sexta-feira, 11 de dezembro de 2009


A Distância que nos uniu

A Distância que nos uniu é o primeiro livro da jovem jornalista Patrícia Carreiro. Foi lançado no passado mês de Novembro, pelas Edições Macaronésia, em Ponta Delgada. A apresentação esteve a cargo da jornalista da RDP - Açores, Margarida Pereira.

O romance, A distância que nos uniu, pode ser comprado nos Açores, na Madeira, em Cabo Verde e em Portugal Continental.

Patrícia Carreiro tem 23 anos e é formada em Comunicação Social e Cultura pela Universidade dos Açores. Desempenhou funções no jornal semanário "Expresso das Nove" e no "Jornal Diário.com". É colaboradora do jornal mensal "As Flores" e do Tribuna das Ilhas.

Tribuna das Ilhas - O que versa A Distância que nos Uniu?

Patricia Carreiro - A Distância que nos Uniu narra a história de um casal de jovens estudantes que, como todos os casais, se conhecessem por acaso.

Porém, este amor sofre muitas peripécias e sobressaltos no seu percurso. Vive altos e baixos, mas sempre com o mesmo objectivo: encontrar uma forma de superar a distância.

O livro tem como personagens principais a jovem Inês e o Tomás. Ao longo da história, outras personagens, como Maria Leonor, entram na acção para piorar o cenário ou para torná-lo mais complicado.

Todo este trama é narrado por Inês à sua filha, Matilde, com o objectivo de mostrar o poder do amor e a sua capacidade de união.

A principal mensagem que quero transmitir com este livro é que a distância só separa aquilo que o Homem não quer unir, ou seja, por mais barreiras que tenhamos no percurso da nossa vida, se quisermos muito alguma coisa, de certo que vamos conseguir. É a persistência que faz a nossa vida tomar outro rumo.

T.I. - Como surgiu a ideia e a vontade de escrever um livro?

P.C. - Eu sempre gostei muito de ler e de escrever. Escrevia desde há muito tempo pequenos textos, mas nada de relevante. Então, num simples dia, por conselho de uma amiga, comecei a escrever este romance. Isto aconteceu em 2005, quando tinha cerca de 20 anos. É claro que escrevi mais por ‘desporto’, sem pensar que pudesse ser possível um dia lançar um livro, apesar de ser um grande sonho.

No fundo, pensava que editar não fosse assim tão fácil, muito menos nos Açores.

Volvidos alguns anos, a vontade de editar um livro cresceu e foi então que contactei as Edições Macaronésia.

A resposta foi quase imediata. Entreguei o livro à editora para ser avaliado e depois de uma avaliação do mesmo, as Edições Macaronésia aceitaram o meu livro.

A fase seguinte cingiu-se à procura de patrocínios para a impressão da obra. Estes vieram do Governo Regional e da Junta de Freguesia de Covoada, terra que me viu nascer. Aproveito para agradecer os apoios dados, sem os quais este sonho não seria possível.

Pedi apoios a muitas entidades. Porém, de quase todas recebi uma resposta menos positiva, por falta de verba para apoiar projectos desta natureza. Também me aconteceu não receber sequer resposta de algumas entidades, mas, no meu entender, isso só revela a falta de vontade de investir nos talentos açorianos.

Seguidamente, começamos a tratar da capa do livro. Nesta fase tive a sorte de ter a ajuda do Manuel Silva, um fotógrafo amador muito promissor. As fotos são de São Miguel, o que facilita a ligação entre o livro e os leitores açorianos. Espero que, por este motivo e por outros, as pessoas sintam a cumplicidade suficiente com a minha obra para poder lê-la.

Agradeço ainda a toda a minha família, que sempre me apoiou na idealização do meu projecto. Agradeço ao meu pai, Samuel Carreiro, à minha mãe, Fátima Carreiro, ao meu irmão, Henrique Carreiro, e à minha avó, Fernanda Cabral. Agradeço ainda à minha irmã, Cláudia Carreiro, que sempre foi, e será, a minha revisora pessoal. Ela sempre me ajudou na minha escrita e desta vez não foi excepção. Leu o livro e deu a sua opinião sobre o bom e sobre o menos bom, para que eu pudesse melhorar a minha primeira obra. Obrigada irmã.

Mas é claro que não tive apenas o apoio da minha família. Agradeço ainda a alguns amigos que, apesar da distância, sempre se uniram comigo neste projecto. Agradeço à Berta Correia, à Ana Fialho, à Tânia Silva, à Carolina Carreiro, à Ana Rita Neves, ao Jorge Cordeiro e a todas as pessoas que acreditaram em mim, que foram muitas.

Ao professor Machado Pires aqui fica uma palavra de carinho pela frase escrita na contracapa do livro, a qual teve tanto significado para mim.

Logicamente, agradeço às Edições Macaronésia por me terem apoiado neste projecto e por terem acreditado em mim.

T.I. - Como jornalista, esta obra retrata alguma da sua experiência ou é ficção?

P.C. - Acho que na maioria das vezes, os escritores baseiam-se em pequenos factos da sua vida para começar um romance. Este livro contém factos verídicos, mas a maioria da narrativa baseia-se na ficção, no imaginário e no enredo.

Aproveito para dizer que acho que é muito mais favorável basearmo-nos em factos reais, em histórias que nos rodeiam, para escrever romances. E digo isto porque assim, o leitor sentir-se-á muito mais familiarizado com a história do que com alguma narrativa que seja totalmente ficcional.

Quanto mais reais formos nos nossos livros, mais vontade o leitor terá de ler o nosso trabalho.

T.I. - É o primeiro de muitos?

