Visita do presidente da Cáritas ao Capelo **** Professor Eugénio Fonseca fala da missão de voluntariado e solidariedade

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008


“Para se ser solidário, às vezes basta uma palavra, uma carícia, o chamar pelo nome, o dar o ombro, ou mesmo o silêncio.”

No passado dia 27 de Janeiro esteve de visita à ilha do Faial o professor Eugénio da Fonseca, presidente da Cáritas Diocesana Portuguesa.
A sua visita deveu-se, fundamentalmente, à sua participação no Fórum pela Paz que decorreu na Escola Secundária, e no qual interveio com a conferência intitulada “Globalizar a paz: construir um mundo mais justo”.
Paralelamente deslocou-se à freguesia do Capelo, onde reuniu com os vários núcleos da ilha, bem como do Pico.
Cerca de 50 pessoas assistiram à palestra no Polivalente do Capelo, que abordou temas como a solidariedade, a ajuda humanitária entre outros.
Tribuna das Ilhas conversou com Luís Paulo Garcia, presidente da Junta de Freguesia do Capelo, a propósito dessa visita e da sua importância para a realidade faialense.
“Não quisemos deixar passar em branco a vinda ao Faial do Professor Eugénio Fonseca, atendendo a que se trata de um homem que muito tem feito pelos outros, nomeadamente através do seu trabalho na Cáritas” – frisa Luís Garcia.
Instado a pronunciar-se sobre a importância que esta conferência poderá ter na sociedade, Luís Garcia diz que “isto vem reforçar todo o trabalho que a Cáritas do Faial tem vindo a fazer no sentido de procurar ajudar aqueles que precisam, de forma a melhorar a qualidade de vida das pessoas”.
Sobre a situação do Capelo em particular, este autarca diz que “felizmente não existem muitas pessoas a precisar da nossa ajuda, mas as que existem têm que ser ajudadas, inseridas na sociedade através de oportunidades de emprego entre outras”.

A Cáritas
A Cáritas é “uma instância oficial da Igreja para a promoção da sua acção social” (Conferência Episcopal Portuguesa, 1997, Instrução Pastoral). A Cáritas Portuguesa é a federação nacional das 20 Cáritas Diocesanas distribuídas pelo território continental e regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Em conjunto, regem-se pela doutrina social da Igreja e orientam a sua acção de acordo com os imperativos da solidariedade, dando resposta às situações mais graves de pobreza, exclusão social e situações de emergência em resultado de catástrofes naturais ou calamidade pública.
A Cáritas tem como objectivos a assistência em situações de emergência ou dependência, a promoção da autonomia e do desenvolvimento integral de cada ser humano e a transformação nos domínios sociais e ambientais de acordo com os valores da ética cristã. Intervém na implementação de programas de apoio materno-infantil, infanto-juvenil, terceira idade, mulheres vítimas de violência doméstica bem como na luta contra a exclusão social, em especial no apoio às minorias étnicas, comunidades de imigrantes e suas famílias, toxicodependentes, seropositivos e alcoólicos.

Caritas dos Açores
A Cáritas dos Açores foi fundada em 1956, com sede em Angra do Heroísmo e delegações em Ponta Delgada e Horta.
Nos primeiros 20 anos da sua fundação colaborou sobretudo na distribuição de géneros alimentícios e roupas por instituições, escolas e famílias carentes. Neste aspecto assistencial, teve um papel notável por ocasião da erupção submarina do vulcão dos Capelinhos (Faial 1957), da crise sísmica de S. Jorge (1964) e da crise sísmica das ilhas Pico e Faial (1973).
Na década de 70, deu início a actividades de natureza promocional e de desenvolvimento com a fundação de uma biblioteca, com a atribuição de bolsas de estudo, com a organização de um serviço de apoio aos candidatos açorianos à emigração, com uma escola de adultos, um centro de explicações e um posto de socorros.
Após o sismo de 1980 que atingiu as ilhas Terceira, S. Jorge e Graciosa, desenvolveu e geriu vários programas de apoio aos mais atingidos: Programa de Emergência, Programa de Apoio à Actividade Económica Familiar, Programa de Apoio à Auto-Construção, Programa de Apoio à Construção de Habitação para Idosos dos Meios Rurais, um Centro para Idosos, Programa de Apoio à Construção de Instalações para Infância e Juventude Desviadas e um Jardim de Infância.
Em meados dos anos 80, a Cáritas dos Açores foi-se organizando em outras ilhas, passando a ter cada vez mais impacto na região, nomeadamente através da organização de actividades de promoção, de formação profissional, acções de sensibilização, denunciando graves situações de injustiça e de violação dos direitos humanos. Criou um Centro de Apoio Familiar, um Centro de Promoção da Infância, uma Creche e Jardim-de-infância, uma Associação de Pais e Amigos de Crianças Deficientes e desenvolveu um Projecto de prevenção primária da toxicodependência.
Nos anos 90, celebrou Acordos de Cooperação que resultaram na criação de 2 Centros de Acolhimento, um Lar de Transição, um Centro de Actividades de Tempos Livres e um albergue "O Amigo", aderindo igualmente a iniciativas comunitárias.
Contribuiu também com ajudas financeiras e bens de primeira necessidade para as vítimas das derrocadas, provocadas pelas cheias em S. Miguel em 1997, por ocasião da crise sísmica que atingiu as ilhas Faial, Pico e S. Jorge em 1998, tendo organizado em 1999 uma campanha de ajuda humanitária para com o povo de Timor, denominada "Dos Açores Para Timor".
A 26 de Março de 2002 a Cáritas Diocesana dos Açores passa a ser a união de Cáritas de Ilha da Diocese de Angra.
Actualmente, para além de todas estas actividades, continua a desenvolver acções no sentido do acolhimento e atendimento das pessoas; mantém a sua vertente assistencial, distribuindo anualmente milhares de roupas, mobílias e utensílios domésticos; continua a apoiar o restauro de habitações e continua a promover campanhas de recolha e peditórios.
De referir, a sua acção em favor dos retornados de Angola, no auxílio prestado às suas congéneres de S. Tomé e Príncipe, no terramoto da Arménia, na guerra e na fome nos países africanos de expressão portuguesa, na guerra na Jugoslávia e aos refugiados de Moçambique.
Desde Setembro de 2003, a Cáritas dos Açores é presidida pela Engenheira Anabela Rafael Borba


EUGÉNIO FONSECA, PRESIDENTE DA CARITAS
Eugénio Fonseca é professor de Educação Moral e Religiosa Católica e está há três mandato à frente dos destinos da Caritas no nosso país. 48 anos, casado, dois filhos, Eugénio Fonseca, que é também dirigente da CNIS, nasceu em Setúbal.
O Professor Eugénio Fonseca, outro palestrante, foi condecorado pelo presidente da República, no dia 10 de Junho, Dia de Portugal, mais de trinta pessoas, entre as quais estava o Presidente – Adjunto da CNIS e Presidente da Caritas Portuguesa, Eugénio José da Cruz Fonseca (Grande Oficial da Ordem de Mérito).

