Foi assinado na passada terça-feira, um protoloco de cooperação entre a Delegação do Faial da Cruz Vermelha Portuguesa e a Junta de Freguesia da Matriz.
Em causa está a cedência das instalações da Junta de Freguesia à Cruz Vermelha, por forma a que esta última possa ter a sua sede administrativa.
Recorde-se que em Fevereiro passado a Comissão Administrativa da Delegação do Faial da Cruz Vermelha Portuguesa passou a ser presidida por Regina Santos e, desde então, “o maior problema com que nos deparamos foi a falta de instalações próprias para podermos reunir e planear as nossas intervenções no campo humanitário. A Junta de Freguesia da Matriz, na pessoa do seu Presidente, Laurénio Tavares, manifestou interesse para que ali se instalesse, provisoriamente, a sede da Delegação do Faial da Cruz Vermelha Portuguesa, permitindo a utilização partilhada do espaço e dos recursos ali existentes.”
A celebração deste protocolo permite que a Cruz Vermelha, no Faial, passe a ter uma localização privilegiada e vem facilitar, aos seus membros e colaboradores, o acesso em condições dignas.
Na ocasião Regina Santos afirmou que “a tradição da Cruz Vermelha já atravessou três séculos. Cresceu e legou obra, serviu sem servir, olhando sempre, não o lado mais fácil da vida, que são o poder e a circunstância, mas o lado mais difícil que são as vidas marcadas pelo sofrimento, pela humildade e pelo testemunho. A grandeza da Cruz Vermelha tem o dom da simplicidade e acredito na sua capacidade de chegar onde outros não conseguem. São infinitas as partículas de solidariedade que a Cruz Vermelha providencia, traz e leva. São incontáveis as mulheres e os homens que ajuda, socorre e salva. Assim sendo, o essencial da Cruz Vermelha é efectivamente o mais simples: a instituição fundamenta-se no dar de si e no dar aos outros. Nessa dádiva não há lugar para protagonismos: quem dá de si não o faz à espera de reconhecimento; e quem recebe dos outros terá prioridades sempre urgentes. A sucessão que ocorreu na Delegação do Faial da Cruz Vermelha Portuguesa não é mais do que prosseguir uma missão onde só é importante quem espera um sinal de auxílio e amparo.”
Regina Santos, revelou ainda nesta conferência de imprensa que a curto prazo esta Delegação vai levar por diante o projecto “Causa Maior” em que “os valores gerados atribuídos a Delegação do Faial vão ser transformados em Rastreios e Acções de Sensibilização de Educação para a Saúde em áreas de interesse para os seniores”.
Também está nos objectivos desta Delegação promover uma campanha de regularização e captação de capital humano, nomeadamente, Membros Associados Contribuintes (sócios) e Membros Associados Activos (voluntários).
Origens da Cruz Vermelha
1859 - Henry Dunant – um cidadão suíço – assiste à sangrenta Batalha de Solferino, da qual resultaram 40 mil vítimas mortais. Rapidamente, Henry Dunan,t reuniu mulheres das aldeias mais próximas para que prestassem auxílio humanitário às vítimas da guerra.
1863 - Em Fevereiro, quatro cidadãos juntaram-se a Dunant para levar a cabo um projecto de constituição do "Comité Internacional de Socorro a Feridos", que, mais tarde, viria a ser designado "Comité Internacional da Cruz Vermelha".
1864 - Adoptada a primeira Convenção de Genebra: a cruz vermelha em fundo branco foi oficialmente reconhecida como um símbolo distintivo dos serviços médicos das forças armadas.
Cruz Vermelha Portuguesa
1864 - Portugal assina a 1ª Convenção de Genebra, sendo enviado como delegado o Dr. José António Marques, cirurgião de Brigada e Ministro de D. Luís I (22 Agosto).
1865 - José António Marques funda a instituição em Portugal, através da constituição da, "Comissão Provisória de Socorro a Feridos e Doentes em Tempo de Guerra", (11 Fevereiro).
1887 - É organizada a "Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha" (SPCV), actual "Cruz Vermelha Portuguesa" (CVP).
Cruz Vermelha Portuguesa no Faial
1942 – É criada a Delegação da Horta, a pedido do presidente Nacional da CVP, pelo Governador Civil do Distrito da Horta durante a 2ª Guerra Mundial como uma “Delegação de Propaganda/ Delegação Extraordinária” para Serviços de Guerra. Ficou instalada no Palácio do Governo Civil. Após terminar as hostilidades, a Delegação da CVP da Horta manteve-se em funcionamento.
Actividades
Entre as actividades desenvolvidas destacam-se:
· 2ª Guerra Mundial, apoio a vítimas de naufrágios e envio de mensagens;
· Apoio social a famílias desfavorecidas;
· Apoio sanitário a peregrinações;
· Apoio à população vítima do vulcão dos Capelinhos;
· Apoio a catástrofes internacionais, nomeadamente, aos sismos de Agadir e Chile (1961);
· Apoio a ex-residentes das Colónias Portuguesas (1975).
1947 - Secção Auxiliar Feminina – Núcleo Feminino da Delegação da Horta, criado a 5 de Novembro.
Direcções/Presidentes
1º Presidente – Jorge Avelar de Medeiros Correia – 1942 a 1949. Agraciado com a Cruz Vermelha de Agradecimento; Cruz Vermelha de Benemerência e com a Ordem de Cristo pelo Governador Civil do Distrito.
2º Presidente – Manuel Bernardo de Almada – 1949 a 1964. Agraciado com a Cruz Vermelha de Mérito.
3º Presidente – Mário Nunes Greaves – 1965 a ?.
4º Presidente – Maria Zulmira Rodrigues da Silva – 1978 a 1978.
5º Presidente – Tenente-coronel Manuel Simas da Silveira – 1978 a 1980.
6º Presidente – Dr. Sebastião Goularte – 1982 a ?.
7º Presidente – Maria de Fátima do Amaral Brum – 1997 a 1999.
8º Presidente – António Medeiros – 2003 a 2007.
Instalações
De acordo com documentação existente a Sede de Delegação teve várias instalações:
o Palácio do Governo do Distrito
o Largo do Infante D. Henrique, 12 (Posto de Socorros)
o Capelo
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