P.C. - Espero que seja. Já tenho mais dois escritos e estou a trabalhar no quarto.

O segundo foi escrito em 2008, com o qual concorri para a edição deste ano do LabJovem, e o terceiro ficou pronto este ano.

Com este, Os Limites do Coração, concorri ao Prémio Gaspar Fructuoso, da Câmara Municipal da Ribeira Grande. Tenho o prazer de dizer que fiquei entre os seis finalistas que irão disputar este prémio, situação que me honra muito e que me deixa muito satisfeita com o meu trabalho.

Escrevo, porque para mim a escrita é quase uma terapia e pretendo manter este hábito por muito tempo.

Sinto-me livre enquanto escrevo e isto porque posso criar mundos só meus, que mais tarde serão partilhados com os meus leitores.

Escrever é mais que uma arte: é uma forma de vida.

T.I. - Como correu a apresentação?

P.C. - A apresentação do livro decorreu no dia 20 de Novembro, no Edifício dos CTT, em Ponta Delgada. O evento foi extraordinário. Correu tudo como imaginei. O discurso da Margarida foi completamente envolvente e aliciante. Até eu própria que, logicamente, já li o livro imensas vezes, senti vontade de o devorar novamente. Escolhi a pessoa certa para a ocasião.

Senti-me realizada e, claro, um pouco emocionada. Na plateia estavam as pessoas que mais gosto, o que facilitou o discurso, apesar dos nervos iniciais. Foi um momento único que, com certeza, marcou a minha vida.

Sempre sonhei com este dia e, agora que ele chegou, parece mentira.

T.I. - Como foi escolhido o título?

P.C. - Esse é um pormenor que não sei narrar muito bem. Sei que o título foi uma das primeiras coisas que defini neste projecto. Toda a essência do livro já estava mais ou menos traçada desde o início, por isso foi mais fácil encontrar o título. Acho que é um título empolgante e até um pouco “poético”, como me disse uma pessoa muito querida quando lhe pedi para ler a obra. É um espelho completamente transparente da narrativa que faço neste primeiro livro e espero que seja um caminho para as pessoas verem a distância como um factor de união e não de separação.

CAMPANHA “UM BRINQUEDO UM SORRISO”


A Juventude Socialista da ilha do Faial promoveu, mais uma vez, a Campanha denominada “Um Brinquedo, Um Sorriso”.

Esta iniciativa consiste na recolha de brinquedos que serão distribuídos nas vésperas de Natal para todas as crianças carenciadas residentes na nossa Ilha.

Esta Campanha, idealizada pela JS Faial, teve inicio no ano 2000 e hoje é realizada em todas as ilha do Arquipélago.

Este ano a Juventude Socialista fez a recolha de brinquedos no Modelo nos dias 9, 10,11 e 12 de Dezembro, bem como no Comercio Tradicional, nomeadamente nas lojas Gameover, Ortins e Duarte, Lda, Mário Brás da Silva e Ourivesaria Reguladora até ao próximo dia 16 de Dezembro.

Todos os interessados em contribuir com um donativo poderão contactar o responsável pela campanha através do número 969008410.

A distribuição das prendas será feita porta a porta pelas freguesias e esta agendada para os dias 19 e 20 do corrente mês.

Campanha “Natal em Segurança”

O Comando Regional dos Açores da Polícia de Segurança Pública entre os dias 08 de Dezembro de 2009 até ao próximo dia 07 de Janeiro de 2010, estará em toda a Região a promover a Operação Natal em segurança, este ano com o lema JUNTOS, PREVENIMOS MAIS!

Este ano, a PSP pretende incrementar as acções de sensibilização no âmbito rodoviário e junto das comunidades mais vulneráveis, incentivando-as a adoptarem comportamentos de segurança.Neste âmbito, dentro desta Operação Regional, a PSP irá incrementar a sua acção de policiamento, aumento da visibilidade policia junto ás áreas comerciais, sistemas de transportes públicos, locais de grande concentração de pessoas (turismo, eventos natalícios, etc.), áreas residenciais, estabelecimentos de diversão nocturna e artérias onde se possa verificar a ocorrência de ilícitos criminais.

A PSP vai igualmente aumentar a acção policial nas principais artérias de entrada e saída dos grandes centros urbanos, fluxo de trânsito em zonas de diversão nocturna, fiscalização rodoviária principalmente nas zonas de acumulação de acidentes e pontos negros.

O Comando Regional dos Açores pretende neste Natal, para além de uma colaboração efectiva de todos os cidadãos, atingir outros objectivos, tais como diminuir os crimes contra o património; diminuir os crimes contra pessoas e diminuir o número de acidentes rodoviários e vítimas daí resultantes.


TI em Bruxelas no dia de entrada em vigor do Tratado de Lisboa


O Tratado de Lisboa, que alguns preferem designar como «tratado Reformador» entrou em vigor no dia 1 de Dezembro de 2009, dois anos depois de ter sido aprovado.

Tribuna das Ilhas esteve em Bruxelas no dia em que entrou em vigor este tratado que pretende, acima de tudo, que União Europeia se torne mais «democrática, mais transparente e mais eficaz», ideais políticos e jurídicos que se tornaram num objectivo formal desde o início da década com a Declaração de Laeken.

Um grupo que integrou jovens de todas as ilhas dos Açores e jornalistas esteve de visita ao Parlamento Europeu, numa organização da eurodeputada social-democrata Maria Patrão Neves.
Os deputados europeus promovem, ao longo dos respectivos mandatos, visitas ao órgão legislativo da União Europeia (UE), nas quais costumam incluir representantes dos mais diversos grupos com intervenção na comunidade.
Maria Patrão Neves que está a cumprir o seu primeiro mandato e proporcionou aos jovens açorianos uma visita ao centro político da UE porque os considera “os cidadãos mais exigentes e os mais dinâmicos construtores da Europa”, conforme referenciou na ocasião.