Sorteio da 2.ª fase da Série Açores

Realizou-se esta tarde na sede da Federação Portuguesa de Futebol o sorteio para a 2ªfase do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão da Série Açores.
O Fayal Sport terminou a 1.ª fase da prova em 9.º lugar com 16 pontos, o que possibilitou a equipa verde de disputar o Grupo B da Série Açores, tendo como adversários as equipas do Boavista de São Mateus, Santiago, Marítimo da Graciosa e Juventude Lajense.
Esta 2.ª fase inicia-se no dia 2 de Março, com o Fayal Sport a jogar na ilha da Terceira frente ao Juventude Lajense, actual último classificado com 5 pontos.

Calendário Grupo B (primeira volta):

1.ª jornada (02/03/08)
Santiago – Marítimo da Graciosa
Juventude Lajense – Fayal Sport
Folga: Boavista de São Mateus

2.ª jornada (09/03/08)
Fayal Sport – Santiago
Boavista de São Mateus – Juventude Lajense
Folga: Marítimo da Graciosa

3.ª jornada (16/03/08)
Marítimo da Graciosa – Fayal Sport
Santiago – Boavista de São Mateus
Folga: Juventude Lajense

4.ª jornada (30/03/08)
Boavista de São Mateus – Marítimo da Graciosa
Juventude Lajense – Santiago
Folga: Fayal Sport

5.ª jornada (06/04/08)
Fayal Sport – Boavista de São Mateus
Marítimo da Graciosa – Juventude Lajense
Folga: Santiago

PRORURAL disponibiliza 274 milhões de euros

O programa comunitário PRORURAL está dotado com uma verba superior a 274 milhões de euros, destinada ao apoio a todas as vertentes da agro-pecuária e ao desenvolvimento rural açorianos, no período compreendido entre 2007 e 2013. O anúncio foi feito, em Angra do Heroísmo, pelo secretário regional da Agricultura e Florestas, Noé Rodrigues, que presidiu à primeira reunião de acompanhamento daquele programa. O governante salientou que, para além de o montante disponível ser superior ao utilizado no anterior Quadro Comunitário de Apoio, vai apoiar muito mais “a modernização das explorações e a criação de produtos com maiores mais-valias”, uma vez que no quadro anterior muitas das verbas foram aplicadas em infra-estruturas fundamentais, como as redes de abate e de transformação, o que, naturalmente, já não vai acontecer agora.Ou seja, os apoios vão ser mais direccionados para “a qualificação da agricultura açoriana ao nível dos seus vários agentes e protagonistas e para a criação de uma maior capacidade de acesso aos mercados”, explicou.Noé Rodrigues disse, também, que o facto de a gestão do programa passar a ser da responsabilidade da Região vai permitir a sua maximização, “desde logo pela relação de proximidade” que permite um mais aprofundado conhecimento dos assuntos e, consequentemente, dar melhores respostas.O Comité de Acompanhamento é composto por representantes de diversos departamentos do Governo Regional, autarquias e associações. As candidaturas serão formalmente abertas dentro de cerca de um mês, mas Noé Rodrigues disse ter conhecimento da existência de “uma boa carteira de projectos” já prontos a formalizar a candidatura aos apoios, o que, segundo disse, confirma “o grande dinamismo da sociedade açoriana e, em particular, da agricultura”, já verificado com iniciativas no quadro de apoio anterior.

Primeiro aquário virtual dos Açores abre no Verão

O primeiro aquário virtual dos Açores, que terá como objectivo dar a conhecer os ecossistemas oceânicos mais emblemáticos desta região do Atlântico, vai ser inaugurado no Faial no próximo Verão.
A informação foi avançada pela secretária regional do Ambiente e do Mar, Ana Paula Marques, na visita que efectuou às obras de construção daquele aquário, que ficará instalado na antiga fábrica velha da baleia, na baía de Porto Pim.
Para a secretária regional, o aquário virtual da Horta, cuja estrutura física custará cerca de 400 mil euros, é um equipamento de interesse não apenas científico mas também lúdico, cultural, pedagógico e turístico.
Segundo explicou, a exibição principal do aquário faialense terá como tema central uma “viagem oceânica no mar dos Açores”, incluindo mergulhos virtuais a quatro campos hidrotermais (Banco D. João de Castro, Menez Gwen, Lucky Strike e Rainbow) e na coluna de água oceânica.
Na primeira parte dessa viagem temática, conduzida por um “guia” que acompanhará um grupo limitado de visitantes por sessão de cerca de 30 minutos, será possível observar o gradiente de profundidade, de exotismo faunístico e de afastamento das costas insulares, enquanto a segunda colocará o visitante no meio das criaturas exóticas que vivem na escuridão absoluta, depois na penumbra das águas intermédias e finalmente nas camadas iluminadas dos horizontes mais superficiais.
A secretária regional lembrou, todavia, que a versatilidade do equipamento a instalar no aquário virtual permitirá também a sua utilização em “actividades alternativas ligadas ao mundo marinho”, como seja o acompanhamento em tempo real, através da Internet, de campanhas oceanográficas.
“É uma inovação interessante”, disse Ana Paula Marques, sublinhando que através destas iniciativas será possível “levar a Ciência ao conhecimento das pessoas”, no sentido de conhecermos melhor os recursos que temos.
A governante lembrou todavia que o aquário virtual é apenas uma das várias peças previstas numa obra mais vasta que visa a requalificação dos espaços exteriores da Praia de Porto Pim, estando já previsto colocar a concurso público, ainda este ano, a empreitada de requalificação da Casa dos Dabney.
Conforme referiu, seguir-se-á, depois, um “volumoso arranjo paisagístico” de toda a zona e, já durante a próxima legislatura, a construção do aquário real, em cujos projectos de arquitectura, especialidade e conteúdos o Governo está já a trabalhar.

