Clube Naval da Horta - Formação é pedra basilar da nova direcção

quarta-feira, 15 de outubro de 2008



Tribuna das Ilhas - Hugo Pacheco é o mais recente, senão o mais jovem presidente do Clube Naval da Horta. Como surgiu esta situação?
Hugo Pacheco - Efectivamente julgo ser o mais novo presidente do CNH, mas vem tudo no seguimento de uma linha de mandatos nos quais tenho estado presente. Há três anos a esta parte que faço parte da direcção do CNH, entretanto foi me feita esta proposta, pensei, amadureci a ideia, tratei de tentar arranjar pessoas da minha confiança para formar uma lista capaz de assumir os destinos do Clube. Julgo que temos uma equipa para trabalhar.

T.I. – Num momento em que o associativismo está a cair em desuso, foi fácil reunir os restantes elementos para formar esta equipa directiva?
H.P. – Sim foi muito fácil, até eu pensava que fosse mais difícil. Todos disseram que sim aos primeiros contactos, o que me deixa muito satisfeito.

T.I. – O facto do CNH ser reconhecido internacionalmente pelo seu papel e participação em regatas internacionais não o assusta?
H.P. – A herança é pesada. Quando decidi aceitar o cargo ponderei muito esta situação, mas julgo que, quando os clubes estão numa fase crescente há que continuar. O nosso objectivo não é estagnar, mas sim continuar com os projectos existentes até ao momento. Continuar a apostar na projecção do Clube internacionalmente. A nossa ideia é solidificar o que foi conseguido e, se possível fazer um pouco mais.
Na vela ligeira vamos tentar explorar o campeonato nacional, na vela de cruzeiro já estamos a ultimar novos contactos para novas regatas internacionais. Na canoagem estamos a fomentar entre os clubes dos Açores para impulsionar a modalidade. Temos consciência de que a secção de remo está adormecida mas vamos tentar reactivar esta secção, bem como a secção de jet ski.

T.I. – Já estava por dentro do CNH uma vez que já acompanhava a sua situação há três anos. Como está, presentemente, o CNH?
H.P. – Financeiramente está saudável. Tecnicamente há arestas por limar. É preciso desenvolver o corpo técnico do clube. Estamos num processo de crescimento, mas julgamos ter as ferramentas necessárias, pessoas interessadas em constituir esse corpo técnico. Há secções que já estão altamente qualificadas, mas queremos sempre mais.

T.I. – Anteriormente a grande preocupação do CNH era a formação. Vão seguir essas linhas mestras?
H.P. – A pedra basilar do clube é a formação. Formação na parte dos desportos náuticos, seja vela, canoagem, natação.

T.I. – Para as pessoas da terra os botes baleeiros são a principal atracção. O que vai ser feito nesta secção?
H.P. – O que foi feito nesta secção foi, convenhamos, muito bem conseguidos. E com as pessoas que temos agora penso que vamos continuar a desenvolver esse bom trabalho. Temos no momento 7 botes e vamos promover os campeonatos locais e regionais da modalidade.

T.I. – Qual é a principal dificuldade do CNH?
H.P. – Sem dúvida a exígua sede. Apesar de ser boa já não dá resposta às reais necessidades do Clube. O CNH é composto por dois pavilhões que já não suportam todo o nosso património. Um deles está adstrito á vela ligeira e o outro ao resto, mas há material que está espalhado. Na secretaria temos um espaço diminuto, o arquivo não está criado. Estamos a procurar parcerias externas para conseguir encontrar soluções para isso. De acordo com informações de que dispomos, o Governo Regional está empenhado na construção de uma nova sede, incluída na obra de reordenamento do Porto da Horta, vamos a ver se isso se concretiza.

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