Os alunos da Escola Profissional da Horta fizeram greve na passada segunda-feira, como forma de reivindicar o pagamento das suas bolsas de estudo que, segundo eles, estão em atraso há mais de três meses.
Tribuna das Ilhas foi àquele recinto escolar ouvir os estudantes e a direcção da Escola.
Duarte Silveira, vice-presidente da Associação de Estudantes disse à nossa reportagem que “já há três meses que não recebemos, e precisamos do dinheiro e temos direito a ele. Deram-nos a justificação de que os quadros comunitários mudaram e por causa dessa mudança houve um atraso no pagamento das bolsas. Desde aí temos esperado. O governo regional contraiu um empréstimo junto do Banco Comercial dos Açores mas ainda não nos pagou. Sabemos que as outras escolas dos Açores já receberam e não entendemos como só nós ainda não recebemos. Passámos o Natal nisto não quisemos dizer nada para não pensarem que queríamos o dinheiro por causa das prendas, mas a situação tornou-se insustentável.”
De acordo com os alunos, os professores também não tem recebido mas os casos mais graves são os de alunos de fora da ilha que não tem dinheiro para pagar a sua estadia nem alimentação, ou os alunos que têm empréstimos bancários e não os conseguem pagar.
Com esta greve, segundo os alunos, “esperamos fazer chegar a nossa voz mais longe e receber as nossas bolsas”.
Para além dos pagamentos em atraso os alunos da Escola Profissional também estão descontentes com os problemas de infiltração na escola, os horários, falta de material sobretudo para as aulas de educação física, más condições no refeitório e no bar.
Célia Pereira, atendendo a que o director geral da escola, Eduardo Caetano se encontrava fora da ilha, disse à nossa reportagem que “no primeiro dia de aulas tive o cuidado de ir de sala em sala explicar aos alunos o ponto da situação e, a verdade é que com a mudança do quadro comunitário de apoio deixaram de haver transferências para o Fundo Social Europeu. Como a Direcção Regional percebeu essa situação e sugeriu às escolas profissionais que adiantariam um empréstimo junto do BCA em que seriam asseguradas as bolsas de Setembro a Dezembro. Como já disse aos alunos os contratos estão assinados e em princípio esta semana as coisas ficam resolvidas”.
A Federação Regional de Associações de Estudantes do Ensino Secundário e Profissional dos Açores condenou a atitude tomada pelos alunos da Escola Profissional da Horta. “Consideramos que a greve deve ser utilizada apenas em casos extremos, e não como primeiro recurso. Acreditamos no diálogo e troca de ideias daí a nossa tomada de posição. À que saber ter a atitude certa e conhecer os factos antes de os contestar, o que não foi feito neste caso. Os presidentes de Conselhos Executivos/Directores das Escolas Profissionais "fazem o que podem" e não devem ser responsabilizados por algo pelo qual não são os principais responsáveis.”
A FRAESA esteve, está “e estará sempre ao lado dos estudantes dos Açores, no entanto, a partir do momento em que os estudantes preferem resolver as coisas "pelas suas próprias mãos", indo contra os ideias desta Federação estão, também, contra a FRAESA, contra os seus dirigentes e contra os valores que norteiam a sua acção. Deste modo, queremos reafirmar aquela que tem sido a nossa atitude durante este mandato: diálogo, no sentido do esclarecimento e resolução de problemas, nunca esquecendo a boa educação e o respeito mútuo.”
A Direcção Regional do Trabalho e Qualificação Profissional também emitiu um esclarecimento sobre a Escola Profissional da Horta em que diz que “não há nenhum atraso imputável ao Governo Regional no financiamento às escolas profissionais dos Açores; Para que não houvesse nenhum prejuízo possível no funcionamento das escolas profissionais em 2007/2008, a Direcção Regional do Trabalho e Qualificação Profissional estabeleceu, a 15 de Outubro, com a banca e com as escolas profissionais da Região, um protocolo que permitia um adiantamento de 500 euros por aluno e por mês, contabilizando-se neste adiantamento todo o primeiro trimestre e assegurando a DRTQP os juros desta operação.”
Prossegue aquela entidade dizendo que “à Escola Profissional da Horta cabia, face ao número de formandos nela inscritos, o montante de 243 mil euros; para receber este montante sem custos para a entidade, as escolas profissionais tinham de enviar um contrato ao banco, onde se comprometiam a reembolsar os montantes recebidos quando recebessem os apoios comunitários correspondentes. O Governo Regional resolveu, assim, um eventual problema de financiamento, adiantando, como nunca feito até aqui, nem é feito em nenhum outro sítio do país, montantes substanciais, sem custo para as entidades. Todas as escolas profissionais da Região assim o fizeram, desde Outubro de 2007, excepto a Escola Profissional da Horta, que, até ontem, não tinha feito chegar, aos serviços do banco responsável pelo financiamento, o contrato assinado. O Governo Regional declina, por isso, qualquer responsabilidade e lamenta não ter a Escola Profissional da Horta, durante estes meses, correspondido ao esforço que foi feito no sentido de não prejudicar o desenrolar dos cursos de formação profissional com normalidade.”
