Seminário Interactivo sobre a Dádiva de Sangue

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Uma gota de sangue é uma esperança de vida…

Numa iniciativa do Núcleo da Horta do Grupo de Dadores de Sangue dos Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos, e no âmbito das comemorações do seu 25.º aniversário, com o apoio da Delegação dos Açores da Federação das Associações de Dadores de Sangue de Portugal (FAS), vai estar no Faial, de 11 a 13 de Abril, um grupo de trabalho para promover um Seminário Interactivo sobre a Dádiva de Sangue.
Para além disso, de acordo com uma nota de imprensa distribuída pela comunicação social, durante este período vão ser iniciados os trabalhos de arranque para a constituição de uma Associação de Dadores de Sangue que abranja a área de intervenção do Hospital da Horta.
O grupo de trabalho que vai estar no Faial é constituído por Joaquim Moreira Alves, presidente da FAS, dirigente da Federação Internacional das Organizações de Dadores de Sangue e autor do livro “Dádiva do Sangue – generosidade de muitos… oportunismo de alguns…”. Integra também Franco Henriques, formador de formadores em técnicas de comunicação e Costa Andrade, membro do conselho fiscal da FAS e coordenador do Núcleo do Porto de Dadores de Sangue dos Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos. Estará também na Horta Carlos Coelho, dirigente da Associação de Dadores de Sangue da Ilha Terceira e representante da FAS para os Açores.
Para além da formação que decorrerá amanhã na sede da Sociedade Filarmónica Unânime Praiense, hoje haverá uma Assembleia-Geral de Dadores com o intuito de se lançarem as bases para a fundação da já referida: a Associação de Dadores de Sangue da Área do Hospital da Horta. Ainda hoje decorre uma acção de sensibilização junto de alunos da Escola Secundária.
No dia 13 haverá uma colheita de sangue a favor do Hospital da Horta, das 09h e as 13h, no auditório da Caixa Geral de Depósitos.

Quem pode ser dador?
Se tem mais de 18 anos, pesa um pouco mais de 50 Kg e se considera responsável pelos seus actos, já possui parte das qualificações para ser dador benévolo de sangue.
Para completar o seu curriculum de candidato deve ter a certeza que tem um estilo de vida que não o coloca em risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis.

Como se processa a dádiva?
Dar sangue não é difícil e não dói por aí além. Milhões de pessoas dão sangue em todo o mundo, e repetem a experiência.
Não se apanham doenças a dar sangue, não se emagrece nem se engorda. Se decidiu ser dador aqui tem os passos para uma dádiva:
1- Leitura de um folheto com informação diversa sobre a dádiva de sangue, o que permite auto-excluir-se e abandonar o Serviço sem ter que dizer nada a ninguém.
2- Inscrição na secretaria de dadores.
3- Consulta médica com exame clínico e entrevista. Esclarecimento de qualquer dúvida. Doseamento do valor da hemoglobina para despiste de anemias.
4- Na sala de colheitas, o enfermeiro procede à recolha de 450ml de sangue total em aproximadamente 7 minutos.
5- O dador é convidado a decidir através de um sistema de auto-exclusão confidencial se o sangue doado deve ou não ser utilizado. Se suspeita que esteve ou está em situação de contrair doenças sexualmente transmissíveis e só confidencialmente seja capaz de o assumir, não hesite em utilizar o sistema confidencial de auto-exclusão.

Que análises são feitas?
Todas as colheitas são analisadas por técnicos especializados.
As análises que obrigatoriamente se efectuam abrangem o rastreio de doenças como a SIDA, diversas formas de hepatite, doenças venéreas como a Sífilis e o despiste de um vírus raro, o HTLV I/II.
São ainda determinados os grupos sanguíneos, uma característica comum do sangue.
Existem grupos do tipo "A", "B", "O", "AB", com Rh(D) positivo ou negativo.

O que se obtém com uma dádiva?
Após uma colheita normal (450ml), o sangue é separado em vários componentes: glóbulos vermelhos, plaquetas e plasma.
O plasma pode ainda ser separado em vários componentes com recurso a unidades industriais.

Transfusão autologa, o que é?
Sempre que possível e em cirurgias programadas, o doente é convidado a ser o seu próprio dador de sangue. A unidade ou unidades colhidas são posteriormente utilizadas durante a cirurgia.

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