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA OCUPAÇÃO DO NINHO DE EMPRESAS

Com a entrada em funcionamento prevista para breve, está já a decorrer a fase de inscrição para atribuição de espaços no futuro ninho de empresas da ilha do Faial, na sede da Adeliaçor, entidade que em parceria com a Câmara Municipal da Horta, levou a efeito a construção deste espaço.
O ninho de empresas localiza-se no Pasteleiro, junto ao edifício sede da Adeliaçor e é constituído por oito gabinetes, destinados a novas empresas e pró-empresas que pretendam desenvolver a sua acção no concelho da Horta, permitindo a minimização de gastos e a maximização da capacidade de invpestimento.
As candidaturas são realizadas em impresso próprio, a fornecer na Adeliaçor, acompanhadas de projecto empresarial e currículo da empresa ou dos seus membros e dos demais documentos legais, que regulam o exercício da actividade. Posteriormente, as candidaturas serão alvo de uma selecção, tendo por base a viabilidade e interesse social do projecto, consoante consta do regulamento do centro de empresas, e avaliadas por um júri constituído por cinco elementos, dos quais se incluem dois representantes da Adeliaçor, dois da Câmara Municipal da Horta e um da Câmara do Comércio e Indústria da Horta.
Findo o processo de selecção, será estabelecido um contrato com as empresas cujas candidaturas tenham sido aprovadas, renovável por um ano, sendo que no decorrer deste tempo, a utilização dos serviços de base far-se-à a custo zero, o que inclui a domicialização da sede social, a utilização do gabinete privativo, o acesso ao espaço, o consumo de electricidade e água, o sistema de segurança com detecção de intrusão e vídeo-vigilância, uso de placa identificativa e a utilização de espaços comuns, tais como sala de espera e instalações sanitárias A partir do segundo ano, as empresas e pró-empresas passarão a pagar uma renda simbólica por estes serviços, que acresce em função da duração temporal da ocupação do espaço.
No ninho de empresas existem ainda serviços opcionais pagos separadamente que consistem em serviço de cópias, encadernação, impressão, digitalização e fax, bem como utilização de sala polivalente, com ou sem equipamento audiovisual.

APROVADOS PLANOS DE PORMENOR DA FETEIRA E PRAIA DO ALMOXARIFE

Os planos de pormenor das freguesias de Feteira e Praia do Almoxarife foram aprovados em reunião da Câmara Municipal da Horta, entrando agora na fase de discussão pública, que culminará com a aprovação dos documentos na Assembleia Municipal da Horta.
Os planos de pormenor são documentos estratégicos para a vida do concelho e reflectem um planeamento do ordenamento do território nessas zonas a pelo menos quinze anos. Possuem, por isso, um carácter inovador, ao orientar os usos e as zonas, bem como os alinhamentos, tipos de material a utilizar nas construções e arranjos paisagísticos.
Para além disso, tratam-se de documentos que prevêem o ordenamento do território numa perspectiva de desenvolvimento, apontando soluções urbanísticas, tais como áreas de construção, equipamentos sociais e colectivos, espaços verdes, vias públicas ou arruamentos, entre outros. No caso da freguesia da Feteira, por exemplo, o Plano de Pormenor enquadra já o futuro multiusos, a construir na zona do Algar.
A sua elaboração resulta, igualmente, de vários momentos de discussão pública e do empenhamento que a Câmara Municipal da Horta depositou nestes documentos, ao disponibilizar recursos e técnicos, no sentido de permitir um maior esclarecimento sobre as soluções agora apresentadas.
A culminar este processo, decorrerá um período de discussão pública, podendo ser consultados pelos munícipes, ambos os planos de pormenor e realizadas várias apreciações que serão dirigidas à Câmara, que as avaliará, no sentido de poderem ou não integrar a versão final do documento.
Os planos de pormenor foram criados após o Sismo de 9 de Julho de 1998 em nove das 13 freguesias da ilha do Faial, consideradas mais afectadas, com o objectivo de definir as áreas de construção, de protecção e as zonas de reserva.
A Câmara Municipal possui ainda a decorrer outros seis planos, bem como o seu Plano de Urbanização, num esforço de programação e de planeamento a pensar no desenvolvimento sustentado do concelho.

136 alunos de oito ilhas participaram no Corta-Mato Escolar

O Parque da Alagoa, na ilha do Faial, acolheu hoje a fase regional do Corta-Mato Escolar, no qual participaram 136 alunos, de ambos os sexos, de todas as ilhas dos Açores, à excepção do Corvo.
A prova, organizada pela Direcção Regional d Desporto, apurou, para a fase nacional, os dois primeiros classificados dos escalões de iniciados e juvenis, em femininos e masculinos.
Foram os seguintes os atletas classificados nos três primeiros lugares:
FEMININOS
Infantis A – 1.000 metros
1.º Sara Goulart (Faial), 5.02.1
2.º Marta Pinheiro (Faial), 5.54.0
3.º Joana Rosa (Faial), 5.58.3

Infantis B – 1.500 metros
1.º Joana Melo (Faial), 7.21.0
2.º Sara Cardigos (Faial), 7.24.7
3.º Nidia Amaral (Faial), 7.53.4

Iniciados – 2.000 metros
1.º Cátia Gouveia (Pico), 8.20.8
2.º Beatriz Porteiro (Faial), 8.28.2
3.º Nádia Cardoso (Faial), 9.04.7

Juvenis – 2.500 metros
1.º Mariana Borges (S. Miguel), 11.11.2
2.º Débora Roque (S. Miguel), 11.11.8
3.º Mónica Brasil (S. Jorge), 11.12.4

MASCULINOS
Infantis A – 1.000 metros
1.º Marlon Martins (Faial), 4.30.1
2.º Alexandre Leitão (Faial), 4.30.8
3.º Adriano Costa (Faial), 4.33.2

Infantis B – 1.500 metros
1.º Manuel Silva (Faial), 5.40.2
2.º Jorge Goulart (Faial), 5.50.4
3.º Fábio Cunha (Faial), 5.51.0

Iniciados – 2.500 metros
1.º André Vargas (Faial), 9.16.3
2.º João Mateus (Pico), 9.23.6
3.º Roberto Brás (Pico), 9.33.2

Juvenis – 3.500 metros
1.º Sérgio Rebelo (S. Miguel), 12.31.4
2.º Reginaldo Pereira (S. Miguel), 12.40.4
3.º Manuel Enes (S. Jorge), 12.41.

