Rómulo Ávila assume neste momento as funções de Secretário-Geral da Juventude Social Democrata dos Açores.
Nascido e criado na Ilha do Pico, é um defensor acérrimo da ideia de potencialização do Triângulo.
Este jovem falou ao Tribuna das Ilhas das suas ambições.
Como surgiu o seu gosto pela política?
O “bichinho da política” surgiu muito cedo, muito por influência de meu Pai. A par disso, não me considero uma pessoa conformada, e por isso a política é algo em que posso pôr os meus serviços ao serviço de toda a população.
Como tem sido o seu percurso até aqui?
No aspecto político-partidário, comecei na JSD/São Roque do Pico, depois candidatei-me a presidente da JSD/Ilha do Pico e depois da minha terra, entendi que podia dar um contributo aos Açores, à JSD e ao PSD, e por isso aceitei o convite para Secretário-Geral da JSD/Açores.
Orgulho-me ainda do trabalho feito na Associação de Estudantes de São Roque do Pico e na colaboração na fundação da Federação Regional dos Estudantes dos Açores, onde por inerência também participei nas reuniões do Sistema Educativo dos Açores.
Na qualidade de Presidente da Comissão Política de Ilha da JSD do Pico, como tem sido desenvolvido o seu trabalho?
Sempre ao lado da juventude, dos jovens picarotos, lutando pelos seus interesses, apresentando sempre soluções. Às vezes até indo contra a maioria, tomando decisões algo polémicas, mas com o único objectivo de servir da melhor forma a juventude e as pessoas em geral. No Pico, fruto do excelente trabalho dos três autarcas na Madalena, em São Roque e nas Lajes, a JSD tem a tarefa mais facilitada, pois somos ouvidos, tomamos parte do futuro.
Quantos militantes tem a JSD do Pico?
Cerca de 200. A propósito de militantes, gostaria de salientar que tenho notado, como Secretário-Geral da estrutura regional, que os jovens continuam a acreditar na JSD e mesmo nós estando na oposição é bem raro o dia em que não recebemos um novo militante.
Que importâncias assumem as juventudes partidárias em ilhas mais pequenas, como é o caso do Pico?
O grande objectivo das juventudes partidárias é dinamizar a juventude, puxar pelas energias dos mais jovens, dar novas ideias e soluções. É no fundo adaptar os partidos á realidade de agora. A JSD é um grupo de pessoas que dão o seu contributo para o futuro. Conseguimos em cada ilha dos Açores constituir autênticos fóruns de discussão política. Nas terras pequenas as organizações de juventude partidárias são um grupo de amigos que tem apenas um único objectivo: quer sempre mais e melhor pela nossa/sua terra. A JSD/Açores tem sido a voz da juventude dentro do PSD.
Em que medida o facto de ter sido presidente da FRAESA mudou o seu ponto de vista sobre a educação? Quais são os principais anseios dos jovens nessa área?
Os meus três anos de trabalho nesta Federação de Estudantes pautaram-se por tentar conhecer a realidade de cada escola e de cada ilha. Defendemos, de acordo com as realidades locais, as melhores soluções para o ensino, quer em medidas pedagógicas, quer também nos graves problemas do parque escolar. O Associativismo Estudantil nos Açores não tem merecido a devida atenção por parte dos Governantes e torna-se complicado desenvolver alguma actividade devido à falta de apoios financeiros para estas Associações.
Neste momento é Secretario Geral da JSD Açores. Que tarefas tem em si incutidas?
Coordenar toda a actividade administrativa e financeira da JSD/Açores, coordenar e dirigir as actividades da Secretaria-Geral da JSD, representar a JSD sempre que for designado e prestar atenção à JSD em cada uma das ilhas e concelhos dos Açores. A minha interacção com os militantes e dirigentes da JSD é praticamente diária. O papel de Secretário-Geral da JSD/Açores, entre outras coisas, é informativo, é logístico, é administrativo e é dialogante.
É o primeiro elemento do Pico a ocupar este cargo dentro deste órgão regional. Sente um grande peso sobre os ombros? Como é representar e defender a sua ilha?