O convite a jornalistas baseou-se no facto de constituírem “um sector profissional da sociedade indispensável para que a necessária comunicação entre as instituições europeias e nomeadamente entre os deputados e os cidadãos se efective”.

Durante a visita a Bruxelas, os jornalistas assistiram à apresentação do Livro Verde da PAC, apresentação essa que esteve a cargo da relatora eurodeputada Maria do Céu Patrão Neves e que foi marcada por um episódio polémico entre esta e o eurodeputado socialista e anterior ministro da Agricultura, Capoulas dos Santos.

O socialista quebrou a posição de consenso relativa ao documento, manifestada por todas as famílias políticas representadas na Comissão de Pescas, ao defender que as propostas de Patrão Neves contradizem o princípio da estabilidade relativa. Capoulas dos Santos referia-se concretamente à questão das quotas, argumentando que o facto destas deixarem de ser trocadas e passarem a poder ser alvo de venda beneficia os países mais ricos, onde não se inclui Portugal.

Capoulas dos Santos abandonou a sala onde era debatido o projecto de relatório logo após proferir estas críticas, facto que foi visto com maus olhos por Patrão Neves, que considera que este nem lhe deu oportunidade para responder.

“Fiquei surpreendida mas satisfeita por ver Capoulas dos Santos, que é um deputado suplente do grupo socialista na Comissão das Pescas, porque nunca o costumo ver na Comissão das Pescas. Agora, face ao que sucedeu, pode ser ingenuidade política, mas prefiro ser acusada de ingenuidade política toda a vida do que ter uma atitude aberta de crítica frontal a um colega mas depois virar as costas. Isso não quero aprender”, disse aos jornalistas, no final de uma visita à REPER:

No projecto de relatório a eurodeputada defende a descentralização e regionalização da gestão das pescas, frisando que o modelo “vertical e hegemónico em vigor” não satisfaz. “Não podemos ter um modelo único para todos os mares, para todas as regiões”, disse, em declarações a jornalistas do arquipélago, que participaram, ontem, numa visita ao Parlamento Europeu, em Bruxelas. “O princípio da estabilidade relativa como está não serve, tem de ser repensado. É o que acontece também com o sistema de táxi- quotas. Sem abandoná-lo é preciso estudar alternativas. Todos os pescadores dizem e mesmo quem não percebe muito de pescas sabe que este sistema é prejudicial para a maior parte das pescas, com excepção apenas de alguns casos pontuais, como o da captura de goraz”, concluiu.

Patrão Neves defendeu ainda no projecto de relatório que se deve ter em especial conta as especificidades das Regiões Ultraperiféricas (RUPs), promovendo uma discriminação positiva destas face à reforma da Política Comum das Pescas.

Tratado de Lisboa

Entre as novidades introduzidas pelo Tratado de Lisboa destacam-se a substituição da unanimidade pela maioria qualificada na adopção de novos acordos e regras para a Europa, o aumento das competências do Parlamento Europeu e a criação de novos cargos institucionais.

Aprovado em Outubro de 2007, o Tratado de Lisboa adopta grande parte do articulado que esteve vertido no projecto de Constituição para a UE, um instrumento jurídico que chegou a ser impresso e distribuído aos cidadãos em 2004, mas que nunca entrou em vigor.

O Tratado de Lisboa altera, sem os substituir, os tratados da União Europeia e da Comunidade Europeia actualmente em vigor. O Tratado confere à União o quadro jurídico e os instrumentos necessários para fazer face a desafios futuros e responder às expectativas dos cidadãos.

As dez mudanças do Tratado de Lisboa

1. Regra de cálculo da maioria qualificada

A ponderação do Tratado de Nice prevê para o Conselho 345 votos. A Alemanha tem 29, o mesmo que a França, enquanto Portugal tem 12. No futuro, a maioria exige acordo de 55% dos países somando 65% da população.

2. Presidência fixa do Conselho Europeu

Actualmente, em cada semestre há presidências rotativas. No futuro, haverá um presidente escolhido pelo Conselho Europeu, com mandato renovável de dois anos e meio. Tony Blair é o candidato mais forte até agora.

3. Manutenção do número de comissários

Após negociadas as garantias para a Irlanda, o Tratado de Lisboa permite que cada país mantenha o seu comissário europeu.

O Tratado de Nice obrigava a fazer uma redução e um sistema rotativo.

4. Direito de petição

Quando o tratado entrar em vigor, bastará um milhão de cidadãos de países da UE para fazer uma petição.

5. Novo Parlamento Europeu

O tratado obriga o PE a reduzir-se para 750 deputados (mais o presidente).

6. Carta dos Direitos Fundamentais

A Carta dos Direitos Fundamentais da UE fica de fora do tratado. Mas mantém todo o seu valor jurídico.

7. Reforço da componente externa

Criação do cargo do alto-representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.

8. Regra da unanimidade

Os Estados membros deixam de poder usar o direito de veto em mais de 30 áreas. Uma delas passa a ser a da energia.

9. Cooperação reforçada

Estas formações já existem: o exemplo mais famoso é o da moeda única. Mas será mais fácil organizar uma.

10. Cláusula de saída da UE

Os países passarão, pela primeira vez, a poder sair voluntariamente da UE.

Açores premiados na VI Gala Nacional do Desporto Escolar

Uma aluna, uma professora, uma escola e uma autarquia dos Açores foram distinguidas, quinta-feira, em Lisboa, no âmbito da VI Gala Nacional do Desporto Escolar, uma homenagem que deixa o Governo açoriano muito satisfeito.