Juniores – 3.500 metros
1.º José Baptista (Faial), 12.37.7
2.º Amaro Teixeira (Faial), 13.12.8

XVI Encontro de Professores de Português dos EUA e Canadá

A Associação de Professores de Português dos Estados Unidos da América e Canadá promoverá, em Junho próximo, o seu XVI Encontro nos Açores.
O Encontro de professores realiza-se anualmente numa zona dos Estados Unidos ou do Canadá, já se realizou duas vezes no continente português e duas vezes nos Açores: uma em Ponta Delgada e em 2003 em Angra do Heroísmo.
Em Julho de 2008, entre os dias 19 e 23, a APPEUC promove, com o apoio de várias entidades públicas e privadas, entre elas a Direcção Regional das Comunidades, o XVI Encontro, que terá lugar nas ilhas do triângulo: Faial, S. Jorge e Pico.
Segunda a direcção da Associação, esta é uma oportunidade única para aqueles que ensinam a língua e cultura portuguesas nos EUA e no Canadá, conhecerem três ilhas do arquipélago dos Açores.
A APPEUC aposta na presença de professores de português assim como outros professores de origem portuguesa que estejam a leccionar outras disciplinas. Para a associação é cada vez mais importante que Portugal, e em particular a Região Autónoma dos Açores, seja conhecida pelos profissionais do ensino, os quais têm contacto directo com as novas gerações de luso-descendentes que despontam diariamente nos EUA e no Canadá, e que independentemente da disciplina que leccionam, podem ser fomentadores da herança cultural portuguesa.
A comissão do XVI Encontro é composta por Diniz Borges, presidente da associação; António Oliveira, vice-presidente e Ildeberto Ramalho, presidente da assembleia-geral.
Para além do encontro de professores, a associação está planeando algumas acções de formação, tem uma newsletter electrónica trimestral e acaba de lançar a sua página na Internet www.appeuc.org.

Grupo de Teatro "Nós Outros" apresentou “Um Funeral Anulado”

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008


Integrado na Semana Desportiva e Cultural da freguesia do Salão, subiu ao palco o Grupo de Teatro "Nós Outros", da freguesia da Ribeirinha, com a peça “Um Funeral Anulado”.
De acordo com informações colhidas junto do “O Bote”, a peça apresentada trata-se de um original de Sãozinha Freitas que conta a conta-nos a história de um hilariante mal entendido.
“Ascensão, interpretada por Lúcia Maciel, é uma mulher solitária e desmazelada, que nutre um amor incondicional pelo seu cão, que por sua vez sofreu de uma morte inesperada, sendo atropelado. Baltazar, interpretado por José Manuel, é apaixonado por Ascensão, no entanto esta só têm olhos para o seu cão. Com a morte deste, poderá Baltazar ter uma chance…Dr. Firmino, interpretado por Carlos Correia, é um médico veterinário, que prestará os últimos socorros a Ascensão. Glória, interpretada por Laçalete Lopes, é uma loiraça, a mais amiga pela frente, a mais falsa por trás. É perita em armar confusões e despachar situações. Clara, interpretada por Maria do Carmo, é mulher sem papas na língua. Amiga inseparável de Glória. Perto desta não passa de um pau mandado. Odília e Alvarina, as vizinhas, quando não estão a rezar ocupam-se do alheio. Lúcia, interpretado por Renata, filha de Glória, muito esquisita com a comida, não gosta de nada e tudo engorda. Por fim Anabela, interpretada por Daniela, é filha de Clara, tida por doida, vê mortos vivos.”
O enredo desta peça gira à volta de um mal entendido, em que todos julgam que Ascensão morreu, reflecte o oportunismo que algumas personagens querem tirar da situação.

Praia do Norte expõe os seus problemas à Edilidade

O Executivo camarário visitou na passada semana a freguesia da Praia do Norte, no âmbito do acompanhamento que tem realizado às obras delegadas no concelho e da política de proximidade às populações que tem sido seu apanágio.
Neste ano serão transferidos para a Junta de Freguesia da Praia do Norte 46.660.00 euros de verbas, que visam apoiar não só administrativamente o funcionamento desta autarquia, mas também contribuir para um maior investimento a nível local, por exemplo no melhoramento da zona balnear e de lazer, onde serão investidos 12 mil euros, na conservação e limpeza de bermas, valetas e caminhos onde serão aplicados 9 mil euros ou na reparação e rectificação de muros, com a afectação de 3.750 euros.
Integrado nos projectos comunitários Leader+, a CMH assegurará o pagamento de parte das verbas para o arranjo do Chafariz de Cima.
A correcção de curva na rua da Ponte e o alargamento do caminho da Ermida, na Fajã, realizados em delegação de competências no ano de 2007, foram outras das obras que mereceram a atenção dos autarcas; bem como a zona balnear e de lazer da Fajã da Praia do Norte, onde está a ser equacionada a possibilidade de futuras intervenções de requalificação, tendo igualmente discutido um possível alargamento do Caminho das Adegas e o projecto para a nova célula do aterro sanitário.
Durante a visita à Praia do Norte, os autarcas estiveram no Centro de Convívio de Idosos, que no dia da visita, na segunda-feira passada, teve a sua aula de educação física e deu início aos torneios de sueco no âmbito do Projecto de Animação Desportivo e Cultural, cuja Semana Cultural culmina no próximo dia 24 de Fevereiro.

Juniores do SCH sagraram-se Tri-campeões

Os Juniores do Sporting da Horta revalidaram na passada semana o título de campeões da A.F.H. em Futebol.
Os pupilos de Pedro Serpa receberam e golearam o Madalena por 5-1 e garantiram o título pelo terceiro ano consecutivo.
Com muita gente nas bancadas do Campo da Doca, a vitória começou a desenhar-se bem cedo com um golo do Valdo Rosa. O resultado só voltou a sofrer alterações na segunda parte quando o Fernando Gomes e o Valdo Silva elevaram a vantagem para 3-0.
O Madalena reduziu logo a seguir, mas o Sporting voltou a marcar por mais duas vezes (Pedro Soares e Miuri Martins) colocando o resultado num desnivelado 5-1, que não reflecte a diferença real entre os dois conjuntos, mas que neste jogo foi plenamente justificada.
O Sporting da Horta volta um ano depois a participar no Campeonato Açoriano de Clubes, que se inicia no mês de Março, e em que vai ter os mesmos opositores do ano passado: União Micaelense e Barreiro.