Quando aceitei o convite, disse-o na altura “aceito-o em meu nome pessoal e em nome do Pico, da minha terra”. Felizmente toda a JSD/Açores, todos os órgãos regionais, entendem o valor que tem cada ilha para os Açores, pois defendemos todos juntos quando temos de defender os interesses da juventude em cada ilha. É isso que nos distingue. Vemos uns Açores como um todo, onde o desenvolvimento harmónico das nove ilhas foi esquecido pelos socialistas.
É acérrimo na sua luta pela ilha Montanha ou acha que se deve conjugar e aproveitar o factor Triângulo?
Defender o Pico, é também defender uma aposta estratégica no turismo, é defender o triângulo como uma realidade inquestionável de desenvolvimento e de progresso. Eu costumo ao presidente da JSD/Faial que o ideal era juntar estas duas ilhas e aproximar-nos de São Jorge. Já é tempo de acabar com os “bairrismos doentios” e trabalhar para o futuro comum, onde seja possível praticamente no mesmo dia visitar as fajãs de São Jorge, subir ao Pico e visitar os Capelinhos ou a marina da Horta. No caso destas ilhas, em vez de 15 + 15 + 10, ficaríamos com um mercado de 40 pessoas, todas num só bloco. É isso que defendo, o desenvolvimento do triângulo, mas também dos Açores, onde a realidade ilha e concelho nunca poderá ser esquecida.
Como vê toda esta polémica em volta da questão Triângulo, como jovem de 22 anos que é?
Deixem-se de coisas, e ponham “Mãos à obra”, como diz Berta Cabral. Também agora deposito no triângulo uma nova esperança.
Como vê o futuro da política nos Açores?
Sinceramente, que seja melhor do que tem sido até aqui. Que seja feita a verdadeira aposta nas pessoas da nossa terra, nas suas capacidades, pois defendo que cada pessoa seja o motor da acção política, o princípio e o fim de cada acto político.
O que precisa mudar?
Mudar do rumo. Mudar de pessoas. Mudar de estratégias. Os Açores precisam uma lufada de ar fresco, onde a juventude se pode bem associar à experiência de outros.
Fala-se na falta de fixação de jovens nas nossas ilhas… o que falta para que a situação se inverta?
Fazem falta projectos como a difusão do “e-learning” na Região, a aplicação da taxa reduzida do IVA em todos os produtos para bebés e crianças, as creches gratuitas, a diminuição do preço das refeições nas cantinas escolares e redução dos custos de livros e material didáctico. Projectos como a aplicação de medidas que fomentem a construção e a aquisição de habitação própria permanente para casais jovens e a criação de incentivos e benefícios fiscais à constituição e à fixação de pequenas e médias empresas nos mais diversos ramos de actividade nas ilhas mais pequenas dos Açores. Faz falta a aposta em bons e regulares transportes aéreos e marítimos de passageiros, pois são fundamentais à fixação dos jovens nas nossas ilhas e ao nosso desenvolvimento, transportes esses que fomentem uma rápida e constante ligação entre as populações e dinamizem o comércio entre elas e o exterior. As ligações aéreas entre as ilhas dos Açores e o continente devem ter o alcance de prestação de serviço público e não sermos nós, açorianos a pagar por tudo, a pagar valores no mínimo vergonhosos para circularmos dentro do mesmo país. É preciso também criar os “ninhos de empresa”, apoiar os jovens na formação de empresas que sejam necessárias ao desenvolvimento de cada ilha. É preciso nova legislação, urgente, no Arrendamento Jovem.
O seu futuro passa pela política?
Neste momento estou a licenciar-me em Relações Públicas e Comunicação na Universidade dos Açores. Não posso negar que a política suscita em mim muito interesse, mas sei que na política nada é, não pode, nem deve ser eterno. Ser Secretário-Geral da JSD/Açores é algo que faço com gosto, não posso por isso fechar a porta a nada dentro da estrutura, pois farei parte da JSD até aos 30 anos e tenho apenas 22. Muitos congressos virão…
O meu futuro passa por aquilo que entendo ser o melhor para mim e para os que me rodeiam, quer em termos profissionais, quer em termos político-partidários. Estarei disponível para o que for preciso, para que os Açores, a nossa gente, vire uma página na nossa história, com liberdade.