A Gala Nacional do Desporto Escolar, organizada pela Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, do Ministério da Educação, atribui anualmente prémios a entidades que se distingam no âmbito do Desporto Escolar. Em causa estão seis categorias: “Aluno”, “Professor”, “Escola”, “Internacional” e “Autarquia”, que são atribuídas ao nível de cada uma das cinco Direcções Regionais de Educação (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve) e da Região Autónoma dos Açores e, ainda, uma categorial “Especial”, a ser atribuída a nível nacional.

Por se ter notabilizado pela dedicação e empenho em prol do Desporto na Escola, a aluna da Escola Secundária Vitorino Nemésio, Joana Lopes, será distinguida na categoria “Aluno”.

No prémio “Professor” a escolha açoriana recaiu sobre a docente Marta Freitas e Sá, da Escola Básica Integrada dos Biscoitos, na ilha Terceira, por se ter evidenciado ao nível do empenho e dedicação na organização de todas as actividades desportivas escolares.

A Escola Básica Integrada de Arrifes, na ilha de São Miguel, vence a categoria “Escola”, uma vez que tem participado regularmente nos Jogos Desportivos Escolares, obtendo bons resultados, e organizado com excelência as diferentes fases dos jogos que acolhe nas suas instalações.

A Direcção Regional do Desporto entendeu, ainda, nomear para a categoria “Autarquia” a Câmara Municipal da Praia da Vitória, pelo apoio que tem dado às actividades do Desporto Escolar no concelho.

Para Lina Mendes a distinção açoriana na Gala Nacional do Desporto Escolar “é o reconhecimento do esforço que tem sido desenvolvido no arquipélago”, pela Direcção Regional do Desporto e escolas, “para promover a actividade física e hábitos de vida saudáveis”.

“Estamos a atravessar uma época de grande promoção do desporto”, afirmou a governante, recordando que os Açores vão ser palco, em Maio de 2010, dos Jogos das Ilhas, um evento desportivo que vai reunir cerca de 1.500 participantes.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009


Projecto "Os nossos heróis: Os pais e os avós"


Ter cabelos brancos deixou de ser sinónimo de ‘avozinho’ ou ‘velho’. Os avós de hoje são de meia-idade ou pouco mais, trabalham ou, mesmo que reformados, não param.

Recentemente a revista “Pais e Filhos” publicou uma reportagem em que a psicóloga Liliana Santos defende que «os avós podem ter um papel importante na vida dos netos», mas não deixa de ser uma relação que é «indiscutivelmente um espaço de encontro de gerações», em que os dois lados têm muito a aprender. E um dos grandes momentos para uma aprendizagem em conjunto é a internet, que veio revolucionar o quotidiano destes novos avós, que marcam viagens, reservam espectáculos online e conhecem o mundo antes só imaginado. Para isso muito contribuem os netos, os craques cibernéticos. Esta é, para o psiquiatra Daniel Sampaio, «uma oportunidade a não perder para a aproximação entre gerações».

É neste sentido que Jardim-de-infância da Praia do Almoxarife, com orientação da professora Rosa Leal, está a implementar um projecto denominado de “Os nossos heróis: os pais e os avós.”

É um projecto intergeracional que tem como objectivos promover a partilha das experiências dos mais velhos para com os mais novos.

As crianças vão poder aprender os jogos que os seus avós jogavam quando eram criança e proporcionar aos avós uma viagem ao passado.

Tribuna das Ilhas - Em que consiste este projecto?

Rosa Leal - Este Projecto é um encontro de Gerações, um trabalho de parceria crianças do Jardim de Infância/avós/pais e nasceu do desejo de aproximar as várias gerações. Neste Projecto, queremos partilhar saberes, privilegiar as relações familiares e respeitar as dinâmicas individuais.

Realizamos algumas actividades que proporcionam novas experiências, para todos intervenientes: a gravação de uma marcha, a elaboração de alguns jogos e brinquedos dos avós; o presépio tradicional vivo e o altarinho, a presença dos avós/pais na escola; a visita a algumas escolas; a participação nas festividades da Freguesia, actividades para angariação de fundos, tendo em conta a concretização do sonho dos Heróis: uma viagem de avião, a São Miguel..

T.I. - Como surgiu a necessidade/vontade de levar a cabo um projecto desta natureza?

R.L. - Desde 2002 que tenho desenvolvido projectos intergeracionais. Neste projecto, os avós e os pais das crianças do Jardim de Infância da Praia do Almoxarife, são os heróis. Tendo em conta que são figuras fundamentais de uma Família, a presença do passado e memórias vivas, referência e apoio para os netos, carinho e amor, é importante proporcionar encontros/actividades onde todos estão presentes tornando este projecto num projecto vivo dentro da comunidade/ilha. Este projecto não é uma necessidade, mas sim uma continuidade de tudo o que já se fez e viveu, sempre de forma muito criativa. Os momentos que se vivem são ricos, de afecto e de uma aprendizagem recíproca.

T.I. - Quem são os grandes mentores deste projecto?

R.L. - Os mentores deste projecto são todos os participantes, pais, avós, crianças que querem partilhar, conviver num ambiente agradável. Fazemos também parcerias com a Câmara Municipal da Horta, Junta de Freguesia e Casa do Povo da Praia do Almoxarife, Escola Básica Integrada da Horta, APADIF, Instituto de Acção Social, Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, Escola Segura, Filarmónica Unânime Praiense e outras instituições.

T.I. - Quais os seus objectivos?

