trabalho semanal são de 37h30m para os trabalhadores do quadro de terra e de 40 horas para os trabalhadores do quadro de mar.
Para além disso há outros problemas que preocupam os trabalhadores, como sejam as constantes alterações aos horários por parte da Transmaçor.
Emanuel Pacheco, responsável da Transmaçor, disse ao nosso jornal que “o que está em causa, contrariamente ao que os delegados sindicais têm vindo a anunciar, não é uma alteração ao AE, mas sim um aumento salarial e isso, a empresa, conforme já explicámos aos mesmos, não tem capacidade para levar a efeito.”
De acordo com aquele responsável, “a empresa está numa situação financeira delicada e isso não é possível”.

Adiantou ainda que “através dos nossos advogados estamos a preparar um dossier com as alterações que gostaríamos de ver no AE.”
Confrontado com o facto de poderem ver-se a braços com uma nova greve daqui a quinze dias, Pacheco diz que tudo vão tentar fazer para evitar isso, mas “a situação da empresa é deficitária”. Aponta ainda o dedo aos delegados sindicais que o condenam de não se sentar à mesa para conversar porque “isso não é verdade, é apenas o reflexo de ter pessoas sem qualificações em cargos como esses, porque queremos tudo resolvido, dentro das nossas possibilidades.”
De acordo com informação disponibilizada no site da empresa, a "Transmaçor - Transportes Marítimos Açorianos, Ldª.", fundada em 22 de Dezembro de 1987, resultou da fusão da "Empresa das Lanchas do Pico, Ldª", armadora das embarcações "Espalamaca" e "Calheta"; "Empresa Açoreana de Transportes Marítimos, Ldª", que navegava com o Iate "Terra Alta" e da "Transcanal - Transportes Marítimos do Canal, Ldª", detentora dos tradicionais barcos de boca aberta "Picaroto" e "Manuel José".
Estas sociedades detêm 80% do Capital Social e o Governo Regional o restante.
A "Transmaçor" escala as cinco ilhas do Grupo Central dos Açores e mantêm actualmente ao seu serviço uma frota constituida pelas embarcações "Expresso do Triângulo", "Cruzeiro do Canal" e "Cruzeiro das Ilhas". Actualmente as embarcações ao serviço da Transmaçor operam nas ilhas do Grupo Central do Arquipélago dos Açores, efectuando ligações regulares durante todo o ano, com especial destaque para o canal entre os portos da Horta e Madalena em que são realizadas entre 4 e 6 ligações diárias.




Faial já tem Serviço de Teleassistência

Decorreu na manhã de terça-feira, a cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação entre a Câmara Municipal da Horta e a Cruz Vermelha Portuguesa para implementação do serviço de teleassistência.
Uma cerimónia que contou com a presença do Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (CPV), da Delegada da Ilha do Faial da CVP e do Presidente da Câmara Municipal da Horta e que assumiu particular importância por ser o primeiro celebrado com uma edilidade açoriana.
Registe-se que a Cruz Vermelha já estabeleceu protocolos com diversas autarquias a nível nacional, desde o lançamento da Teleassistência (Março 2008) sendo a CMH a primeira a nível de Região Autónoma dos Açores (RAA).

Este serviço é parcialmente financiado pela autarquia e vai permitir que idosos ou pessoas com mobilidade reduzida entrem em contacto com um call-center sempre que precisarem de ajuda, sendo avaliada, no momento, a necessidade de enviar para o local os meios apropriados. O operador não encerra o processo enquanto a razão do alerta não estiver resolvido.
A CMH vai financiar a aquisição e instalação de algumas dezenas de equipamentos para pessoas em situação de dependência que sozinhos não conseguiriam aceder ao sistema. Para seleccionar os utentes a beneficiar conta com o apoio de várias instituições locais.


O que é a Teleassistência
A Teleassistência da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) é um serviço telefónico de apoio, inovador e com comprovada fiabilidade, pensado para melhorar a qualidade de vida, saúde, segurança e auto-estima dos seus utilizadores.
Funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano e abrange todo o território nacional.
Abrange um conjunto de serviços de resposta em situações de urgência/emergência e em situações de solidão. Este serviço é suportado por equipamentos disponibilizados ao utente de forma a assegurar o pronto auxílio.
O atendimento é garantido por profissionais dedicados, com experiência na Cruz Vermelha Portuguesa e com formação na área social, em socorrismo, emergência e no contacto directo com dependentes.


O funcionamento do serviço é acompanhado por técnicos da Cruz Vermelha Portuguesa, especializados em diversas áreas, designadamente: Serviço Social, Psicologia, Informática, etc.
Permite a integração de vários alarmes, assim como a introdução/ configuração de novos produtos emergentes no mercado, nomeadamente ao nível da telemedicina, da tecnologia GPS.
A tecnologia de ponta e a fiabilidade da Central do Call-Center, dos acessórios e equipamentos seleccionados através dos melhores parceiros internacionais, responde plenamente às necessidades individuais dos utentes e das organizações (IPSS) que têm como objectivos um eficiente apoio domiciliário, assim como uma rentabilização eficaz dos seus recursos financeiros e humanos.

Como Funciona
Através de um terminal fixo ou móvel, o utente poderá falar e ser localizado pelo Call-Center da CVP, o qual avaliará a situação de imediato e dará a resposta mais adequada ao alerta.
No domicílio, o utente irá dispor de um terminal fixo e de um pendente, ambos com botão de alarme. O pendente pode ser utilizado como pulseira ou colar.
Sempre que o utente sinta necessidade, carrega no botão de alarme. O alarme chega à Central da CVP e um operador começa a falar com o utente identificando-o de imediato, através de um sistema de alta voz.
De acordo com o motivo do contacto, o operador actua/ apoia, accionando os meios mais adequados e mantém sempre o contacto com o utente ou com a rede formal ou informal de apoio, até que se solucione o motivo do alarme.