Nascido e criado na Ilha do Pico, é um defensor acérrimo da ideia de potencialização do Triângulo.
Este jovem falou ao Tribuna das Ilhas das suas ambições.
Como surgiu o seu gosto pela política?
O “bichinho da política” surgiu muito cedo, muito por influência de meu Pai. A par disso, não me considero uma pessoa conformada, e por isso a política é algo em que posso pôr os meus serviços ao serviço de toda a população.
Como tem sido o seu percurso até aqui?
No aspecto político-partidário, comecei na JSD/São Roque do Pico, depois candidatei-me a presidente da JSD/Ilha do Pico e depois da minha terra, entendi que podia dar um contributo aos Açores, à JSD e ao PSD, e por isso aceitei o convite para Secretário-Geral da JSD/Açores.
Orgulho-me ainda do trabalho feito na Associação de Estudantes de São Roque do Pico e na colaboração na fundação da Federação Regional dos Estudantes dos Açores, onde por inerência também participei nas reuniões do Sistema Educativo dos Açores.
Na qualidade de Presidente da Comissão Política de Ilha da JSD do Pico, como tem sido desenvolvido o seu trabalho?
Sempre ao lado da juventude, dos jovens picarotos, lutando pelos seus interesses, apresentando sempre soluções. Às vezes até indo contra a maioria, tomando decisões algo polémicas, mas com o único objectivo de servir da melhor forma a juventude e as pessoas em geral. No Pico, fruto do excelente trabalho dos três autarcas na Madalena, em São Roque e nas Lajes, a JSD tem a tarefa mais facilitada, pois somos ouvidos, tomamos parte do futuro.
Quantos militantes tem a JSD do Pico?
Cerca de 200. A propósito de militantes, gostaria de salientar que tenho notado, como Secretário-Geral da estrutura regional, que os jovens continuam a acreditar na JSD e mesmo nós estando na oposição é bem raro o dia em que não recebemos um novo militante.
Que importâncias assumem as juventudes partidárias em ilhas mais pequenas, como é o caso do Pico?
O grande objectivo das juventudes partidárias é dinamizar a juventude, puxar pelas energias dos mais jovens, dar novas ideias e soluções. É no fundo adaptar os partidos á realidade de agora. A JSD é um grupo de pessoas que dão o seu contributo para o futuro. Conseguimos em cada ilha dos Açores constituir autênticos fóruns de discussão política. Nas terras pequenas as organizações de juventude partidárias são um grupo de amigos que tem apenas um único objectivo: quer sempre mais e melhor pela nossa/sua terra. A JSD/Açores tem sido a voz da juventude dentro do PSD.
Em que medida o facto de ter sido presidente da FRAESA mudou o seu ponto de vista sobre a educação? Quais são os principais anseios dos jovens nessa área?
Os meus três anos de trabalho nesta Federação de Estudantes pautaram-se por tentar conhecer a realidade de cada escola e de cada ilha. Defendemos, de acordo com as realidades locais, as melhores soluções para o ensino, quer em medidas pedagógicas, quer também nos graves problemas do parque escolar. O Associativismo Estudantil nos Açores não tem merecido a devida atenção por parte dos Governantes e torna-se complicado desenvolver alguma actividade devido à falta de apoios financeiros para estas Associações.
Neste momento é Secretario Geral da JSD Açores. Que tarefas tem em si incutidas?
Coordenar toda a actividade administrativa e financeira da JSD/Açores, coordenar e dirigir as actividades da Secretaria-Geral da JSD, representar a JSD sempre que for designado e prestar atenção à JSD em cada uma das ilhas e concelhos dos Açores. A minha interacção com os militantes e dirigentes da JSD é praticamente diária. O papel de Secretário-Geral da JSD/Açores, entre outras coisas, é informativo, é logístico, é administrativo e é dialogante.
É o primeiro elemento do Pico a ocupar este cargo dentro deste órgão regional. Sente um grande peso sobre os ombros? Como é representar e defender a sua ilha?