Os objectivos são: conhecer a família do grupo de crianças; promover a partilha das experiências; alertar para um maior envolvimento das famílias na vida da escola; estimular valores como o respeito, a amizade e a solidariedade; conhecer os Jogos dos Avós; participar em épocas festivas em comum; proporcionar uma viagem de avião; apresentar às outras escolas do Faial, o nosso Projecto; conhecer outro meio/outra cultura; dar a conhecer à comunidade educativa as actividades desenvolvidas e realizar uma visita de estudo a S. Miguel;

T.I. - Estão programadas diversas actividades: À Descoberta da Família; o Natal dos nossos heróis; a Festa de Santo Cristo; etc... como foi estruturado este programa?

R.L. - Este plano de actividades foi elaborado com as sugestões de todos os participantes e posteriormente seguiu vias hierárquicas para ser aprovado pelos órgãos de gestão.

T.I. - Que áreas pretendem focar?

R.L. - Nós desenvolvemos este projecto tendo em conta as Orientações Curriculares e as áreas de conteúdo.

T.I. - Qual o público alvo? Somente os alunos e os pais ou pretendem uma abertura à comunidade?

R. L. - O nosso Projecto procura dar a conhecer o nosso trabalho intergeracional e uma escola aberta e participativa, onde existem vários intervenientes e parceiros educativos. Nós à semelhança do ano lectivo transacto, queremos dar a conhecer o nosso projecto, ao Faial, a S. Miguel e ao mundo.


Grande Prémio dos Açores de Motocross

Marco Garcia revalida o título

Marco Garcia revalidou o título de campeão regional de motocross pela décima segunda vez, sendo este um título conquistado pela nova vez consecutiva.

A prova realizou-se domingo no novo Circuito Açoriano de Motocross no sítio do Cascalho, freguesia dos Cedros, e contou com uma moldura humana muito grande.

Ao todo foram 36 os pilotos inscritos, mas somente 30 terminaram esta prova que consagrou, novamente, Marco Garcia.

O piloto do Faial era favorito e fez valer a sua posição, ao proporcionar a todos os presentes um excelente espectáculo, com ultrapassagens no ar, saltos acrobáticos e um andamento muito regular.

Nos Iniciados, Fábio Maricato sagrou-se campeão nacional, uma prova igualmente disputada, com Bruno Serra, açoriano, a lutar pelos lugares cimeiros e a conseguir um auspicioso terceiro lugar.

As classificações foram as seguintes:

Classe elite:

1.º Marco Garcia - KTM

2.º - Nelson Ventura - Honda

3.º - Mário Sousa - Kawasaki

4.º - Nelson Escobar - Yamaha

5.º - Vítor Silveira - Honda

6.º - José Cipriano - KTM

7.º - Ruben Figueiredo - Yamaha

8.º - João Costa - KTM

9.º - Vítor Freitas - KTM

10.º - Luis Santos - Yamaha

11.º - Bruno Azevedo - KTM

12.º - Bobby Machado - Kawasaki

13.º - Dinis Faria - Yamaha

14.º - Fábio Mendes - Yamaha

15.º - Luis Mendonça - KTM

16.º - Diogo Andrade - Suzuki

17.º - Valdemar Andrade - Honda

18.º - Eusébio Silveira - KTM

19.º - Emanuel Garcia - Suzuki

20.º - Ricardo Santos - Suzuki

Classe iniciados:

1.º - Fábio Maricato - KTM

2.º - Jorge Maricato - KTM

3.º - Bruno Serra - Yamaha

4.º - Diogo Graça - KTM

5.º - Ruben Luís - Suzuki

6.º - Álvaro Gonçalves - Suzuki

7.º - Ricardo Santos - Honda

8.º - Gil Marques - Honda

9.º - João Ponte - Honda

10.º - Miguel Rodrigues - Honda


Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres

Colóquio “Violência no namoro: família e relações afectivas”

No âmbito das comemorações do Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher, que se celebrou esta quarta-feira, a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta e o Comando da Polícia de Segurança Pública da Horta, organizaram um colóquio denominado “Violência no namoro: família e relações afectivas”.

Este colóquio decorreu na Escola Profissional da Horta e, pretendia obter uma visão global da problemática da violência nas relações de intimidade, através da perspectiva e abordagem de diferentes instituições, tendo em vista despertar consciências para este flagelo social e aperfeiçoar mecanismos de interacção entre as mesmas, tendo por objecto, uma oferta de um serviço adequado à vitima/cidadão.

O programa do colóquio era vasto e abrangia a apresentação de uma peça de teatro, intitulada de “Um amor assim valia tudo”, com direcção e realização da UMAR Açores.

Carla Mourão, psicóloga da UMAR do Faial, explicou a este semanário que “esta problemática tem vindo a ser abordada, sobretudo neste último ano, porque é um forte indicador de futura violência conjugal, ou seja, quando há violência doméstica, quer numa relação de união de facto, quer num casamento, previamente houve no namoro.”

De acordo com a profissional da UMAR, “não recebemos nenhuma vitima de violência no namoro, o que tem acontecido é que, ao tratarmos casos de violência doméstica e conjugal, constatamos que, na retrospectiva que é feita à sua relação, muitas vezes já havia violência durante o namoro.”

No que concerne às palestras, de manhã, a psicóloga da Escola Profissional da Horta, Ana Luísa, falou dos “Primeiros sinais de violência no namoro”. A professora Fernanda Ângelo trouxe à discussão o tema “Sementeiras de violência em jardins de liberdade: causas e efeitos.”

Ana Félix, psicóloga da Escola Secundária, abordou a “Família e violência no namoro”, enquanto o Comissário Carlos Ferreira falou da “Violência no namoro: Uma perspectiva policial”.

