O jantar comício do PSD no Faial foi o primeiro de muitos que acontecerão durante esta campanha para as eleições legislativas regionais do próximo dia 19 de Outubro.
Costa Pereira teve a seu lado Costa Neves, líder regional do partido e Manuela Ferreira Leite, naquela que foi mais uma jornada de luta contra o actual governo.
O polivalente dos Flamengos acolheu, na passada semana, o primeiro jantar comício do Partido Social-democrata destas eleições legislativas regionais de 2008.
Manuela Ferreira Leite e Carlos Costa Neves estiveram no Faial para prestar o seu apoio à lista encabeçada, como já foi anunciado, por Jorge Costa Pereira.
Cerca de cinco centenas de pessoas aplaudiram os candidatos sociais-democratas e ouviram os discursos que, de uma forma geral, apontaram armas a Carlos César e ao governo socialista e apelaram ao voto pela mudança.
Costa Pereira, principal candidato pelo Faial foi o primeiro a subir ao palanque para e começou por dizer que “a demagogia, o incumprimento de promessas, a submissão de valores e o pragmatismo vazio marcam o separatismo entre o povo e os políticos e fazem aumentar a abstenção. E essa é uma das nossas maiores preocupações. As eleições são a expressão máxima de uma democracia, não há vitórias nem derrotas antecipadas, o povo é que decide.”
O candidato PSD prosseguiu tecendo criticas ao governo PS, e afirmou perante a vasta assistência que “o Faial é uma ilha vazia, com políticos turistas.”
Acusou Carlos César de faltar à verdade no que concerne, por exemplo, à ampliação da Pista do Aeroporto da Horta, e desafiou-o a “calendarizar a obra”. “A Variante é outro exemplo do mau governo socialista. A obra está parada e a solução é um remendo numa zona residencial. Isto não pode ser. O Faial não pode continuar a ser passado para trás”, frisa Jorge Costa Pereira.
Costa Pereira disse ainda que “em 12 anos o PS tem obra feita, lá isso tem, o problema é que tem feito menos do que prometeu e do que tem sido feito nas outras ilhas. O Porto da Horta vai perder, assim que entrar em vigor o PROTA, o seu papel estratégico no plano da distribuição de mercadorias”, e afirma mesmo convicto que “no Faial, bem como nos Açores, a única alternativa ao PS é o Partido Social Democrata. A CDU coligou-se e comprometeu-se com o PS.”
No final, para além do apelo ao voto, Jorge Costa Pereira sublinhou que o manifesto laranja é “um contributo para o desenvolvimento do Faial. Temos uma campanha centrada nos conteúdos e no contacto com as pessoas”.
Manuela Ferreira Leite, que visitou pela primeira vez a ilha do Faial, criticou o PS por "coarctar a liberdade" dos açorianos e dos portugueses em geral de uma forma "subtil" para se manter no poder.
"O meio que o PS, para se manter no poder, mais utiliza é coarctar a liberdade das pessoas. A nossa democracia, não me canso de dizer, está muito doente, porque existe medo na sociedade de se dizer o que se pensa e são os socialistas que contribuem para esse estado de espírito. Não foi para isso que houve uma Revolução de Abril", afirmou Manuela Ferreira Leite.
A líder nacional do PSD referiu ainda que os objectivos do seu partido passam por fomentar a iniciativa privada como forma de criar riqueza, para que se possam aniquilar as desigualdades sociais que se verificam no nosso país. Outro aspecto que preocupa Manuel Ferreira Leite prende-se com o afastamento que se verifica dos jovens dos Açores para com a sua terra natal, e isso “urge combater a desertificação desta região e para tal é necessário que se mude. O pais, com o projecto socialista, vai afundar-se”.
Por seu turno, o líder do PSD/Açores garantiu quinta-feira que um governo social-democrata vai criar um "pólo de excelência a nível mundial" ligado à investigação marinha na ilha do Faial.
"Do nosso programa eleitoral faz parte a constituição de um parque tecnológico ligado à investigação marinha no Faial", afirmou Costa Neves.
O líder social-democrata e candidato a presidente do governo regional acrescentou que pretende, igualmente, "apoiar a criação [no Faial] de uma escola de formação para todas as áreas ligadas ao mar, desde ao turismo às pescas, passando pela investigação".
Relativamente à protecção da Zona Económica Exclusiva (ZEE) entre as 100 e as 200 milhas, o presidente do PSD/Açores salientou que tal objectivo não se alcança "passando os dias a bater no nosso maior possível aliado, que é a União Europeia".
"É preciso puxar a União Europeia para o nosso lado, considerando que aquilo que está entre as 100 e as 200 milhas e que outros podem vir explorar, é uma área biogeograficamente sensível, que é preciso proteger", defendeu.
Segundo Costa Neves, é necessário mostrar que esta parte da ZEE é uma "reserva da humanidade".
Da blogosfera para o papel
Há 13 anos
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