Quando aceitei o convite, disse-o na altura “aceito-o em meu nome pessoal e em nome do Pico, da minha terra”. Felizmente toda a JSD/Açores, todos os órgãos regionais, entendem o valor que tem cada ilha para os Açores, pois defendemos todos juntos quando temos de defender os interesses da juventude em cada ilha. É isso que nos distingue. Vemos uns Açores como um todo, onde o desenvolvimento harmónico das nove ilhas foi esquecido pelos socialistas.
É acérrimo na sua luta pela ilha Montanha ou acha que se deve conjugar e aproveitar o factor Triângulo?
Defender o Pico, é também defender uma aposta estratégica no turismo, é defender o triângulo como uma realidade inquestionável de desenvolvimento e de progresso. Eu costumo ao presidente da JSD/Faial que o ideal era juntar estas duas ilhas e aproximar-nos de São Jorge. Já é tempo de acabar com os “bairrismos doentios” e trabalhar para o futuro comum, onde seja possível praticamente no mesmo dia visitar as fajãs de São Jorge, subir ao Pico e visitar os Capelinhos ou a marina da Horta. No caso destas ilhas, em vez de 15 + 15 + 10, ficaríamos com um mercado de 40 pessoas, todas num só bloco. É isso que defendo, o desenvolvimento do triângulo, mas também dos Açores, onde a realidade ilha e concelho nunca poderá ser esquecida.
Como vê toda esta polémica em volta da questão Triângulo, como jovem de 22 anos que é?
Deixem-se de coisas, e ponham “Mãos à obra”, como diz Berta Cabral. Também agora deposito no triângulo uma nova esperança.
Como vê o futuro da política nos Açores?
Sinceramente, que seja melhor do que tem sido até aqui. Que seja feita a verdadeira aposta nas pessoas da nossa terra, nas suas capacidades, pois defendo que cada pessoa seja o motor da acção política, o princípio e o fim de cada acto político.
O que precisa mudar?
Mudar do rumo. Mudar de pessoas. Mudar de estratégias. Os Açores precisam uma lufada de ar fresco, onde a juventude se pode bem associar à experiência de outros.
Fala-se na falta de fixação de jovens nas nossas ilhas… o que falta para que a situação se inverta?
Fazem falta projectos como a difusão do “e-learning” na Região, a aplicação da taxa reduzida do IVA em todos os produtos para bebés e crianças, as creches gratuitas, a diminuição do preço das refeições nas cantinas escolares e redução dos custos de livros e material didáctico. Projectos como a aplicação de medidas que fomentem a construção e a aquisição de habitação própria permanente para casais jovens e a criação de incentivos e benefícios fiscais à constituição e à fixação de pequenas e médias empresas nos mais diversos ramos de actividade nas ilhas mais pequenas dos Açores. Faz falta a aposta em bons e regulares transportes aéreos e marítimos de passageiros, pois são fundamentais à fixação dos jovens nas nossas ilhas e ao nosso desenvolvimento, transportes esses que fomentem uma rápida e constante ligação entre as populações e dinamizem o comércio entre elas e o exterior. As ligações aéreas entre as ilhas dos Açores e o continente devem ter o alcance de prestação de serviço público e não sermos nós, açorianos a pagar por tudo, a pagar valores no mínimo vergonhosos para circularmos dentro do mesmo país. É preciso também criar os “ninhos de empresa”, apoiar os jovens na formação de empresas que sejam necessárias ao desenvolvimento de cada ilha. É preciso nova legislação, urgente, no Arrendamento Jovem.
O seu futuro passa pela política?
Neste momento estou a licenciar-me em Relações Públicas e Comunicação na Universidade dos Açores. Não posso negar que a política suscita em mim muito interesse, mas sei que na política nada é, não pode, nem deve ser eterno. Ser Secretário-Geral da JSD/Açores é algo que faço com gosto, não posso por isso fechar a porta a nada dentro da estrutura, pois farei parte da JSD até aos 30 anos e tenho apenas 22. Muitos congressos virão…
O meu futuro passa por aquilo que entendo ser o melhor para mim e para os que me rodeiam, quer em termos profissionais, quer em termos político-partidários. Estarei disponível para o que for preciso, para que os Açores, a nossa gente, vire uma página na nossa história, com liberdade.
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