Sobre esta temática, o responsável policial disse ao Tribuna das Ilhas que “a visão da PSP é de que a violência no namoro é um fenómeno a que se assiste hoje na nossa sociedade e em concreto na sociedade faialense. Era um fenómeno que até há um ou dois anos atrás não tinha grande visibilidade, mas, na sequência de um estudo realizado pela Universidade do Minho que veio revelar que jovens entre os 15 e os 25 anos de idade eram vítimas de violência no namoro, ganhou uma visibilidade crescente e deu origem a uma campanha oficial.”

“As situações de recurso à PSP por violência no namoro são ainda residuais no Faial” – avança Carlos Ferreira, que “já existem algumas situações detectadas, temos alguns inquéritos preliminares em curso, mas comparativamente com os dados globais de violência doméstica, a violência no namoro tem números ainda muito residuais”.

Na opinião do Comissário, “as e os adolescentes, bem como a família e os amigos das vítimas de violência no namoro, não tinham a noção da gravidade do problema. Por outro lado, as entidades oficiais não estavam muito sensibilizadas para esta problemática.”

De tarde os trabalhos deste colóquio tiveram início com a apresentação de um testemunho de uma situação de violência nas relações afectivas, da responsabilidade da UMAR. Carla Mourão, psicóloga da instituição falou sobre “Os afectos no ciclo da violência”.

Existe violência quando, numa relação amorosa, um exerce poder e controlo sobre o outro, com o objectivo de obter o que deseja.
A violência nas relações amorosas surge quando os rapazes pensam que têm o direito de decidir determinadas coisas pela namorada; o respeito impõe-se e o ser masculino é ser agressivo e usa a força. Ainda neste sentido, as raparigas acreditam que as crises de ciúme e o sentimento de posse do namorado significam que ele a ama e que são responsáveis pelos problemas da relação. Outra das questões abordadas e que são muitas vezes ponderadas pelas raparigas prende-se com o facto de não poderem recusar ter relações sexuais sempre e quando o namorado o deseja.
A violência não conhece fronteiras de estratos sociais, faixas etárias, religiões, etnias, etc, e ocorre em todos os casais, quer sejam heterossexuais ou homossexuais.
Decidir viver uma relação amorosa não violenta requer saber identificar os sinais de uma relação violenta. E os sinais são, por vezes, imperceptíveis na primeira instância e só com o longo do tempo é que há uma consciencialização. Alguns indícios passam por: beliscões, empurrões, arranhões, um dar de ordens ou toma de decisões sem consultar o outro.

Para além disso, não valorizar as opiniões; ser ciumento e possessivo, não querer que o namorado/a conviva com amigas e amigos; controlar todos os movimentos (perguntar constantemente onde esteve e com quem); humilhar em frente aos amigos e amigas; culpar o outro pelos comportamentos violentos e pressionar para terem relações sexuais, para terem relações sexuais não protegidas ou práticas sexuais não desejadas, são sinais claros de violência no namoro.
Normalmente a violência não é uma constante na relação, acontece ocasionalmente, e após o episódio de violência existe a chamada fase de “lua-de-mel”. Nesta fase o agressor procura desculpabilizar-se e desresponsabilizar-se, pedindo desculpa, oferecendo presentes e prometendo que a violência não voltará a acontecer.
As razões pelas quais as jovens mantêm uma relação de namoro violenta são várias, entre as quais o gostar realmente do namorado, querer que a violência acabe e não o namoro, e acreditar que poderá mudá-lo e a pressão do grupo.

A vergonha e o medo continuam ainda a ser os principais motores de uma relação deste género. Segundo Carla Mourão, “as adolescentes não se dirigem à UMAR a falar sobre a sua relação de namoro, por vergonha, porque pensam, muitas vezes, que é normal, quando estão numa relação o namorado ter direitos sobre elas…”

Carla Mourão é de opinião que “existem muitos casos camuflados. Pode não haver uma violência física, mas há o controle, a possessividade, a violência psicológica e portanto acredito sim que já está instalada”.
A violência no namoro tem consequências graves em termos de saúde física e mental para a jovem, tais como perda de apetite e emagrecimento excessivo; nódoas negras; nervosismo; tristeza; baixa auto-estima; depressão; isolamento; gravidez indesejada; doenças sexualmente transmissíveis; baixa dos rendimentos escolares ou abandono escolar e, em muitos casos, suicídio.

A UMAR deixa um conselho a todos as jovens que são vítimas de violência por parte dos namorados, “as jovens tem sempre o nosso apoio e podem sempre dirigir-se à UMAR. Se não se sentirem preparadas para nos abordar, tenham sempre, e acima de tudo, respeito por si próprias. Se estão numa situação destas falem com um adulto e peçam ajuda, mas, por favor, nunca fiquem numa situação destas”.

ABC vence Sporting da Horta

O ABC veio aos Açores bater o Sp. Horta por 27-23, juntando-se assim na liderança a FC Porto e Belenenses.

No outro encontro de sábado referente à 8.ª jornada da Liga, o Águas Santas recebeu e venceu o São Bernardo por 28-26.

A ronda, que tinha já três resultados conhecidos, completa-se este domingo com a realização do Madeira SAD-Sporting.