Feira do Mel dos Açores


1.º Fórum Regional de Apicultura

Vai realizar-se, de 13 a 16 de Março, na freguesia do Capelo, a Feira do Mel dos Açores e o 1.º Fórum Regional de Apicultura.
Uma ideia que partiu dos Apicultores do Faial e que, com o apoio da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, ganhou pernas para andar.
Apesar do programa ainda não ter sido apresentado ao público, sabemos que já está confirmada a presença dos terceirenses “Fala Quem Sabe” neste certame. Para além disso, vão ser realizadas visitas de estudo com os alunos das diversas escolas, vão ser montados stands alusivos. As provas de mel e os concursos de fotografia também fazem parte deste evento.
Paralelamente os apicultores reunir-se-ão todos à mesma mesa para discutir problemáticas e partilhar ideias e experiências do sector, num fórum que abordará vários temas, tais como “A sanidade apícola”; “Nova Legislação sobre Extracção e Comercialização do Mel”, “A Comercialização do Mel dos Açores”, entre outros.
O Faial existem entre 15 a 20 apicultores, mas com a inauguração da Central Meleira o cenário muda e as exigências aumentarão.

FSC começou bem mas…


O Fayal Sport começou da melhor forma o jogo do passado fim-de-semana frente ao Angrese.
Volvidos que eram 20 minutos de jogo e já vencia por duas bolas a zero. O primeiro golo foi apontado por Pedro Rodrigues e João Pinhal fez o segundo.
No entanto o Angrense mostrou porque é o líder da tabela e deu baile de futebol nos verdes da Alagoa. Aos 33 minutos Magina inaugurou o marcador prós homens da casa, e volvidos apenas três minutos Carlos Silveira faz o intento do empate.
Depois do interregno de descanso o futebol praticado foi mais leve e foi o líder quem mais precisou, marcando, consequentemente, aos 89 minutos por Magina.

Ficha técnica
Árbitro: Carlos Cardoso (AF Vila Real).
Auxiliares: Paulo Guerra e Adriano Martins.
Angrense: Delmindo; João Silveira (Ivo, 77), Ruben, Ricardo e Nelson; Rui Silveira, Vitória, Márcio e Carlos Silveira (Flávio Gomes, 70); Magina e Tiago
(Gilberto, 90+2).
Treinador: Lino Inocêncio.
Fayal Sport: Luís Freitas; Marco Anselmo (Cádio, 67), Paulo Fraga, Nelson Bettencourt e Luís Rosa; Álvaro Silveira, Orlando, Cris (Tiago Oliveira, 43) e João Pinhal (João Céu, 84); Sandro e Pedro Rodrigues.
Treinador: António Luz.
Ao intervalo: 2-2.
Marcadores: Pedro Rodrigues (2), João Pinhal (18), Magina (33 e 89) e Carlos Silveira (36).
Disciplina: cartão amarelo para Tiago (4), João Silveira (17), Paulo Fraga (19), Sandro (34), Álvaro Silveira (54), Pedro Rodrigues (74) e João Céu (82).

Delegação do Faial da Cruz Vermelha - Regina Santos assume liderança


Tomou posse na passada quarta-feira a nova direcção da Delegação do Faial da Cruz Vermelha Portuguesa.
Regina Santos, Presidente da Delegação do Faial da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), explica que se preocupou muito com a escolha dos restantes seis elementos desta Comissão Administrativa, “para a equipa convidei pessoas imbuídas com o espírito de servir a Cruz Vermelha. Ajudar-me a ajudar. Pessoas com consciência que algo vai mal e sentem a obrigação de tentar resolver e fazer a diferença. Converte-se na diferença daquilo que faz falta. Pessoas que trabalhem.”
Sobre o passado a presidente agora empossada não quis prestar declarações, dizendo que “pretendo olhar apenas para o presente e futuro da instituição e acrescenta que “ já estamos a trabalhar”.
Sobre os objectivos traçados, Regina Santos diz que “inicialmente pretendemos fazer um reconhecimento real da situação da instituição e projectar linhas de acção. Certamente irão haver mudanças, adaptações obrigatórias para implementação do novo Estatuto, aprovado e publicado a 7 de Agosto de 2007, que introduziu alterações no funcionamento da Instituição e, consequentemente, nas respectivas Delegações. O novo Estatuto faz com que a relação de dependência, anteriormente existente, entre Delegações e Núcleos (no nosso caso, entre Angra do Heroísmo e Faial), deixe de existir, passando as 183 estruturas locais da CVP a relacionarem-se, directamente, com a Sede. Surge um órgão, a nível regional – o Delegado Regional – que representa a direcção nacional da CVP, na respectiva área de jurisdição. O Delegado Regional da CVP para a Região Autónoma dos Açores é Coronel Luís Vicente Martins de Melo Cabral.”

Infra-estruturas
Em relação às infra-estruturas “sabe-se que a Delegação não tem sede própria. Condição que considero primordial e essencial solucionar, para tal vamos contactar e socorrer-nos de pessoas mais capacitadas para nos ajudar e alterar a situação. Para trabalhar é necessário ter condições mínimas e o que temos é um remedeio”

Membros Associados Activos/Meios e objectivos
Olhando para a equipa de voluntários, agora designados Membros Associados Activos, “considero que é necessário motiva-los para continuar a lutar, trabalhar e cooperar connosco”. Gostaria de salientar que a “porta está aberta a ex-socorristas que queiram regressar, temos todo o gosto que regressem. Quantos mais forem melhor”.
Ao nível dos meios ainda nos estamos a inteirar da situação mas posso adiantar que é começar “quase do zero”. Vamos ter de apelar junto de todos, comunidade, comerciantes, particulares, empresas e autarquias. O lema é “Ajudar-nos a ajudar”. Precisamos que nos apoiem e estejam solidários connosco para ajudar nas despesas que uma instituição como esta acarreta. Precisamos angariar fundos que permitam financiar as nossas actividades de forma a apoiar quem precisa e nos solicita, as mais diversas ajudas” – salienta.
É ainda pretensão desta direcção promover uma campanha de regularização e captação de sócios, agora designados Membros Associados Contribuintes.
Outro projecto que será implementado brevemente, é a Causa Maior. A Delegação do Faial foi uma das 65 escolhidas com responsabilidade de aplicar a receita num projecto para seniores, dada a presença do Modelo, na cidade da Horta. “A nossa Delegação já apresentou o seu projecto, tendo em conta as nossas condições actuais e a comunidade em questão, à Sede da CVP. Actualmente, encontra-se em fase de apreciação (todos os projectos estão a ser avaliados, pelo Modelo, a nível nacional). Quando pudermos adiantaremos mais sobre o mesmo.”

