Tertúlia, charme, glamour, amigos... são as palavras chave usadas por Ricardo Guilherme, foto-jornalista, para caracterizar o seu ESPAÇO.
Teve a sua reentré há duas semanas e o visual diferente, arrojado, numa mistura de modernidade, sobretudo pelas próprias linhas de construção do bar, e o espírito vanguardista e a lembrar anos 20 e 60 da nova decoração; tem atraído muita gente a este bar da cidade da Horta.
Tribuna das Ilhas manteve uma conversa serena com o proprietário e chega à conclusão de que só falta mesmo ter licença para estar aberto até às quatro da manhã.
“O Espaço é um bar nocturno que sofreu umas alterações para distanciar-se do anterior Espaço Líquido, uma vez que a sociedade existente se desfez e agora sou eu o único proprietário” - explica Ricardo Guilherme que prossegue, dizendo que “surgiu a necessidade de incutir um conceito novo na cidade. Pretendo que seja um espaço agradável, nocturno, onde as pessoas vêm no seu início de noite, quer beber café, quer conversar, num ambiente diferente.”
“Era isto que fazia falta ao Faial?” - perguntámos, ao que o empresário responde “não sei se fazia falta ao Faial mas fazia-me falta a mim. Tenho que me sentir bem na minha casa, tenho que me rever nela e acho que me revejo neste ESPAÇO. Tinha um espaço mais latino e não me revia muito nesse conceito, daí a mudança. Isto não significa, apesar das cores escuras, que este seja um ESPAÇO taciturno, nada disso, longe de mim criar isso. Quero criar um certo glamour de noite, um certo charme, porque a noite tem isso mesmo, tem charme, e acho que aos poucos chegamos lá. Esse tem que ser um trabalho de equipa, não só meu mas também das outras casas, mas vamos no bom caminho.”
As paredes negras, as molduras douradas, os arabescos no bar, são, sem dúvida, um ambiente plateau. “Não de vanbguarda, mas vanguardista mesmo. Um ambiente com os seus tabus...” frisa.
A receptividade das pessoas tem sido boa e Ricardo Guilherme está satisfeito.
Instado a pronunciar-se sobre a noite faialense, o foto-jornalista diz que “gostava de incutir mais charme na noite do Faial... mas como empresário também vejo que as pessoas não são desinibidas, não saem, não se divertem. Quando cá cheguei, há 3 anos e meio a esta parte, abri o Blue Whale, correu muito bem mas, no entanto, não era a casa que eu queria. Surgiu a oportunidade de abrir o Espaço Líquido e abraçei esse projecto que me encheu de satisfação. A reentré como ESPAÇO vem vincar um novo ciclo na minha vida, conforme já referi”.
No fundo, o que Ricardo Guilherme quer é que as pessoas encarem o ESPAÇO como, “uma casa agradável, onde se revejam, onde se sintam bem. Um bar de amigos, onde todos são tratados pelo nome e onde ninguém se sinta estranho.”
Agendadas estão ainda algumas exposições de fotografia e pintura para o ESPAÇO. A primeira será, como é evidente, do foto-jornalista, numa franca vontade de aliar cultura à tertúlia inerente a um bar.
Ricardo Guilherme é foto-jornalista há dez anos a esta parte. Tem trabalhado em vários jornais e revistas nacionais. Veio para o Faial por causa da filha, e não se arrepende de estar cá. No seu percurso salienta a experiência de viver um ano com os Sem-Abrigo no Brasil, a viagem a Timor por altura das eleições e, sem dúvida, a sua envolvência em projectos com os Bombeiros, Prisões, entre outros.
O ESPAÇO está aberto de segunda a sábado, das 21h às 02h00 porque a licença que permitia estar aberto até as 04h00 foi revogada, “sem que eu perceba porquê, mas vou tentar outra vez”.
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