8.ª jornada

Águas Santas - São Bernardo, 28-26

Sp. Horta - ABC, 23-27

Benfica - Fafe, 34-25

FC Porto - Marítimo, 37-17

Xico - Belenenses, 25-30

Madeira SAD - Sporting, domingo

Classificação

1. FC Porto, 20 pontos / 8 jogos

2. Belenenses, 20 / 8

3. ABC, 20 / 8

4. Benfica, 19 / 8

5. Madeira SAD, 17 / 8

6. Xico, 17 / 8

7. Sp. Horta, 17 / 9

8. Águas Santas, 16 / 8

9. Sporting, 16 / 7

10. S. Bernardo, 14 / 8

11. Fafe, 8 / 8

12. Marítimo, 8 / 8

9.ª jornada (28 Novembro)

Fafe - Madeira SAD

Sporting - Sp. Horta

Marítimo - Benfica

ABC - Xico

São Bernardo - FC Porto

Belenenses - Águas Santas

Acção de formação para treinadores

A Associação de Basquetebol das Ilhas do Faial e Pico organiza uma acção de formação para treinadores de basquetebol, intitulada "Jogo por Conceitos", que se realizará no dia 28 de Novembro de 2009, às 11h30, no pavilhão do Fayal Sport Club, ministrada pela Treinadora Gracinda Andrade.

"Jogo por Conceitos” pretende ensinar o jogo através das “leituras” ofensivas e defensivas: ensinar o jogador a ter a capacidade de ler a defesa e o ataque e agir de acordo com as atitudes comportamentais do atacante e/ou do defensor; promover junto dos jogadores a escolha de uma opção, de acordo com as atitudes defensivas e promover a atitude ofensiva de todos os jogadores.

Esta acção de formação terá uma componente teoria e outra prática, sendo que nesta última contará com a presença de atletas de basquetebol do Fayal Sport Club.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CCIH em festa

Comerciantes da ilha do Faial assinalam aniversário e querem vencer a crise

Maria José Silva

Marla Pinheiro

A história da Câmara do Comércio e Indústria da Horta remonta a 9 de Novembro de 1893, data do alvará que aprovou os estatutos da Associação Comercial da Horta, sua antecessora directa.

Obrigada durante o Estado Novo a mudar o seu nome para Grémio do Comércio da Horta – situação que persistiria até Março de 1977 –, a primitiva associação acabou por adoptar a actual designação somente em Janeiro de 1980.

Instituição de Utilidade Pública e Membro Honorário da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial, a Câmara do Comércio e Indústria da Horta é actualmente presidida por Ângelo Duarte e representa os comerciantes, industriais, importadores e exportadores das ilhas do Faial, Pico, Flores e Corvo.

Apesar da crise económica que se faz sentir, os comerciantes faialenses assinalaram o seu 116.º aniversário, momento que consideram também de reflexão sobre o futuro da recuperação do mercado, desejada para os tempos mais imediatos.

Ângelo Duarte, no seu discurso de aniversário congratulou-se pelo dinamismo associativo e empresarial existente nos sete concelhos da área de abrangência da CCIH.

“Há mais de cem anos, empresários uniram-se na defesa de interesses comuns, e, de geração em geração, até hoje, de maneira diferente mas com os mesmos objectivos” – sublinhou o presidente dos comerciantes que prosseguiu dizendo que “as minhas palavras são de estímulo para que possamos combater os tempos difíceis”.

Os industriais e comerciantes do Faial elegeram cinco mesas sectoriais, envolvendo 35 pessoas num próximo mandato, numa altura em que procuram soluções para a recuperação económico-financeira do sector:

MESA SECTORIAL DO COMÉRCIO E SERVIÇOS

PRESIDENTE:

- Mário & Paulo Silva, Filhos de José Maria da Silva, Lda. – Representada por Mário Jorge Dutra da Silva.

VOGAIS:

- Dorinda Porto Soares Silva – Representada por Paulo Silva.

- Atrans – Agência de Transportes Marítimos, Lda. – Representada por José Pedro da Silva.

- Jopesil – José Pedro da Silva e Filhos Lda. – Representada por Vítor Silva.

- Freitas Braga & Braga, Lda. (Flores) – Representada por William Braga

- Hortasuper – Com. e Representações, Lda. – Representada por Ivone Faria.

- Carlos Manuel Pereira Medeiros (Pico) – Representada por Manuela Pereira

MESA SECTORIAL DA CONSTRUÇÃO CIVIL

PRESIDENTE:

- Monte Carneiro construções, Lda. – Representada por António Dias.

VOGAIS:

- Luís Vieira da Silva, Engenharia Civil, Lda. – Representada por Eng.º Luís Silva.

- Construções Varadouro, Lda. – Representada por Evaristo Brum.

- Daniel Arruda, Lda. – Representada por Daniel Arruda.

- Largo das Cores, Tintas e Acabamentos Unipessoal, Lda. – Representada por Arq. Paulo Taveira.

- Barbasconstrói, Soc. Construção do Pico, Lda. – Representada por Cremildo Marques.

- Soc. de Construções Lucino Lima, Lda. (das Flores) – Representada por Lucino Lima.

MESA SECTORIAL DA INDÚSTRIA

PRESIDENTE:

- Transportes Marco & Silva, Lda. – Representada por António Manuel Silva.

VOGAIS:

- Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial, CRL – Representada por José Agostinho.

- Padaria Popular de José Armando da Silva Luís, Lda. – Representada por José Armando.

- SMF Serração de Madeiras, Lda. – Representada por Gabriel Silva.

- João Martins da Silva – Representada por Nuno Silva.

- Castanheira Soares, Lda (Flores) – Representada por Álvaro Silva.

- José António Neves da Rosa (Pico) – Representada por José Fernando.

MESA SECTORIAL DE OFICINAS E ABASTECIMENTO

PRESIDENTE:

- Costa & Martins, Lda. – Representada por Tomás Duarte.

VOGAIS:

- 292, Comércio Automóvel, Lda. – Representada por Mário Soares.

- Teófilo, S.A. – Representada por Carlos Goulart

- Auto Branco Reparações (Pico) – Representada por José Branco.

- Agrocomb (Pico) – Representada por Tomás Cardoso.