Quem é Regina Santos?
Regina Santos veio do Continente para o Faial há cinco anos mas afirma que está consciente dos desafios e novos deveres institucionais que se impõe, ao cargo que assumiu. Com plena consciência dos altos e humanitários fins que à instituição compete atingir e no sentido de estimular e favorecer a prossecução das tarefas de toda a equipa (Delegação e Membros) “terei sempre presente os sete Princípios Fundamentais da CVP e as recomendações do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho estabelecidos em Conferência Internacional”.
A Missão da CVP é prestar assistência humanitária, em especial aos mais vulneráveis prevenindo e reparando o sofrimento e contribuindo para a defesa da vida, da saúde e da dignidade humana “confesso que tenho uma profunda insatisfação com as injustiças e recuso a cómoda alienação, face a uma realidade que persiste no nosso dia a dia, a negação dos direitos da pessoa e a degradação da condição humana”.
(Na edição impressa, por motivos informáticos, a reportagem foi assinada co o nome de outra jornalista e as legendas das fotos não foram alteradas, tendo sido utilizadas as legendas que temos em maquete. Por isso peço desculpa aos leitores)

O que se disse...

Não é aceitável que o PS promova as suas iniciativas políticas a expensas do governo. Sei que é difícil separar as águas, tenho disso consciência, mas esta promiscuidade é vergonhosa e apenas serve para descredibilizar, ainda mais, quem se dedica à causa pública.
Aníbal Pires
A União


Cada vez mais as nossas crianças estão expostas a este tipo de criminosos que se especializaram em aliciar e seduzir na net. Desde convites para ver fotografias (cada vez mais ousadas à medida que o grau de confiança sobe), até conversas obscenas e prática de sexo virtual, e até casos de tentativa de abuso sexual e/ou violações consumadas, tudo é possível.
Paulo Simões
Açoriano Oriental


As forças a favor da liberalização do aborto tinham uma atitude eminentemente legal e regulamentar. O propósito era garantir o que consideravam um direito e lutar pela mudança da lei. Uma vez obtida a alteração legislativa, não havia mais assunto e partiam para outras causas. Pelo contrário, as forças pela vida tiveram sempre como propósito declarado as pessoas reais e concretas. O combate político foi importante mas, para lá das lutas sobre diplomas e estatutos, dedicaram-se desde o princípio a organizar casas de acolhimento, serviços de orientação, instituições de apoio a grávidas, mães e crianças.
João César das Neves
Diário de Notícias



Estão criadas as condições para que a melhoria se comece a materializar na vida das pessoas e das empresas, embora o desemprego precise de uma forte injecção de esteróides (leia-se investimento) para inverter a marcha. Para já – como veremos nos números do desemprego que o INE revelará hoje –, este objectivo de Sócrates continua, no entanto, longe de ganhar forma. Para baixar dos actuais 450 mil desempregados, a economia terá de crescer acima dos 2,5%. Conseguirá no meio da crise mundial?
André Macedo
Diário Económico

O CDS, ainda irritado com Vítor Constâncio por este ter corrigido as contas de Bagão Félix em 2005, não esperou muito para fazer "voz grossa " e apresentar uma proposta para um inquérito parlamentar à supervisão do Banco de Portugal (BdP). Esqueceu-se, como que por encanto, que houve alguém mais com voto na matéria do BCP, tendo deixado fora do inquérito a supervisão do mercado de capitais a cargo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)!
Honório Novo
Jornal de Notícias


"Posso ser muito, como hei-de dizer?, muito voluntarista às vezes, muito determinado, mas quando acredito nas coisas luto por elas com muita convicção e a questão do aeroporto foi uma delas".
Mário Lino
Público

Candidaturas às ajudas do POSEI já estão abertas nos Açores


As candidaturas às ajudas POSEI para a campanha 2008/2009 nos Açores já se encontram abertas e poderão se efectuadas até ao próximo dia 18 de Abril.
Os agricultores interessados nos apoios poderão candidatar-se ao Prémio aos Bovinos Machos (1º Período), Prémios à Vaca Aleitante, Suplemento de Extensificação, Prémios aos Produtores de Ovinos e Caprinos e Prémio à Vaca Leiteira.
Até à mesma data, podem ser também apresentadas as candidaturas às Ajudas às Produções Vegetais, Ajuda aos Produtores de Culturas Arvenses, Prémio Complementar aos Produtores de Tabaco, Ajudas aos Produtores de Culturas Tradicionais, Ajuda à Manutenção da Vinha Orientada para a Produção VQPRD, VLQPRD e Vinho Regional.
Poderão, ainda, dentro da mesma data limite, ser apresentadas as candidaturas à Ajuda aos Produtores de Ananás, Ajuda aos Produtores de Hortofrutícolas, Flores de Corte e Plantas Ornamentais, Declaração de áreas dos Produtores de Banana, Prémio aos Produtos Lácteos e Pagamentos Complementares e Ajuda ao tabaco.
As declarações de Intenção ao Prémio ao Abate de Bovinos, à Ajuda ao Escoamento de Jovens Bovinos dos Açores, ao Prémio ao Abate de Ovinos e Caprinos e Períodos Complementares poderão ser apresentadas até ao dia 10 de Setembro.
As candidaturas ao Prémio aos Bovinos Machos podem ser apresentadas entre Maio e Setembro, nos primeiros dias 10 de cada mês.
Para formular as candidaturas, os agricultores deverão dirigir-se aos serviços de Desenvolvimento Agrário de cada ilha, locais onde devem obter todas as informações sobre a apresentação dos respectivos documentos.