Tribuna das Ilhas foi àquele recinto escolar ouvir os estudantes e a direcção da Escola.
Duarte Silveira, vice-presidente da Associação de Estudantes disse à nossa reportagem que “já há três meses que não recebemos, e precisamos do dinheiro e temos direito a ele. Deram-nos a justificação de que os quadros comunitários mudaram e por causa dessa mudança houve um atraso no pagamento das bolsas. Desde aí temos esperado. O governo regional contraiu um empréstimo junto do Banco Comercial dos Açores mas ainda não nos pagou. Sabemos que as outras escolas dos Açores já receberam e não entendemos como só nós ainda não recebemos. Passámos o Natal nisto não quisemos dizer nada para não pensarem que queríamos o dinheiro por causa das prendas, mas a situação tornou-se insustentável.”
De acordo com os alunos, os professores também não tem recebido mas os casos mais graves são os de alunos de fora da ilha que não tem dinheiro para pagar a sua estadia nem alimentação, ou os alunos que têm empréstimos bancários e não os conseguem pagar.
Com esta greve, segundo os alunos, “esperamos fazer chegar a nossa voz mais longe e receber as nossas bolsas”.
Para além dos pagamentos em atraso os alunos da Escola Profissional também estão descontentes com os problemas de infiltração na escola, os horários, falta de material sobretudo para as aulas de educação física, más condições no refeitório e no bar.
Célia Pereira, atendendo a que o director geral da escola, Eduardo Caetano se encontrava fora da ilha, disse à nossa reportagem que “no primeiro dia de aulas tive o cuidado de ir de sala em sala explicar aos alunos o ponto da situação e, a verdade é que com a mudança do quadro comunitário de apoio deixaram de haver transferências para o Fundo Social Europeu. Como a Direcção Regional percebeu essa situação e sugeriu às escolas profissionais que adiantariam um empréstimo junto do BCA em que seriam asseguradas as bolsas de Setembro a Dezembro. Como já disse aos alunos os contratos estão assinados e em princípio esta semana as coisas ficam resolvidas”.
A Federação Regional de Associações de Estudantes do Ensino Secundário e Profissional dos Açores condenou a atitude tomada pelos alunos da Escola Profissional da Horta. “Consideramos que a greve deve ser utilizada apenas em casos extremos, e não como primeiro recurso. Acreditamos no diálogo e troca de ideias daí a nossa tomada de posição. À que saber ter a atitude certa e conhecer os factos antes de os contestar, o que não foi feito neste caso. Os presidentes de Conselhos Executivos/Directores das Escolas Profissionais "fazem o que podem" e não devem ser responsabilizados por algo pelo qual não são os principais responsáveis.”
A FRAESA esteve, está “e estará sempre ao lado dos estudantes dos Açores, no entanto, a partir do momento em que os estudantes preferem resolver as coisas "pelas suas próprias mãos", indo contra os ideias desta Federação estão, também, contra a FRAESA, contra os seus dirigentes e contra os valores que norteiam a sua acção. Deste modo, queremos reafirmar aquela que tem sido a nossa atitude durante este mandato: diálogo, no sentido do esclarecimento e resolução de problemas, nunca esquecendo a boa educação e o respeito mútuo.”
A Direcção Regional do Trabalho e Qualificação Profissional também emitiu um esclarecimento sobre a Escola Profissional da Horta em que diz que “não há nenhum atraso imputável ao Governo Regional no financiamento às escolas profissionais dos Açores; Para que não houvesse nenhum prejuízo possível no funcionamento das escolas profissionais em 2007/2008, a Direcção Regional do Trabalho e Qualificação Profissional estabeleceu, a 15 de Outubro, com a banca e com as escolas profissionais da Região, um protocolo que permitia um adiantamento de 500 euros por aluno e por mês, contabilizando-se neste adiantamento todo o primeiro trimestre e assegurando a DRTQP os juros desta operação.”
Prossegue aquela entidade dizendo que “à Escola Profissional da Horta cabia, face ao número de formandos nela inscritos, o montante de 243 mil euros; para receber este montante sem custos para a entidade, as escolas profissionais tinham de enviar um contrato ao banco, onde se comprometiam a reembolsar os montantes recebidos quando recebessem os apoios comunitários correspondentes. O Governo Regional resolveu, assim, um eventual problema de financiamento, adiantando, como nunca feito até aqui, nem é feito em nenhum outro sítio do país, montantes substanciais, sem custo para as entidades. Todas as escolas profissionais da Região assim o fizeram, desde Outubro de 2007, excepto a Escola Profissional da Horta, que, até ontem, não tinha feito chegar, aos serviços do banco responsável pelo financiamento, o contrato assinado. O Governo Regional declina, por isso, qualquer responsabilidade e lamenta não ter a Escola Profissional da Horta, durante estes meses, correspondido ao esforço que foi feito no sentido de não prejudicar o desenrolar dos cursos de formação profissional com normalidade.”
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