- Carlos A. G. da Silva & Filho, Lda. (Pico) – Representada por Carlos Silva.

- João Germano de Deus & Filho, Lda. – Representada por André Rodas.

MESA SECTORIAL DO TURISMO

PRESIDENTE:

- Casa D` Àvilas – Representada por Filipe Ávila.

VOGAIS:

- Manuel Furtado da Silva, Lda. – Representada por Ilídio Silva.

- Top Atlântico DMC Viagens e Turismo, SA – Representada por Cilisia Silveira.

- Aldina Matos e Filhos, Lda. (Pico) – Representada por Jaime Matos.

- Hortacetáceos – Representada por Pedro Filipe.

- Servi-Flor, Lda. (Flores) – Representada por José Medina

- José H. G. Azevedo, Soc. Unip. Lda, – Representada por José Azevedo.

Vitrinismo e Arte Floral

Para assinalar o seu 116.º aniversário, a CCIH trouxe ao Faial Fernando Ferreira, que, no passado sábado, transmitiu aos comerciantes locais um breve seminário sobre vitrinismo, seguindo-se uma demonstração de Arte Floral, área em que, de resto, tem colaborado desde há longos anos com os empresários locais. Essa longa colaboração de 25 anos valeu-lhe uma homenagem especial da CCIH, num jantar que decorreu também no sábado.

Com o concurso do Dia das Montras à porta e perante uma plateia cheia, Fernando Ferreira deu algumas sugestões aos comerciantes locais sobre como tornar as suas montras mais aliciantes ao público.

De seguida, Fernando Ferreira passou à área em que os faialenses melhor conhecem o seu trabalho, ou seja, a Arte Floral.

Em conversa com o Tribuna das Ilhas, o presidente da CCIH realçou a pertinência desta formação em vitrinismo: “o vitrinismo está muito relacionado com o marketing, e cada vez mais saber expor para motivar a compra é uma ciência”, refere Ângelo Duarte. Tirando partido do facto da CCIH ser neste momento uma entidade credenciada para a formação, Ângelo Duarte explica que o objectivo desta sessão foi “sensibilizar os empresários do comércio local para a importância da criação das montras”. Nesta área, entende que ainda há muito a fazer, por isso a CCIH pretende organizar acções de formação na área do vitrinismo no próximo ano. A ideia é apoiar os comerciantes locais “contribuindo para melhorar a apresentação do produto, não só no próprio espaço da montra mas também mesmo no interior da loja”, adianta Ângelo Duarte.

Seminário sobre energias renováveis

O Governo dos Açores quer que a contribuição das energias renováveis na produção de energia eléctrica no arquipélago passe dos actuais 28 para 75 por cento em 2018.

A informação é do director regional de Energia e foi avançada segunda-feira à noite, no Faial, durante a cerimónia do 116.º aniversário da Câmara do Comércio e Indústria da Horta, onde Cabral Vieira apresentou uma comunicação subordinada ao tema “A Caminho de um Sistema de Energia Sustentável”.

Actualmente, 87 por cento da energia primária produzida nos Açores depende do petróleo, enquanto os restantes 13 por cento – e somente na electricidade – provêm das energias renováveis, adiantou o director regional de Energia.

Pela primeira vez nos Açores, em 2007 houve um recuo do peso da energia de origem fóssil na produção de electricidade graças à entrada em funcionamento da central geotérmica do Pico Vermelho, em S. Miguel.

Segundo explicou Cabral Vieira, a estratégia do Governo passa por conseguir uma maior eficiência energética nas ilhas e maximizar o aproveitamento das energias renováveis na produção de electricidade.

A certificação energética dos imóveis e equipamentos, que passa a ser obrigatória já em 2010 nos Açores, o recurso à tarifa bi-horária e a futura introdução de contadores inteligentes foram algumas das medidas apontadas como capazes de promover a eficiência energética.

Cabral Vieira defendeu ainda a necessidade de criar nas ilhas competências na área das energias renováveis, razão pela qual só na Universidade dos Açores existem 18 equipas com cerca de 70 investigadores a trabalharem nesse sentido.

Como medidas de curto prazo, anunciou a próxima alteração da legislação relativa à organização e funcionamento do sector eléctrico e das energias renováveis, a revisão do PROENERGIA, cujo diploma já está em apreciação no Parlamento, e a criação recente do sistema de registo de microgeração, que permite que o cliente da EDA possa ser também seu fornecedor.

Quanto à alteração do PROENERGIA, o director regional disse que o objectivo visa a redução do limite do investimento mínimo exigido às empresas, a alteração do limite máximo do apoio e a remoção do limite de venda à rede pública de excedentes de electricidade produzida para auto-consumo.

No âmbito deste programa, são susceptíveis de apoio os projectos destinados essencialmente ao consumo promovidos por pequenas e médias empresam, cooperativas, associações sem fins lucrativos, pessoas singulares e condomínios.
Ângelo Duarte, presidente da Câmara do Comércio, diz que
o grande objectivo deste seminário, foi trazer até nós cada vez mais o interesse pela área. Foi essencialmente informativo e vemos uma grande necessidade de termos empresas no concelho da Horta e em toda a nossa área de intervenção para a comercialização deste tipo de produtos. É mais uma oportunidade de negócio na área das energias.”

São Miguel e Terceira têm já várias empresas na área, e o Pico e São Jorge também têm uma empresa. No Faial existe apenas uma empresa mas que ainda não possui o volume de negócios desejável.

De acordo com Ângelo Duarte, “seria bom termos mais empresas, com novos produtos. A SRAM está interessada em encontrar no Faial uma empresa para gestão de resíduos sólidos.”