Comissão da Agricultura do Parlamento Europeu visitou os Açores


A convite do eurodeputado Duarte Freitas, a Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu visitou, pela primeira vez, o Arquipélago dos Açores e trouxe à nossa Região os principais responsáveis pela área da Agricultura do Parlamento Europeu.
Esta foi uma oportunidade única para dar a conhecer realidade aaçroriana de forma a poder de certa forma, influenciar estes decisores políticos.
A realização desta visita nesta altura, coincide com um dos períodos mais importantes na agenda da política agrícola europeia nesta legislatura.
Segundo o comunicado enviado pelo deputado Duarte Freitas à nossa Redacção, “no primeiro trimestre deste ano está a ser preparada uma primeira reacção do Parlamento Europeu à Comunicação da Comissão sobre o Health Check (exame de saúde) da Política Agrícola Comum. Esta primeira reacção consubstancia-se num Relatório que está neste momento em análise e que será aprovado em Abril pelo Plenário do Parlamento Europeu, definindo a postura global do PE em relação aos caminhos futuros da PAC. Por seu lado, a proposta legislativa será apresentada apenas em Maio próximo, para ser analisada durante o segundo semestre, sendo que a Presidência Francesa da segunda metade deste ano faz da sua aprovação um dos grandes temas do seu consulado, razão pela qual o tema vai estar ao rubro aquando da visita da Comissão de Agricultura aos Açores”, explica o Eurodeputado.
“Neste exame estão em cima da mesa questões como a dissociação e o plafonamento das ajudas directas, o aumento da modulação obrigatória, mais verbas para o desenvolvimento rural, ajudas específicas para as zonas desprotegidas ou o sistema de quotas leiteiras, salienta Duarte Freitas acrescentando que, “pela importância do momento, pela dimensão política da discussão e pelas matérias de interesses específico para os Açores, esta será uma oportunidade única para participarmos neste debate e para influir nas suas conclusões que vão moldar a PAC no médio prazo”.
Com esta vsita e numa altura em que há cada vez mais pressões para alterar o sistema de quotas leiteiras, iniciando o seu desmantelamento ainda mais depressa do que se temia o Eurodeputado espera poder vir a tirar proveitos futuros aquando da reflexão sobre as reformas estruturais,numa altura em o problema não é mais a limitação das quotas, mas as consequências do seu fim.
No seu comunicado, Duarte Freitas faz um balanço da situação referindo que “estudos recentes indicam que, com o aumento proposto de quotas em 2% para todos os países, já a partir de 1 de Abril, e com a previsível diminuição das multas depois do Health Check , poderemos ter um aumento de 5% de produção leiteira na UE, mas uma diminuição de 10% no preço” e explica “sucede que apesar do ano excepcional de 2007, nem a Europa, nem Portugal vão atingir nesta campanha os seus limites de produção. Acresce que apenas 7% da produção de leite da União Europeia é para exportação, o que significa que nem o mercado internacional nem as limitações de quota justificam esta pressa de alguns em destruir o sistema de quotas da União Europeia”.
“Por outro lado, os aumentos recentes do preço do leite não compensam o crescimento dos factores produtivos como os fertilizantes ou as rações e não será certamente com menores preços pagos aos produtores, por via de um mercado mais concorrencial, que o leite diminuirá aos consumidores de modo a contrariar as tendências inflacionistas dos bens essenciais. Contudo, é com este cenário institucional e de mercado que nos teremos de confrontar, exigindo o cumprimento integral do acordo que mantinha o actual sistema de quotas até 2015 e construindo um capital de queixa que possa ser jogado no caso das alterações nos serem muito prejudiciais”, salienta o Eurodeputado.
E termina referindo que “não será fácil, mas há que aproveitar todas as oportunidades para marcar a nossa posição e esta visita da Comissão de Agricultura de certo constituíu um momento importante”.
Esta Comissão estará de novo nos Açores já no próximo mês de Julho.

Comandante da PSP em entrevista

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Comandante da PSP em entrevista
“Foi um desafio muito grande trabalhar cá, mas também um prazer e, porque não dizê-lo, um enorme orgulho”


Prestes a regressar a Lisboa, o Comissário Carlos Ferreira fala abertamente sobre as questões do momento, em matéria de segurança. Criminalidade, o trabalho da PSP, polícias regionais e preocupações, após quase dois anos à frente do Comando Equiparado da Polícia de Segurança Pública da Horta.

Tribuna das Ilhas - Como correu a operação Natal e Ano Novo?
Carlos Ferreira - A operação correu bem, embora seja difícil comparar com os dados de 2006, pois o período deste ano foi alargado e a operação decorreu de 25 de Novembro de 2007 a 07 de Janeiro de 2008, uma vez que se trata de uma iniciativa de âmbito nacional, em que as linhas de orientação são definidas a nível da Direcção Nacional da PSP. O objectivo primordial é a prevenção. A fiscalização não constitui um fim em si mesmo, mas um meio para se alcançar o objectivo fundamental, que consiste em incrementar as condições de segurança nas nossas estradas, estabelecimentos e, de forma mais abrangente, nas nossas ilhas. O conceito de actuação foi muito mais abrangente que a fiscalização rodoviária, integrando também o reforço de policiamento nas áreas de maior actividade comercial e a realização de acções direccionadas para alvos específicos.
Em termos de balanço estatístico final, para as ilhas do Faial, Pico e Flores, foram detidas 39 pessoas, por motivos relacionados com condução com álcool ou sem habilitação legal, mandados de detenção pendentes ou desobediência.
No que concerne a estabelecimentos, nas 26 acções de fiscalização foram detectadas 18 infracções.
Em termos de rodoviários, foram fiscalizadas 2410 viaturas, tendo sido detectadas cerca de 300 infracções, em especial por excesso de velocidade, falta de seguro e de utilização do cinto de segurança, bem como condução com álcool, em que não deixa de ser preocupante que, dos 198 condutores testados, 44 tenham acusado álcool em excesso, 20 com taxa igual ou superior a 1,2 g/l, e 24 com valores que constituem contra-ordenação, ou seja, com uma taxa igual ou superior a 0,5 g/l e inferior a 1,2 g/l.

T.I . - E como considera a avaliação global ao ano de 2007?
C.F. - A avaliação deve ser repartida em dois níveis distintos. Por um lado, houve situações concretas que têm que merecer a nossa reflexão, como o trágico incidente nos festejos de São João, ou até a situação dos desaparecimentos, que já tivemos a oportunidade de abordar anteriormente.
Por outro lado, quanto à avaliação global da situação de criminalidade e segurança, o resultado é muito positivo, registando-se uma diminuição dos índices criminais e operações cruciais em áreas específicas, como o combate ao tráfico de estupefacientes, em que se conseguiram grandes apreensões e um elevado número de detenções.

T.I. – Em 2007, a criminalidade diminuiu no Faial?
C.F. - Em 2007 a criminalidade registada diminuiu nas ilhas do Faial, do Pico e das Flores, o que, relativamente ao Faial e Pico, acontece pelo segundo ano consecutivo.
Em termos globais, a redução é de 8%, o que corresponde a menos 102 crimes face a 2006, ano em que a criminalidade baixara 3%, comparativamente com 2005.
Para a PSP, estes dados são tanto mais animadores se tivermos em consideração que em 2001 a criminalidade registada aumentou 14% e em 2003 aumentou 25%. Os 1159 crimes registados em 2007 são o valor mais baixo desde 2002.

T.I. – Essa diminuição deve-se a que factores? O trabalho da Polícia?
C.F. - Uma multiplicidade de factores, que as teorias da criminalidade e delinquência explicam bem, mas são precisas várias horas para o fazer. É preciso ter sorte também, mas se não a procurarmos, se não trabalharmos para alcançar resultados, não temos qualquer possibilidade de sucesso. É necessário acompanhar permanentemente, definir uma estratégia e direccionar o policiamento, nas suas diversas modalidades, com patrulheiros apeados, carro de patrulha, elementos de trânsito, equipa de intervenção rápida ou elementos à paisana da área de investigação criminal.
Na ilha do Faial, por exemplo, optou-se por uma aposta na investigação criminal, em detrimento da área de trânsito, que considerámos estar mais ou menos controlada. E esta definição tem implicações na afectação de recursos e pode ajudar a explicar o menor número de fiscalizações e autuações rodoviárias nesta ilha, em contraponto com os excelentes resultados da investigação criminal. Por outro lado, na ilha do Pico, houve uma aposta nas acções de fiscalização de trânsito, porque a análise da situação rodoviária assim o exigiu. Ou seja, é preciso avaliar a situação, definir objectivos e uma estratégia para os alcançar, com determinação de prioridades, porque os recursos não se multiplicam.
Há, portanto, um trabalho de equipa, com organização, acção de comando e coordenação, mas também com uma dedicação e empenhamento excepcionais de boa parte dos efectivos, que quando é necessário abdicam do descanso e do contacto familiar em prol do serviço público e da resolução de situações que de outro modo dificilmente se solucionariam.

T.I. – Continuam a existir aspectos a melhorar?...

C.F. - Há sempre aspectos a melhorar. Há acções específicas a desenvolver para resolver alguns problemas identificados pelas populações, o combate ao tráfico de estupefacientes deverá continuar a ser uma prioridade, bem como o combate à pequena criminalidade.
Por outro lado, volto a frisar a necessidade de melhorar o relacionamento polícia-cidadão, que considero uma batalha que continua por vencer. Os polícias mais novos, por regra, falam menos com as pessoas, e a população mais jovem também não fala com os polícias, o que é um erro que poderá provocar um distanciamento progressivo.
É fundamental percebermos que a Polícia existe para servir os cidadãos, todos os cidadãos. E estes têm também que compreender que este dever da polícia obriga, por exemplo, à realização de acções de fiscalização, cujo objectivo é garantir o cumprimento da lei e, por essa via, assegurar o bem colectivo.

T.I. - E o futuro ?
C.F. - O meu, o da Polícia ou o das ilhas?

T.I. - O seu...
C.F: - O meu está mais ou menos definido. Devo regressar a Lisboa muito em breve, em Fevereiro ou talvez em Março.

T.I. - Por vontade própria? Não gostou de trabalhar na sua terra?

C.F. - Pelo contrário, foi um desafio muito grande trabalhar cá, mas também um prazer e, porque não dizê-lo, um enorme orgulho. Regresso porque não tenho a possibilidade de ficar, pelo menos por mais alguns anos.

T.I. - Mas não é um contra-senso que após dois anos de redução da criminalidade (que noutras ilhas parece estar a aumentar), se mude o comandante da polícia, quando se sabe que não há ninguém interessado em vir para as futuras divisões policiais dos Açores, como foi divulgado recentemente?
C.F. - Essa é uma questão a que eu gostaria de não responder, até porque não sou a pessoa em melhores condições para o fazer.

T.I. - E como vê o futuro da Polícia nos Açores ?
C.F. - A PSP atravessa uma fase de reestruturação e em breve os antigos comandos passarão a divisões policiais, com uma dependência única do comando regional dos Açores, com vantagens projectadas em termos de coordenação. Poderia ter-se optado por manter os três comandos de polícia e clarificar a dependência do comando regional e a respectiva coordenação, mas não foi essa a opção governamental. O importante é garantir que o serviço prestado à população tem qualidade e corresponde às suas necessidades e expectativas, em todas as suas vertentes, prevenção do crime, resposta às solicitações, licenciamentos, investigação criminal e qualquer outro problema que afecte o cidadão.

T.I. -Nos últimos tempos tem-se falado muito em polícia regional, polícias municipais...
C.F. - De facto, parece-me necessário e urgente introduzir algumas alterações ao procedimento em vigor. A segurança é fundamental para os Açores, quer para a qualidade de vida dos residentes, quer para a economia da região, pois o turismo é crucial para o desenvolvimento económico e o produto “Açores” tem associadas, entre outras mais-valias, a beleza natural e a segurança, pelo que é necessário dotar os órgãos próprios da região de alguma capacidade nesta matéria.
Os açorianos sempre souberam construir um caminho sólido, sem polémicas e gradual, para garantir o reconhecimento das suas necessidades e interesses. Há cerca de dois anos defendi num documento a criação de um gabinete coordenador de segurança regional, que poderá ser uma delegação do gabinete coordenador de segurança de âmbito nacional, ou um órgão próprio da região. Há vários modelos passíveis de aplicação, de acordo com as decisões que vierem a ser tomadas. O essencial é que as medidas a adoptar correspondam às necessidades dos açorianos e sejam definidas em conjunto e de forma construtiva com o Ministério da Administração Interna, em detrimento de eventuais medidas menos consensuais que poderão criar resistências prejudiciais ao que realmente interessa nesta questão, que é a segurança dos Açores.

T.I. - E o comissário estaria disponível para integrar ou participar na concepção do órgão de segurança da Região ?
C.F. - (Pausa) ... Bem, essa é uma nova questão. Dependeria das condições da proposta e da abrangência do projecto.

T.I. - E quanto ao futuro das ilhas, em termos de criminalidade e segurança. O Faial também o preocupa?
C.F. - Há um fenómeno que deve ser muito bem analisado, que tem a ver com o número muito significativo de adolescentes e jovens que crescem sem regras, sem objectivos de futuro e sem modelos positivos de desenvolvimento.
Penso que algumas classes profissionais, como os professores e os polícias, se confrontam diariamente com esta realidade e percebem a gravidade desta situação, que para mim é extremamente preocupante, pois o Faial poderá confrontar-se a breve prazo com problemas como aqueles que têm sido relatados na comunicação social e que já ocorrem noutras ilhas do arquipélago.
É necessário agir e o trabalho pela segurança deve ser interpretado num contexto simultaneamente pluridisciplinar e de actuação prática. Isto significa que, por exemplo, quando o Governo Regional constrói uma escola ou um complexo desportivo, está a prestar um contributo inestimável à promoção da segurança. Mas por outro lado, há sempre uma acção que a polícia tem que desenvolver no dia-a-dia, de forma planeada e com objectivos, que devem ser sempre orientados para a resolução dos problemas dos cidadãos, para as situações que realmente os afectam.
A polícia é um veículo ou um instrumento de promoção da qualidade de vida, a quem as podem recorrer 24 horas por dia, e distingue-se também por essa capacidade de intervenção alargada e pela disponibilidade permanente ao serviço da população.